Quinta, 16 de agosto de 2018
O site O Antagonista, em matéria publicada há alguns minutos, dá a notícia de que o MPF, no âmbito da Operação Golias, suspeita da participação da FGV Projetos no esquema ilícito que beneficiou Sérgio Cabral.
Já no próprio site do Ministério Público Federal há notícia dando conta de que, em 2006, o governo do Rio de Janeiro contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) a fim de elaborar consultoria independente para fixar o preço mínimo da alienação das ações do BERJ. Ao mesmo tempo, a FGV Projetos foi contratada para realizar os estudos de precificação da folha de pagamento dos funcionários do Estado.
O edital de leilão do Banco, lançado em 2010, previu o pagamento de 3% sobre o valor total alcançado na venda para o pagamento da consultoria independente.
De acordo com os procuradores da República integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, estes elementos confirmam o que foi trazido no depoimento de um dos colaboradores: que o então governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral condicionou a realização do leilão do BERJ, somada à folha de pagamento dos servidores do Estado do Rio de Janeiro, à contratação do Prosper para recebimento de vantagem indevida.
Em contrapartida, Edson Menezes realizou pagamentos ao grupo de Sérgio Cabral tanto em espécie quanto por meio da aquisição de vinhos de mais de mil dólares no mercado internacional, tudo pago por uma de suas offshores, a Remo Investments.
Uma vez finalizado o leilão do BERJ, a FGV Projetos teria pago ao Banco Prosper a quantia de R$ 3,1 milhões a título de ?honorários? pela suposta prestação de serviço. Desse montante, R$ 1,2 milhão teria sido repassado a Cabral por Menezes, então presidente do Prosper.
Confiram trecho da peça que o MPF produziu na investigação:
Com informações do MPF/RJ e do O Antagonista.