MPF entra com recurso sobre a prova da OAB no Tribunal Regional Federal da 1ª Região

Quinta, 24 de março de 2011

Pedido de concessão de pontos para todos os candidatos foi negado ontem pela Justiça Federal em Belém

O Ministério Público Federal recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1º Região, nesta quarta-feira, 23 de março, pedindo novamente para que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) sejam obrigados a atribuir cinco pontos para todos os candidatos que prestaram a primeira fase do exame, em fevereiro, em todo o Brasil.

O mesmo pedido de tutela antecipada ? decisão urgente e provisória ? foi negado ontem pela Justiça Federal em Belém na Ação Civil Pública que o MPF move contra a OAB. Os procuradores da República no Pará Alan Rogério Mansur e Bruno Araújo Soares Valente entendem que o Conselho Federal da Ordem deve uma compensação aos candidatos por não ter cumprido o disposto no edital do exame.

A atuação do MPF é baseada em denúncias em todo o país de candidatos que se disseram prejudicados pela ausência das perguntas sobre direitos humanos. O provimento 136/2009 do Conselho da OAB, que estabelece normas e diretrizes para o exame, prevê um mínimo de 15% de questões relacionadas a direitos humanos, estatuto da advocacia e da OAB, regulamento geral e código de ética e disciplina.

No entanto, o gabarito preliminar do exame registrou apenas dez questões sobre o tema estatuto e código de ética e nenhuma questão referente a direitos humanos. A juíza federal Hind Ghassan Kayath, da 1ª Vara da Justiça Federal, entendeu que não existe obrigatoriedade expressa para inclusão das disciplinas Direitos Humanos, Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral ou Código de Ética e Disciplina de forma individualizada nas questões da prova objetiva.

Com o recurso do MPF, o pedido de liminar deve ser apreciado pelo TRF1 em Brasília. O recurso ainda não tem numeração processual.

Fonte: MPF/PA

Dizem que tudo só termina quando acaba.

Ainda não acabou...

Sinceramente, não boto muita fé em uma decisão do conservador TRF-1, mas a probabilidade do recurso ser provido existe.

Digamos que o paciente está em estado terminal, vivo apenas com o uso de aparelhos.

Mas enquanto há vida, há esperança.

Ou hoje, ou amanhã, sairá a decisão.