"Não aguento mais estudar para a OAB! O que faço?"

Quarta, 2 de abril de 2014

1exploda

Muitos candidatos, nesta reta final da prova, estão já em petição de miséria, um verdadeiro bagaço, esmagados por uma rotina pesada de estudos, pela tensão e expectativa criadas pela prova.

Não é fácil.

E esse cansaço produz dois efeitos altamente deletérios: perda de foco e dificuldade na retenção do conteúdo estudado.

A estafa, o ritmo contínuo de estudos, a pressão e a ansiedade podem cobrar um preço caro, ou obliterando a capacidade cognitiva ou, na hora da prova, aparecendo como o glorioso e mais do que nefasto "branco".

Isso inequivocamente, agora, tem um grande potencial de gerar um quadro de stress e atrapalhar os estudos no momento mais importante da preparação.

O que fazer quando estamos cansados de estudar?

Dentre todas as opções possíveis, a melhor é aquela que proporcione a melhor recompensa em termos de "custo e benefício".

Vamos analisar algumas medidas a serem tomadas:

1 - Estabelecer um sistema diferente de estudo

Estudar pode, ou não ser um processo doloroso. Pode ou não dar prazer: depende muito de quem estuda.

O ponto é: algum tipo de metodologia de estudo pode ser chata e cansativa, enquanto outra pode ser mais prazerosa ou passar a impressão de que é menos extenuante mentalmente.

A leitura, por exemplo, é um processo "passivo" de estudo. Já a resolução de exercícios é um processo "ativo", que demanda uma maior reflexão.

A troca de um método por outro, ou o foco em um método de estudo específico, mais dinâmico, pode ser uma alternativa. A busca aqui seria por uma dinâmica de preparação mais estimulante, que afaste o cansaço MENTAL do candidato.

Não há fórmula certa, pronta e acabada para isto. Cada examinando precisa achar uma solução pessoal para o problema, sem abrir mão dos estudos.

A conjugação de metodologias diferentes também é uma opção interessante, ou mesmo a troca de um método por outro com uma velocidade maior ajudaria a manter o foco reduzindo a dispersão.

Claro! Tudo deve ser feito sem que com isso ocorra a perda da capacidade ou ritmo do aprendizado.

2 - Trocar de ares

Por que gostamos de viajar? O fazemos, basicamente, e até sob um ponto de vista romântico, para arejar o cérebro. Faz bem para qualquer um.

Em regra costumamos estudar em um mesmo ambiente sob as mesas condições o tempo todo. O tédio pode vir daí.

De acordo com Mauricio Peixoto, líder do Grupo de Aprendizagem e Cognição da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)", a aprendizagem não é desenvolvida num vácuo. O processo é influenciado por contexto pessoal, social e até pelo espaço físico". Para ele, o estudo pode ser favorecido ou até mesmo prejudicado por elementos externos como iluminação, ventilação, ruídos e cores. Esses seriam fatores capazes de colocar em xeque a concentração e, conseqüentemente, a produtividade do processo.

Então que tal sair de casa e ir para um biblioteca? Sair do quarto e ir para a sala? Trocar, se possível, os horários de estudo? Enfim, criar uma nova dinâmica que dê uma "arejada" na cabeça e volte a motivar os estudos?

O ambiente faz parte do processo, e trocá-lo pode fazer parte da solução.

3 - Parar de estudar

Parar de estudar?

Exato!

O esforço contínuo e a atenção ao foco demandam do emocional e da capacidade de cognição. Se o candidato chegou ao ponto de estafa, sua capacidade de apreender o conteúdo fica prejudicada. Logo, a solução é relativamente óbvia.

Que tal tirar, conscientemente e sem culpas, um ou dois para descansar e depois voltar a estudar com qualidade para apreender de forma mais efetiva o conteúdo?

O oposto será continuar estudando, estafado, e ter a sensação (real) de não estar aprendendo o conteúdo tal como deveria. Ou seja: um "break" agora teria uma função estratégica nos estudos, qual seja: relaxar tensões e o stress para recarregar as baterias e dar o gás final para a prova.

Se o candidato está cansado, estafado, e esse cansaço está prejudicando nos estudos, parar por um ou dois dias pode proporcionar um efeito reparador.

O tempo até a prova é precioso, vale ouro, nós sabemos, mas se ele for improdutivo, será apenas um ouro de tolo.

Não somos máquinas.

Reflitam sobre a melhor escolha e tomem uma atitude caso a mente de vocês não esteja 100%.