Não existem fórmulas prontas de estudo!

Quinta, 16 de abril de 2015

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Há pouco recebi um questionamento sobre a efetividade de se começar a estudar para a 2ª fase do Exame de Ordem abordando o Direito Processual ou Material de uma determinada disciplina.

Eu no texto, sugeri o início dos estudos pela parte processual: 2ª fase da OAB: é melhor começar a estudar pelo direito processual ou pelo material?

A pergunta era: meu professor disse justamente o contrário, e o melhor seria começar a estudar pela parte Material do Direito.

Pois é...

Converso todos os dias com vários professores, além de ter meu próprio ponto de vista, e as opiniões não são exatamente convergentes quanto a este assunto.

O certo, no final das contas, é o aluno seguir a opinião do SEU professor, até porque ele está, evidentemente, seguindo as aulas e a metodologia do próprio professor.

Naquele post eu escrevi o seguinte:

"Vamos começar já estabelecendo uma premissa: iniciar os estudos adotando um ou outro enfoque não vai prejudicar o candidato."

Tudo está relacionado a uma percepção pessoal, a facilidade pessoais de compreensão do conteúdo. E isso, de ser pessoal, gera uma série de visões distintas sobre o que é melhor.

Que fique claro então: o melhor é aquilo que produz resultado, e como cada um tem suas próprias inclinações, é impossível criar, conceber ou indicar um método de estudo que seja eficiente para 100% das pessoas.

E isso eu sempre faço questão de ressaltar.

Evidentemente, estudar não é uma feira livre e tudo o que é oferecido por aí funciona só porque "cada um é cada um" e está valendo tudo.

Existem limites!

Mas! Existe ciência por detrás disto!

Recentemente escrevi um post sobre métodos de estudo e "aprendizagem acelerada", que é um termo relativamente estranho sobre um conceito dito por aí completamente desprovido de base científica:

É possível ?turbinar a memória? ou ?acelerar a aprendizagem?? O que a neurofisiologia tem a dizer sobre isto?

Existe sistemas de mensuração do uso do tempo, que são eficientes para quem está estudando ter uma noção do seu próprio progresso em função do tempo real de estudo:

Horas Brutas x Horas Líquidas de estudo na preparação para o Exame de Ordem

Existem dicas que são resultado direto de experiências pessoais empíricas e da consulta de quem já fez a prova, ou seja, os examinandos, cuja efetividade, apesar de não ter uma comprovação científica na amplitude do conceito, na prática mostrou-se absolutamente válida em função do resultado proporcionado:

Trabalhando a dificuldade de resolver as questões objetivas da OAB

Existem abordagens de cunho emocional/psicológico aptas a produzir resultados práticos nos estudos:

Vencendo a procrastinação nos estudos

Como sustentar com consistência a concentração nos estudos?

Motivação, estado psíquico, estado físico, desgaste, tempo, aptidões intelectuais pessoais produzem uma série distintas de abordagens sobre um determinado objeto de estudo. Existe gente que gosta de estudar ouvindo música, enquanto isto é impensável para outros. Gente que precisa estudar lendo em voz alta, ou andando, ou escrevendo simultaneamente. Tem de tudo para todos os gostos.

Aqui chegamos, portanto, ao ponto mais importante desta conversa: vocês já pararam para avaliar qual seria, pessoalmente, a melhor metodologia de estudo pessoal?

Em regra simplesmente começamos a estudar, ou lendo, ou resolvendo exercícios ou sublinhando o texto ou fazendo resumos após uma leitura.

Mas, na prática, que modelo de estudo EFETIVAMENTE produz resultados satisfatórios para cada um de vocês?

É raro ver alguém que parou um pouco e ficou testando modelos de estudo até achar um que assegurasse, com consistência, o domínio do conteúdo estudado.

E isso é importante, em especial para quem vai fazer o Exame de Ordem e futuros concursos públicos.

Aliás, no Exame de Ordem isso é especialmente recomendado. Quem vem de reprovação precisa achar seu próprio sistema, precisa fazer experimentações, achar a melhor metodologia.

E a melhor metodologia é aquela em que a compreensão do assunto perdura ao longo de muito tempo, quando a informação entra na memória profunda.

Tocou no tema a qualquer momento, pimba!Lá estará a resposta!

Pensem nisso!

E lembrando: não existem fórmulas prontas e acabadas. Existem sistemas mais ou menos eficientes, tomando a média da pessoas por base, e tudo, simplesmente tudo, customizável para atender ao SEU jeito de estudar.

Só lembrando um detalhe: existem coisas sérias mas também muita picaretagem por aí. Cuidado com as fontes!!