Sexta, 16 de agosto de 2013
Sim jovens! Domingo será um dia de muitas emoções!
Mas antes de vocês outros candidatos passaram pelas mesmas expectativas de agora, pela mesma provação, e saíram vivos (e aprovados!) para contar a história.
Esse post aqui é para mostrar para todos uma simples verdade: tudo passa, e a ansiedade na véspera da prova não pode e nem tem o condão de atrapalhar os seus sonhos.
O Blog colheu os depoimentos de examinandos aprovados no IX e X Exames, e vocês, creio, muito provavelmente irão se identificar com partes dessas histórias. Coisa de "gente como a gente", feitos da mesma carne, expostos aos mesmos medos e que, ao final, triunfaram sobre a OAB.
Leiam e, o mais importante, inspirem-se: não é fácil, mas é possível!
Vanessa Afonso
Eu nunca me achei uma pessoa muito ansiosa. Costumava dizer que minha razão falava sempre mais alto que minha emoção e, por isso, alguns amigos me comparavam a um iceberg e outros, mais carinhosos, me chamavam de ?serena?.
Isso até ter que enfrentar o exame da ordem! Não há serenidade que resista!
Bem, como fiz quatro exames até conseguir a aprovação, fui elaborando métodos de estudo e preparação psicológica para estabelecer um nível aceitável de tranquilidade.
Quanto aos aspectos da preparação técnica, nunca achei que a véspera da prova fosse um dia para se matar de estudar. Por isso, tirava o sábado para fazer coisas que eu gosto como ir ao cinema, jantar fora... Coisas leves, pra ocupar a cabeça e me distrair, sem pensar no dia seguinte, o dia da prova.
Nas 3 primeiras vezes foi isso que fiz. No entanto, me sentia culpada. Pensava que deveria estar em casa lendo mais um ?artigozinho? de ética ou relendo os incisos do artigo 5º da CF. Ou seja, a técnica de me ocupar com qualquer coisa que não fosse a prova, na verdade, não funcionava. Bati na trave com 39, 38, 38 pontos, respectivamente.
No último exame (o da tão sonhada aprovação) eu resolvi fazer diferente. Resolvi que ia estudar na véspera. Nada muito pesado, apenas uma revisão, pra não ficar com aquela sensação de que não passei por 1 ou 2 pontos porque não estudei no sábado.
E foi isso que fiz. Assisti o Último Treino da CERS, de pijama e pantufas (pra me sentir relaxada), sempre pensando comigo: Vai valer a pena!
E valeu! Tecnicamente falando, valeu muito!
Agora, quanto às emoções... Ah, as emoções! Como controlá-las? Um turbilhão de coisas passando pela cabeça, uma pressão invisível que todos fingem que não fazem, mas você, no fundo, sabe que existe. E a gente mesmo se cobra: ?Eu não estudei 5 anos pra não passar nesse exame?.
Aquela ansiedade, que eu nem sabia que tinha, batia sim muito forte nos dias próximos e, principalmente, na véspera na prova.
Confesso que oscilei entre achar que ia dar tudo certo e pensar que não estava preparada o suficiente. A gente sabe quando está ou não preparado! E talvez eu não estivesse mesmo, até o X Exame.
No IX Exame eu sabia, antes de chegar à metade da prova, que não passaria. Me lembro de ter pedido pra ir ao toalete para esfriar a cabeça, pois tive ímpetos de desistir daquilo tudo. Mas respirei fundo e voltei. Não foi daquela vez, mas não ter desistido me ajudou a passar no exame seguinte. Saí daquela prova massacrante decidida que passaria no X, que deste não passaria.
Mergulhei nos estudos e todos os dias eu pensava: ?Essa já é minha, eu vou passar?. E passei
No dia da prova da primeira fase do X Exame, fui para a faculdade onde o faria, repetindo mentalmente que tudo ficaria bem. Entrei tranquila, respirei fundo, com a postura de quem ia buscar metade do prêmio naquele dia e garantir o passaporte pra busca da segunda metade.
Saí da prova com a certeza que tinha passado.
O que quero dizer é que as emoções são incontroláveis. Não dá pra não sentir ansiedade, não tem como não sentir frio na barriga. É a nossa carreira, nosso sonho em jogo ali, naquele domingo.
