Quarta, 21 de fevereiro de 2018
Sei que muitos torcem o nariz para essa palavra, geralmente associada à corrupção, mas existe também o lobby lícito, em que representantes de pessoas, grupos e empresas tentam, junto ao Poder Público, garantir os interesses de seus representados. E isso feito de forma escorreita e legítima.
A profissão não tem pré-requisitos, mas a advocacia é o ramo profissional que mais se encaixa neste tipo de atividade. O advogado, com sua capacidade postulatória e exclusividade para prestar consultoria e assessoria jurídica leva vantagem sobre qualquer outra profissão para o exercício do lobby.
É um espaço profissional como outro qualquer, e algo que vocês, atuais e futuros advogados precisam pensar.
Confiram a notícia:
O Ministério do Trabalho incluiu, na última segunda-feira (19/2), o lobby no cadastro oficial de ocupações do País. Com o nome de relações institucionais e governamentais, a função passa a ser reconhecida oficialmente pelo governo.
A decisão antecipa uma possível regulamentação da profissão em discussão há muitos anos no Congresso. No fim do ano passado, a Câmara dos Deputados chegou a aprovar regime de urgência para uma proposta de autoria do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que tramita desde 2007, mas a matéria nunca foi colocada em votação.
O Ministério do Trabalho descreve a profissional como ?defensor de interesses (relações governamentais), profissional de relações institucionais, profissional de relações governamentais?.
Além da definição de lobby, a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), utilizada para identificar ocupações no mercado de trabalho, recebeu outras 18 novas profissões.
Segundo informações do Ministério do Trabalho, o reconhecimento de uma ocupação é feito após um estudo das atividades e do perfil da categoria. Durante o processo, são realizadas oficinas com os trabalhadores.
A coordenadora da CBO no Ministério do Trabalho, Cláudia Maria Virgílio de Carvalho, explica que o reconhecimento da ocupação é uma construção entre o governo e a sociedade. Ela destaca a importância de ouvir todos os envolvidos, inclusive os trabalhadores. ?Quem melhor pode falar sobre uma ocupação é quem desempenha a função?, pondera.
Fonte: Jornal Opção