Quinta, 25 de agosto de 2011
Todos têm um ponto fraco, um calo no sapato, um calcanhar de Aquiles para os inimigos e detratores atingirem.
E o ponto fraco da OAB, hoje, é o Exame de Ordem. Se há um espaço pra a Ordem tomar uma pancada, o Exame é o alvo preferencial.
Bem sabe o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que ontem lançou uma flecha no calcanhar da OAB após ter sido rifado da relatoria do novo projeto do Código de Processo Civil.
E isso por pressão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Instituto dos Advogados que queriam a inclusão de advogados no grupo que vai analisar o novo CPC, levando as lideranças do PMDB e do PT a modificarem as indicações dos dois cargos mais importantes da Comissão Especial.
A indicação de João Paulo Cunha foi contestada por ele não ter formação jurídica, e tal formação seria imprescindível para o projeto em questão.
Magoado, o deputado metralhou no Twitter:
Que o deputado deveria ter formação jurídica para conduzir a comissão não se discute: é ÓBVIA a necessidade de tê-la.
Mas...tendo ou não, é mais um coração magoado que levantará armas contra o Exame de Ordem, o calcanhar de Aquiles da OAB, e o fará por vingança.
Aquiles é aquele personagem da Odisséia de Homero, invulnerável e violento, que matou quase todos os grandes heróis de Tróia. Morreu quando foi atingido por uma flecha em seu único ponto fraco, o calcanhar.
Nessa história toda bem que a OAB se parece com Aquiles - quase invulnerável - e se o Exame de Ordem cair, seja no STF ou seja por uma ação no parlamento, a Ordem provavelmente tombará junto.
O que não falta por aí são Páris munidos de arco e flecha (tal como Eduardo Cunha) para mirarem nessa vulnerabilidade.
A Ordem precisa torcer para ter um Ulisses em suas fileiras...