Mas acredito muito que quando decidimos, dentro da gente, que a hora chegou, ela chega mesmo. Seu inconsciente (ou consciente) vai trabalhar para que você não se decepcione.
Pensamento positivo e foco no objetivo são armas poderosas! Acreditar! Se você se dedicou tecnicamente, trabalhar o emocional com a ideia de que está preparado, funciona!
Nelson Bevenute
Na véspera da realização da prova objetiva do X Exame de Ordem, acordei às 7 horas da manhã pra assistir o Último Treino do CERS, junto com uma amiga que também iria prestar o Exame.
Assistimos às aulas de 8 horas da manhã até às 19 horas, foi muito exaustivo, mas ao mesmo tempo nos ajudou a relaxar e ficar mais calmos, pois os professores nos deixaram bem tranquilos com as dicas, inclusive para realização da prova objetiva. Nesse dia dormi bem cedo para conter a ansiedade, por volta de 21 horas.
No dia da prova objetiva acordei às 9 horas da manhã e fui ver televisão pra distrair, nada de estudar mais! Almocei, e cheguei bem cedo ao local da prova, pois acho que se chegar quase na hora da aplicação ficamos mais nervosos, por isso cheguei e entrei direto pra sala (nada de ficar nos corredores conversando com o pessoal, pois o medo só aumenta).
Durante a realização da prova fiquei bem tranquilo, li todas às questões com calma, quando ficava nervoso pedia pra ir tomar água pra acalmar.
Após terminar a prova fui pra casa esperar a correção pela mesa redonda do CERS, e no mesmo dia fiquei sabendo da minha aprovação, já que o gabarito que o cursinho fez foi idêntico ao da FGV. Daí foi só comemorar!
Paulo Dantas
A véspera da prova já começou com mais uma noite de pouco sono, até porque eu teria que viajar com alguns amigos para fazer a prova em Marabá, não sei como ocorrem em outros Estados, mas aqui no Pará só tem 3 cidades que ficam longe da região sul do Pará.
Durante a viagem claro que tivemos momentos de descontração pra evitar o nervosismo, mas eu não conseguia ficar muito tranquilo, e pra relaxar eu fiquei ouvindo as apostilas em áudio durante boa parte da viagem pra fazer uma espécie de revisão final.
Por mais que eu tentasse evitar pensar sobre a prova, não tive como não lembrar que os mesmos que te pedem conselhos jurídicos (de graça) são os que falam que você é um incapaz por não passar na OAB, e aquele seria o dia em que eu mudaria a opinião daquelas pessoas.
Quem precisa viajar para prestar o exame da OAB, aconselho a fazer reservas em um hotel bom, não é por gastos extras, mas se for pra ficar fora de casa que seja em um lugar confortável onde você vai poder tomar um banho quente bem longo pra relaxar os músculos.
Eu não pude de deixar de pensar naquela noite os sacrifícios que fiz, perdi 1 aniversário, o primeiro aniversário do meu sobrinho/afiliado, foi o primeiro dia das mãe que passei longe da minha mãe e pelo menos alguns feriados, mas prometi a mim mesmo que o X exame seria o exame em que passaria custe o que custasse.
Como eu estava muito ansioso e o sono não chegaria resolvi ouvir novamente minhas apostilas em áudio das matérias que acho mais chatas como Direito Agrário e Empresarial e o sono veio.
Na manhã seguinte nem perdi meu tempo revisando nada, tomei um café da manhã muito reforçado exatamente porque não iria almoçar, e para o caso eu tivesse fome na hora da prova levei batatas e chocolate amargo (sempre levo aspirina, mas o chocolate já é suficiente) fiquei conversando com os amigos, pois eu queria estar relaxado na hora de fazer a prova.
O único inconveniente foi uma candidata que pagou a inscrição em uma farmácia e digitaram um valor bem inferior e ela se esqueceu de conferir, sempre tive medo desse tipo de inconveniente, por isso que boletos dessa importância eu pago apenas no banco e confiro no site da OAB se está tudo ok.
O momento em que cheguei no local da prova não ainda vi mais algumas caras conhecidas, como todos estavam com aquela cara de prisioneiro no corredor da morte eu desejei boa sorte o que foi recíproco, geralmente prefiro não enrolar muito pra entrar na sala e pegar fila pra conferir os documentos.
