MEC volta atrás e solta nota assegurando a continuidade do FIES

Segunda, 23 de maio de 2016

Hoje, mais cedo, ganhou repercussão a decisão do MEC em não abrir mais vagas neste ano para programas de incentivo à educação e à profissionalização - Pronatec, Prouni e Fies. essa decisão seria consequência das medidas de contingenciamento previstas para o Ministério da Educação na gestão do presidente em exercício Michel Temer.

A revisão derivaria daquilo que o novo governo se chama de "herança maldita" da antiga gestão.

A notícia, entretanto, não foi bem assimilada pelo mercado e educadores, obrigando ao MEC voltar atrás em sua decisão, feito por intermédio da nota abaixo:

O Ministério da Educação reafirma a manutenção do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e esclarece:

1. O ministro Mendonça Filho afirma que encontrou o Fies sem recursos para novas vagas, mas negociou com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão a liberação necessária para garantir as inscrições no segundo semestre deste ano.

2. Com a garantia de recursos, a equipe técnica do MEC está trabalhando para, até o fim de junho próximo, anunciar o processo das novas inscrições do Fies para este ano.

3. Com relação ao Pronatec, o ministro confirma que o governo de Dilma Rousseff deixou o programa sem orçamento para 2016. Mas reafirma que ele não será interrompido. O MEC busca outra solução com o Sistema S, o que vai assegurar as vagas.

Fonte: MEC

O FIES tem um peso muito grande para as graduações, e permite que muitos estudantes cursem o ensino superior. Simplesmente cortá-lo, logo de plano, sem ao menos uma transição, é politicamente muito ruim.

O estranho desta fato está na mais absoluta ausência de reflexão sobre as decisões políticas. O corte no financiamento deveria ter antes passado por um simples juízo de causa e consequência.

Pega mal para o Governo anunciar uma coisa pela manhã e se desdizer na parte da tarde. Soa até como amadorismo.