Quarta, 6 de março de 2013
Pressão!
Essa é uma sensação muito comum entre aqueles que estão fazendo o Exame de Ordem.
Pressão pelo resultado, pressão pela aprovação, pressão para justificar os 5 anos de faculdade.
"Você tem de passar" não é só uma locução interna, resultado dos sonhos do próprio examinando. "Você tem de passar" também é uma imposição que vem de fora, e na maior parte da vezes, de dentro de casa.
Pior!
Não é só ter de passar. É se dedicar a isto e ainda ser criticado. O "mas você só estuda" parece uma acusação, uma declaração de que o estudante é uma espécie de vagabundo inútil indisposto ao trabalho.
E ouvir isso dói.
Não se iludam: a pressão de dentro de casa é comum para muita gente. Tanto examinandos quanto concurseiros sofrem com essa estigmatização. Entre os examinandos, em especial, quando as reprovações se acumulam, a descrença entre os familiares pesa ainda mais.
Sei de histórias de verdadeiras opressões, massacres emocionais sobre quem já está encurralado pelas circunstâncias.
E o que fazer nestes casos, quando a adversidade vem de dentro de casa?
Solução solução, de ordem prática, é difícil de apresentar. Em especial quando se trata de uma relação familiar. Conversar, explicar e mostrar causas e razões não são tarefas simples, em especial com quem é do convívio diário.
Sobre cada um de vocês existe um sonho, uma expectativa de terceiros, em especial dos pais. Qual pai não quer ver o sucesso do filho? E quando esse sucesso não vem na hora certa? O sofrimento, curiosamente, não é só do examinando, também é do pai e da mãe, e muitas vezes a única forma que eles têm de extravasar a própria ansiedade é na cobrança por resultados.
Isso é normal, claro! Mas pode ir um pouco além do normal, e a frustração pode desencadear uma cobrança exagerada, cujo resultado pode ser, ao invés de mais dedicação, uma ansiedade extremada, reflexo da incapacidade de atender aos anseios dos pais na hora certa. E a hora certa é a hora deles.
Não é fácil e não é brincadeira.
Uma forma de lidar com isso é aproveitar a pressão para se entregar ainda mais aos objetivos. Fazer da pressão, se possível, um estímulo.
Esta é uma alternativa.
Se serve de consolo, esta é uma realidade compartilhada por muitas, mas muitas pessoas mesmo.
Quem está passando por um aperto pode encontrar algum consolo em nosso Grupo de Estudos para a OAB. Lá todos estão no mesmo barco, e um apoio pode ser encontrado.
É pouco, mas é alguma coisa.