Na hora da prova em que bateu o sinal veio o nervosismo, eu por um momento senti que estava apenas eu na sala e as provas na mão do fiscal, senti a adrenalina jorrando e meu coração acelerado na hora. Cada um tem a sua religião ou não tem e respeito isso, mas na hora rezei um pouco e pedi calma para responder as questões.
O momento mais triste é quando você abre a prova e pensa: ?Não sei nada!!? Claro que essa sensação é comum em um primeiro momento, não perdi meu tempo lendo toda a prova pra não queimar fosfato a toa, fui respondendo as questões mais fáceis, quando o nervosismo já tinha baixado mais eu respondi as medianas e por último ficaram as questões mais complicadas e os ?chutes estratégicos?.
Como já fiz a prova da OAB outras vezes e também simulados, consegui administrar muito bem o meu tempo, tanto que tive 3 oportunidades pra sair da sala pra tomar água e fazer um pouco de alongamento.
Guardei a ultima hora pra passar as questões para o gabarito exatamente pra evitar qualquer imprevisto e como já perdi questões valiosas quando eu fazia a burrice de no gabarito, eu simplesmente cobri as questões e peguei apenas as respostas pra evitar qualquer ?brilhantismo?.
No pós-prova confesso que estava doidão e ainda bem que eu não teria que dirigir, lembro que o pessoal falou em pegar o gabarito e conferir ainda no hotel, eu gosto de conferir apenas no dia seguinte, mas como eu não estava muito bem da cabeça acabei concordando (Nunca usei drogas, mas não dá pra negar que a prova da OAB deixa a gente meio leso).
Os primeiros gabaritos extraoficiais que saíram, eu tinha ficado com 39 pontos, enquanto algumas pessoas já estavam felizes, eu não me preocupei muito porque ainda se tratava de um gabarito extraoficial, e ao conferir exatamente o deste portal, eu tinha tirado 42 pontos, pode parecer pouco, mas no simulado difícil que eu fiz depois de ter passado uma semana doente e sem estudar eu tinha tirado 46, como falei, o nervosismo me atrapalha bastante.
A sensação de vitória veio quando saiu o gabarito oficial, senti um grande alívio e naquela noite eu não dormi praticamente nada, eu sabia que era apenas metade do caminho, mas pra quem já ?morreu na praia? algumas vezes já foi muito bom.
Mayra Hellmeister Oliveira
Ah o Exame de Ordem, uma etapa finalmente vencida em minha vida, mas não foi fácil.
Não era a primeira tentativa, e só de lembrar que eu tinha ido para a segunda fase e estava ali voltando a realizar a prova objetiva da primeira fase misturava vários sentimentos.
Eu estava angustiada, com medo, decepcionada, porque eu sabia do meu potencial, sabia da minha dedicação na faculdade, mas não estava sendo o suficiente para conseguir a aprovação no certame. E digo com propriedade não há nada pior do que a reprovação do Exame de Ordem.
Você vê a tristeza no olhar de seus familiares e amigos, não porque eles acham que você não fora capaz, mas porque sabem, conhecem o seu sentimento e pior, sabem que serão mais 4 meses em que você não poderá exercer a profissão.
Isso quando outras pessoas e até profissionais da área não colocam em xeque sua competência. Dói muito!
Mas de uma coisa eu sempre tive certeza: o quanto eu amo o direito, o quanto havia me dedicado na faculdade e o quanto havia me dedicado para prova.
A pior mentira é aquela que inventamos para nós mesmos. Acreditar que estamos estudando o suficiente quando não estamos, é tentarmos iludir um resultado que sabemos que não será o esperado. Houve falhas em correções da OAB? Com certeza, mas uma falha maior talvez tenha sido a minha, por saber da dificuldade da prova, estudar, mas não tanto quanto deveria.
Dessa vez tomei uma decisão, mudar minha forma de estudo.
A primeira fase exige mais tempo de estudo, pois engloba uma quantidade maior de matérias, então tomei algumas decisões:
A priori, parei de me comparar com os colegas que já haviam passado. Eu era tão competente quanto, só tinha que analisar meus acertos e erros e obteria o sucesso.
Depois de muito conversar com meus pais larguei do emprego, pois diante da dificuldade para ser aprovada, optei por deixar de ganhar o meu dinheiro e me focar num estudo diário e de qualidade. O apoio da minha família nessa hora foi imprescindível.
