Quinta, 22 de agosto de 2019
O site do Valor Econômico soltou a notícia: O MEC iniciou o processo para que a graduação online de Direito seja aprovada.
Segundo o Valor, ao menos cinco instituições de ensino receberam nos últimos dias um comunicado do MEC informando que haviam sido pré-selecionados e que receberão visitas dos avaliadores do ministério para a autorização dessa modalidade. Essas instituições haviam pedido anteriormente ao ministério para que pudessem ministrar os cursos no formato online.
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O Valor entrou em contato com o MEC, que se limitou a informar que ?nenhuma instituição de ensino superior do país obteve pré-aprovação para ofertar o curso de Direito na modalidade Ensino a Distância?.
Hoje começa o XXX Exame de Ordem: pontos importantes!
PRORROGADA a promoção Aniversário do Jus21!!!
Desde 2016 eu escrevo aqui no Blog sobre o risco do MEC de liberar a graduação à distância, e parece que isso agora se tornou inevitável. Haverá, por óbvio, um natural impacto no ensino jurídico e no Exame de Ordem.
Muito do que alertei está finalmente se concretizando. A publicação de junho de 2016 sobre essa movimentação das faculdades privadas e do CNE de tentar tornar o custo operacional do curso de Direito mais barato e assim aumentar a lucratividade das mantenedoras:
Possível nova proposta para o curriculum da graduação em Direito no Brasil é assombrosa!
E o que foi antecipado aqui acabou por se concretizar:
O sombrio futuro do mercado e ensino jurídico no país
O impacto disto no ensino jurídico será brutal, ESPECIALMENTE para os professores das graduações.
Estes, sem a menor sombra de dúvidas, serão demitidos em massa!
Aliás, já tivemos recentemente duas ondas de demissões em massa nas graduações pelo país. Com o ensino jurídico podendo ser na modalidade online, isso será inevitável.
Um grande grupo da educação superior poderá ministrar a mesma aula para todos os alunos da rede. Para que ter muitos professores se apenas um é o suficiente?
E desde 2016 eu aviso: ou os professores se mobilizam ou o empresariado da educação vai implementar o ensino jurídico à distância, isso com o manso aval do MEC e do CNE.
Não se mobilizaram. O futuro agora chegou, e, aparentemente, é tarde para reverter algo que há muito vem sendo anunciado.
E não, o MEC NÃO TEM a menor preocupação com a questão pedagógica. A preocupação é tão somente com o caixa e a lucratividade das mantenedoras, que verdadeiramente estão pode detrás dessa mudança.
A qualidade dos futuros formandos cairá ainda mais. Mas cairá muito mesmo.
Não se trata de uma derrota da OAB ou da advocacia: é uma derrota do Direito.
Com informações do Valor Econômico.