"Não fui aprovado ontem na prova objetiva, e agora?"

Segunda, 16 de dezembro de 2013

dúvida A prova de ontem suscitou uma dúvida: ela foi boa ou foi difícil? Infelizmente não conseguimos ter uma visão homogênea entre os candidatos. Uns não gostaram nem um pouco da prova; outros, acharam-na razoável. Mas há um grupo especial de candidatos preocupados com os desdobramentos daqui em diante. São aqueles que ficaram na faixa dos 36-39 pontos na prova. Há esperança para eles nas anulações?

Vamos então tentar jogar um pouco de luz sobre as perspectivas dentro do atual contexto do Exame de Ordem. A decisão final será de vocês. Meu papel é só o de tornar a visão do contexto clara, ou melhor, compreensível em razão dos atual contexto.

Vamos começar com uma regra básica das anulações. Tão básica, tão elementar que pode até ser chamada de princípio: "uma questão errada não será necessariamente anulada."

Pode ser o erro mais bisonho e escancarado da face da terra! Isso não significa que a questão será anulada. Observo isso desde 2008, desde os tempos do CESPE, quando criei essa pauta. Já vi absurdos acontecerem em questões ridículas e a banca não toma nem conhecimento. Isto é um fato, e um fato ruim.

Ruim porque nós ficamos no vácuo. Até dá para chutar QUANTAS podem ser anuladas, mas daí apontar exatamente quais é muitíssimo complicado. Só uma vez que consegui acertar quantas e quais (O Guru do Exame de Ordem!!!), e acho improvável conseguir repetir a façanha.

E isso, meu caros, é péssimo para todos nós. A ansiedade, as dúvidas e as incertezas correm o cérebro de quem precisa de 1, 2, 3 ou mesmo 4 pontos.

Quando o assunto é anulação, vale somente o que vai na cabeça da banca. A coisa é muito complicada!

Vamos ao segundo ponto, óbvio, mas que precisa ser dito: quem reprovou ontem está fora do Exame de Ordem!

Agora é contar com a boa vontade da OAB, mais especificamente da Comissão Nacional do Exame de Ordem, responsável por deliberar sobre as anulações. Isso implica em dizer que os reprovados com 36, 37, 38 ou 39 pontos têm diante de si uma PERSPECTIVA, mas nada em concreto, nada tangível, nada na palma da mão.

Só restou a esperança...

E o que fazer com ela?

Neste ponto falo especificamente de se tomar uma decisão estratégica. Assumir a derrota e começar de agora a estudar para o próximo Exame de Ordem ou arriscar, comprar um curso para a 2ª fase e apostar nas anulações necessárias?

Quem tem esperança quer partir para a 2ª fase. Quem é mais frio reconhece a derrota e estuda para a próxima 1ª fase. Vamos ser pragmáticos: até que ponto dá para arriscar? Analisaremos o contexto para passar a visão completa do problema:

A pergunta base é: quantos candidatos foram aprovados ontem?

Ninguém sabe! Apenas quando o gabarito preliminar for publicado é que tomaremos ciência, e de hoje até lá teremos 10 dias! Vamso ver mais uma vez o calendário deste Exame:

2

Entre o dia 17, quando de fato saberemos a verdade sobre quem ou não passou, e o dia 9 de fevereiro, teremos apenas 23 dias. Até é um prazo mediano para se estudar, mas também o candidato deve ponderar sobre o futuro grau de dificuldade da prova, ou seja, quanto antes começar os estudos, melhor.

Aqui se instala o dilema. Afinal, teremos muitas anulações?

Não estou conseguindo ponderar direito sobre um provável percentual de aprovação. Será maior do que a prova anterior, isso me parece claro, mas está difícil ter um vislumbre mais ou menos acertado do desempenho geral dos examinandos. Não foi o apocalipse da prova passada e também não estou vendo a empolgação da 1ª fase do X Exame. Algo intermediário, por certo.

