Nas últimas 3 provas objetivas da OAB apenas 1 questão foi anulada! O que esperar agora?

Segunda, 14 de abril de 2014

 

É...o título deste post é uma PANCADA mas também é absolutamente verdadeiro: nas últimas 3 provas objetivas da OAB apenas 1 questão foi anulada. Vamos ver o histórico recente de anulações:

IV Unificado - 3 questões

V Unificado - 1 questão

VI Unificado - 2 questões

VII Unificado - 4 questões

VIII Unificado - Nenhuma anulação

IX Unificado - 3 questões

X Unificado - Nenhuma anulação

XI Unificado - 1 questão

XII Unificado - Nenhuma anulação

Sob este prisma, nas últimas 5 primeiras fases tivemos apenas 4 anuladas. Uma média inferior a 1 anulação por edição.

A média desde o Exame IV até o XII é de apenas 1,33 anulações por prova.

Pronto! Essa é a verdade dos números e é uma verdade bem amarga para quem depende das anuladas para seguir em frente.

Mas é muito importante jogar luz sobre esta realidade para que eventuais decisões sobre fazer ou não um curso de 2ª fase sejam tomadas de forma absolutamente consciente.

Quais são as perspectivas quanto as anulações na 1ª fase do XIII Exame? Vamos trabalhar isto de forma honesta, dentro do atual contexto do Exame de Ordem. A decisão final será de vocês. Meu papel é só o de tornar a visão do contexto clara.

Vamos começar com uma regra básica das anulações: "uma questão errada não será necessariamente anulada."

Pode ser o erro mais bisonho e escancarado da face da terra! Isso não significa que a questão será anulada. Observo isso desde 2008, desde os tempos do Cespe, quando criei essa pauta. Já vi absurdos acontecerem em questões ridículas e a banca não toma nem conhecimento. Isto é um fato, e é um fato ruim.

Ruim porque nós ficamos no vácuo. Até dá para chutar QUANTAS podem ser anuladas, mas daí apontar exatamente quais é muitíssimo complicado.

E isso, meu caros, é péssimo para todos nós. A ansiedade, as dúvidas e as incertezas correm o cérebro de quem precisa de 1, 2 ou 3 pontos.

Quando o assunto é anulação, vale somente o que vai na cabeça da banca.

Ponto!

Vamos ao segundo aspecto, óbvio, mas que precisa ser dito: quem reprovou ontem está fora do Exame de Ordem!

Agora é contar com a boa vontade da OAB, mais especificamente da Comissão Nacional do Exame de Ordem, responsável por deliberar sobre as anulações. Isso implica em dizer que os reprovados com 36, 37, 38 ou 39 pontos têm diante de si uma PERSPECTIVA, mas nada em concreto, nada tangível, nada na palma da mão.

Só restou a esperança...

E o que fazer com ela, a esperança?

Neste ponto falo especificamente de se tomar uma decisão estratégica. Assumir a derrota e começar de agora a estudar para o próximo Exame de Ordem ou arriscar, comprar um curso para a 2ª fase e apostar nas anulações necessárias?

Quem tem esperança quer partir para a 2ª fase. Quem é mais frio reconhece a derrota e estuda para a próxima 1ª fase. Vamos ser pragmáticos: até que ponto dá para arriscar? Analisaremos o contexto para passar a visão completa do problema:

A pergunta base é: quantos candidatos foram aprovados ontem?

Ninguém sabe! Apenas quando o gabarito definitivo for publicado, após o prazo recursal, é que tomaremos ciência. E do dia da divulgação do gabarito final até o dia da prova serão apenas 18 dias de estudo. Muito, mas muito pouco mesmo para um candidato esperar por uma definição clara.

E por que essa pergunta? Nós temos, basicamente, 3 parâmetros para pensar as anulações. São eles:

1 - Percentual de aprovados na 1ª fase;

2 - Qualidade da prova no geral e;

3 - O tamanho do erro nas questões.

A experiência nos diz que os erros, por mais escabrosos, não são determinantes para anular uma ou mais questões. Não tem edição do Exame de Ordem em que a indignação não tome conta dos candidatos por conta de questões grosseiramente viciadas que não são anuladas pela banca. Ou vocês acham que nas edições onde nenhuma questão foi anulada não surgiram recursos?

Surgiram, e foram vários.

Quanto a qualidade da prova no geral, eu diria que a prova de ontem foi uma das mais tranquilas. Quem acompanhou a Mesa Redonda do Portal viu que questionamos apenas 3 questões; um número bem pequeno dentre as 80. Acho difícil surgirem mais de 5 recursos nesta prova, e o número de recursos consistentes, fortes deverá ser bem menor ainda.

Quanto ao percentual de aprovados, possivelmente este será maior se comprarmos com as duas últimas edições. Ao menos foi essa impressão que tive da movimentação pelas redes sociais, mais intensa se comparada com as edições anteriores.

Mas como não sabemos sequer o número de inscritos, teremos que conviver apenas com uma percepção e não com dados concretos.

Em suma: a perspectiva não é boa.

Vamos ao ponto agora: quem deve arriscar os estudos para a 2ª fase?

1 - Quem ficou com 39 pontos

Sempre quem tira 39 pontos pode e deve arriscar. A esperança de uma única anulação é uma perspectiva tangível independentemente do contexto.

2 - Quem ficou com 38 pontos

Chance existe, mas ela é mais remota. Bem mais remota...A prova não foi conturbada e o número de questões passíveis de impugnação, até o momento, é bem pequeno. Difícil!

3 - Quem ficou com 37 ou menos pontos

Eu não vejo a OAB anulando 3 questões nesta edição. Posso errar, é claro, não consigo imaginar a anulação de 3 questões.

Infelizmente o histórico recente das anulações é muito ruim e a tendência é que continue assim.

De toda forma, contando de hoje até o dia da prova temos 47 dias. É um tempo razoável para se preparar.

Independentemente da decisão, ela terá de ser tomada AGORA, ainda nesta semana! Se for tomada apenas na divulgação da lista final de aprovados o tempo de preparação será ínfimo.