Quinta, 5 de setembro de 2013
Boooommmmmmmmmmm!!!!!
Não só no Exame de Ordem as reprovações em massa ocorrem. No concurso para o TRT da Bahia NENHUM candidato logrou passar da 3ª etapa do concurso, que tem 5 fases.
Seria mais ou menos como se ninguém passasse na 1ª fase da OAB, por assim dizer.
De acordo com o G1, os examinandos, digo, concurseiros, pagaram R$ 217 para participar da seleção e poderiam ganhar, caso aprovados, o salário-base de R$ 14 mil.
Curiosamente, o resultado mostrou que não havia concorrência real entre uns e outros, e sim de cada candidato consigo mesmo. Eram 9 vagas para magistrados.
O interessante, segundo a matéria, foi a reação dos responsáveis pelo concurso. O presidente da Associação dos Juízes do Trabalho (Amatra-5) reagiu com naturalidade ao resultado, conforme consta na matéria. O detalhe, claro, está nas reclamações feitas pelos candidatos, tal como relatado pela presidente da comissão de concursos da OAB/BA:
"A reclamação era dizendo que o espelho da prova não era condizente que uma pessoa que estava pleiteando o cargo de juiz, que aquilo era uma avaliação inicial"
Para ela, a prova está condizente com o cargo pleiteado pelos candidatos. Qualquer semelhança com o Exame de Ordem é mera coincidência...
Cliquem no link para a íntegra da matéria: Nenhum dos 2.600 candidatos passa em concurso para juiz do TRT na BA
Moral da história: ninguém tem pena de ninguém! Simples assim.
Essa é a realidade que vocês, examinandos e concurseiros, vão encontrar pelo caminho: provas dificílimas e bancas impiedosas. Não há amor, pena ou qualquer sorte de sentimentos envolvidos nesse trajeto.
Não esperem nada além de uma ampla e irrestrita vontade de reprová-los.
Mas, claro, é na adversidade que se encontra o caminho. Imaginem: um concurso para magistrado onde ninguém passa! Isso mostra que eventual candidato, se não estiver preocupado com os concorrentes e sim consigo mesmo, se estudar não visando o resultado mas sim realmente apreender, com um objetivo pessoal e não com o foco na prova, não terá diante de si NENHUM concorrente.
Aliás, em regra, concursos para magistratura não costumam preencher todas as vagas. E quase, em uma espécie de licença poética, como se fosse o Exame de Ordem: não há concorrência!
Calma! Não precisa me apedrejar por conta dessa assertiva. Apenas tenham ciência da realidade: ela é cruel, mas o é com todos. Quem realmente chega a um estágio forte de preparo consegue superar as adversidades sem precisar competir com rigorosamente ninguém.
Fica a pergunta, e ela merece uma boa ponderação por parte de vocês: o foco do processo de estudos está realmente no resultado ou o resultado é mero desdobramento do processo de preparação?
Essa pergunta é séria e a resposta deve servir como princípio, base e referência para futuros e atuais concurseiros.
A ansiedade em atingir um resultado, e a estratégia de estudos adotada derivam inexoravelmente desta primeira constatação, e influi, ao final, no resultado. E o tempo e sua percepção são os elementos-chave dessa matemática.
Pensem nisso, seja para ser juiz, seja para passar na OAB.