Essa impressão pode ser colhida no nosso grupo de estudos:

Grupo de Estudos para a OAB

Tendo essa percepção, partimos da seguinte premissa, meio que tradicional inclusive: as anulações guardam íntima e estreita correlação com o percentual de aprovados. Há muito observo essa lógica (injusta, por sinal) e ela sempre ocorre.

Vamos conferir as anulações nas edições passadas em conjunto com o número de aprovados na 1ª fase para vocês compreenderem essa assertiva:

IV Unificado - 121.380 inscritos - 14.157 aprovados na 1ª fase sem os recursos - 21.970 aprovados após a anulação de 3 questões;

V Unificado - 108.355 inscritos - (A OAB, nesta edição do Exame, não liberou o número de aprovados antes da anulação) - 50.624 aprovados após a anulação de 1 questão;

VI Unificado - 101.246 inscritos - 36.566 aprovados na 1ª fase sem os recursos - 46.859 aprovados após a anulação de 2 questões;

VII Unificado - 111.909 candidatos inscritos - 32.137 aprovados na 1ª fase sem os recursos - 45.904 aprovados após a anulação de 4 questões (NOTA: importante ressaltar que 3 foram anuladas por terem sido copiadas de edições anteriores do Exame. Caso absolutamente atípico);

VIII Unificado - 117.852 candidatos inscritos - 51.278 aprovados na 1ª fase sem os recursos - Nenhuma anulação!!

IX Unificado - 118.537 candidatos inscritos - (A OAB, nesta edição do Exame, não liberou o número de aprovados antes das anulações. Fontes extraoficiais falaram em uma reprovação na casa dos 93%) - 19.134 aprovados após a anulação de 3 questões;

X Unificado - 124.887 candidatos inscritos - 67.441 aprovados na 1ª fase - Nenhuma anulação;

XI Unificado - 101.156 candidatos inscritos - 19.211 aprovados na 1ª fase após a anulação de 1 questão.

Vocês acham que no VIII e no X não existiam algumas anuláveis? Ou que no XI só uma era suscetível de anulação?

E agora? Da´para arriscar?

Pelo o que acompanhei da análise dos professores do Portal, e pelo contexto geral do Exame, eu apostaria em 2 anulações.

Mesa Redonda parte 1

Mesa Redonda parte 2

Tivemos poucas questões passíveis de recurso; isso é um fato. Não consigo agora, de plano, projetar 3 anulações, e o risco de apenas uma ou mesmo nenhum é sempre real.

O risco agora depende da esperança de cada um.

Quem tem esperança e acha que vale a pena arriscar, deve saber que está arriscando o tempo e seu próprio dinheiro. Se está disposto a pagar o preço, já sabe o que fazer.

Quem fez 38 ou 39 pontos pode se dar ao direito de arriscar, mas deve estar ciente do contexto e dos riscos.

Quem fez 37 também, mas o quadro está bem complicado.

Na dúvida, querendo colher a opinião de outros candidatos, participem dos grupos de estudo dos professores do Portal. Sempre dá para ter muito feedback ao consultar outros candidatos:

Grupos de Estudos Para a OAB

OAB 2ª Fase 100% Tributário - com Prof.Josiane Minardi

Rumo à OAB em Trabalho - Prof. Aryanna Manfredini, Renato Saraiva e Rafael Tonassi

Grupo de Estudos para a 2ª fase de Direito Civil

Grupos de Estudos - 2ª fase de Direito Empresarial

Grupo de Alunos da Professora Flávia Bahia

OAB ADM Segunda Fase - Matheus Carvalho

Grupo de Processo Penal

Se a reprovação final vier, perderam um pouco de tempo sem se dedicar as demais disciplinas da 1ª fase, mas isso dá para compensar. E se a sorte sorrir, a preparação foi implementada e vocês continuam no jogo e de com condições de fazer frente ao desafio.

Reflitam bem e façam uma escolha!

Antes de tomar uma decisão, conversem também com parentes e amigos sobre a melhor escolha. Isso permite uma visão melhor da conjuntura e alivia um pouco a pressão do processo decisório.

Agora é pagar para ver!