Kroton compra grupo Uniasselvi, em Santa Catarina, por R$ 510 milhões

Quarta, 30 de maio de 2012

Kroton Educacional anunciou nesta terça-feira a compra da Uniasselvi, grupo de universidade e faculdades de Santa Catarina, por 510 milhões de reais, ampliando sua carteira de alunos no ensino superior para cerca de 417 mil.

Do valor da aquisição, 335 milhões de reais foram pagos à vista, utilizando a posição de caixa da companhia. Os 175 milhões de reais restantes serão abatidos em seis parcelas anuais, e a Kroton pagará ainda um bônus de até 15 milhões de reais se o faturamento líquido da Uniasselvi passar de 230 milhões em 2012. Em 2011, a Uniasselvi teve receitas de 196,3 milhões.

A aquisição é a mais importante da Kroton desde a compra em dezembro da Unopar, no Paraná, por 1,3 bilhão de reais. Em março, o presidente-executivo do grupo educacional, Rodrigo Galindo, afirmou que a empresa previa fazer aquisições pontuais em 2012.

Até março, a Uniasselvi tinha 86,2 mil alunos, sendo 73,7 mil em ensino a distância de graduação e pós-graduação e 12,5 mil de ensino superior presencial.

A compra do grupo catarinense inclui as mantenedoras das instituições Centro Universitário Leonardo da Vinci, Faculdade Metropolitana de Blumenau, Faculdade Regional de Timbó, Faculdade do Vale do Itajaí Mirim, Faculdade Metropolitana de Rio do Sul e Faculdade Metropolitana de Guaramirim.

"A aquisição promove a entrada da Kroton em uma nova região de atuação no ensino superior presencial, por meio de sete unidades no estado de Santa Catarina, localizadas nos municípios de Blumenau (dois campi), Indaial, Brusque, Timbó, Rio do Sul e Guaramirim", informou a compradora.

O negócio ainda precisa da aprovação das autoridades competentes.

Fonte: Exame.com

Os negócios na área de educação superior ostentam cifras impressionantes, e os grandes grupos educacionais, Kroton, Anhanguera e Estácio, todos listados em bolsa, fazem grandes aquisições, concentrando em suas mãos, de pouco em pouco, as faculdades do país.

Acho isso péssimo, pois sob essa ótica a lógica do lucro vem em primeiro lugar. Não raro professores mais graduados, com doutorado e mestrado, são os primeiros a sentirem o peso dessa lógica.

Mas...mas se trata do mercado e da livre iniciativa. Há de se suportar isso, só não sei a que preço.