Segunda, 1 de julho de 2013
Saiu na coluna do Marcos de Vasconcellos no Conjur:
"Muitos escritórios estão reclamando do limite imposto pela nova Lei de Estágio, que não permite que estagiários fiquem no mesmo escritório por mais de dois anos. Para advogados, a lei desestimula que as bancas invistam nos estagiários, bem como dificulta que eles sigam carreira na banca, pois, terminado o período de dois anos, se não puderem ser efetivados, precisam ser demitidos. Pesquisa feita pelo Centro de Estudos das Sociedades de Advocacia (Cesa) com 95 bancas, apontou que cerca de 80% dos escritórios não consideram benéfico o limite imposto pela nova lei."
Fonte: Conjur
O escritório realmente perde o bom estagiário?
Essa é uma pergunta relevante.
Sei de histórias (poucas) que o estagiário permanece no escritório e vira gente grande lá dentro. Mas, claro, é a minha percepção dentro de um mercado regional, o de Brasília. Não dá nem para comprar com Rio, São Paulo ou Porto Alegre.
O mais comum é ver o estagiário ser explorado até a última gota de suor sob a promessa de futuros dias de glória para depois ser trocado por outra mão de obra barata.
Ser estagiário não é fácil.
Hoje o estagiário, assim como o jovem advogado, são vistos como se fossem commodities, "produtos" com ampla oferta no mercado: fáceis de encontrar e fáceis de se substituir.
Tudo derivado da ampla oferta de cursos de Direito (1.280, segundo a OAB), que joga no mercado um alto volume de profissionais todos os anos, em que pese ainda as restrições impostas pelo Exame de Ordem.
Hoje para triunfar na advocacia não é só necessário talento: é preciso ser perseverante, estar constantemente atualizado, criar muitos contatos e esperar alguns anos até a carreira decolar.
Se não me engano, acredito que 80 a 90% dos estudantes hoje saem da faculdade querendo a aprovação em um concurso público. é o sinal mais claro das dificuldades hoje apresentadas pela advocacia.