Passeios, baladas, festas, viagens acabaram. Virei o que se chama de antissocial. Saia apenas de sábado depois das 17 horas e de domingo depois das 15 horas. Era um sacrifício, mas que valeu a pena.
Eu estudava das 14 horas até as 18 horas e das 20 horas até a 1 hora. Eram entre 8 a 9 horas de estudos.
Não fiz cursinho para a primeira fase. Eu estudei com um livro específico e com o caderno do cursinho que eu tinha feito anteriormente.
Ademais todas as quintas feiras, vinha um professor particular em casa. Ele não era professor de direito, mas tem duas filhas aprovadas em concursos, então ele elaborou um esquema de estudos e exercícios para mim nas áreas de Direito Tributário, Administrativo, Empresarial e Constitucional cuja base na faculdade não havia sido suficiente.
Nesse diapasão, todos os dias, logo no fim do dia, eu entrava no blog do professor Mauricio Gieseler a fim de ler os artigos e pegar dicas de preparação que foram de extrema valia.
Durante o tempo concedido pela OAB/FGV para os estudos, fiz um quadro de esquema. Porem na ultima semana, entre segunda e quarta feira, fiz uma revisão pelo resumão jurídico de todas as matérias. Entre quinta feira até sábado as 15 horas só revisei o Estatuto.
Na véspera da prova a ansiedade e o medo tomaram conta de mim. Mesmo sabendo da minha dedicação, o medo de uma nova reprovação era enorme.
Mas resolvi não mais pensar nos exames anteriores, mas sim nesse que estava por vir, como se fosse a minha primeira prova.
No sábado a noite, fui a missa e depois sai para comer com meu namorado e minha família. Depois alugamos um filme para assistir e por volta das 23 horas fui dormir.
Fiz uma programação leve, nada que me deixasse agitada ou preocupada.
No dia da prova levantei cedo e fui com uma hora de antecedência para o local da prova. Como eu moro a 30 minutos da cidade que iria prestar o exame, durante o percurso meu pai só colocou rock clássico e musicas românticas da década de 80 que ele sabe que eu adoro. O legal dessas musicas para mim é que elas te dão uma sensação de paz, de relaxamento.
No momento da realização do exame, peguei meu tercinho, fiz uma oração e fiz a prova direto. Parava para beber agua, mas só. Percebi que nos outros exames que eu dava um descanso eu ia super bem no inicio da prova, mas meu rendimento caia nas questões seguintes.
Dessa vez optei por fazer toda a prova, e quando terminei, relaxei um pouco, comi e bebi o que havia levado. Tinha despendido mais uma menos 3h30 para fazer toda a prova. Depois de ter ?descansado? por uns 10 minutos acredito, revisei todas as respostas e passei para a folha de resposta. Então o total final para a realização do exame deve ter sido umas 4:20 minutos.
Ao sair da prova e até o momento da divulgação do gabarito foi uma ansiedade só. Estava com receio, pois havia achando a prova tranquila demais, mas isso fora apenas o resultado do esforço de muito estudo.
Parece até piada achar a prova da OAB fácil, mas ela não estava fácil, mas estava clara, objetiva, sem enrolação e com um bom nível de dificuldade.
No momento da divulgação do gabarito eu fiquei feliz, mas não fiz aquela festa. Abracei todo mundo, fiquei feliz, mas já estava pensando na segunda fase, e na mesma noite me decidi, que daria um dia de descanso para mim, sem pegar um livro, um caderno sequer e depois voltaria ao foco, voltaria aos estudos, mas com a confiança de saber que aquele caminho de estudos para a primeira fase que me dera êxito, seria o que eu iria trilhar para obter minha aprovação na segunda fase.
É isso ai pessoal!! Eu digo a vocês, Força, DEDICAÇÃO, SUPERAÇÃO, Fé, Confiança e Certeza, são os caminhos para obter a aprovação. Não é fácil, e muitas vezes não é justo, mas quando chega a sua vez, te digo a melhor sensação do mundo...Acreditem!!!
Ronaldo Rosalino
Quando fui prestar a primeira fase do IX EXAME UNIFICADO DA ORDEM, já na quinta-feira, 3 dias antes da prova, resolvi largar os livros, as anotações, apontamentos, etc. Resolvi relaxar, assistir um bom filme, conversar com os amigos que também iriam realizar a prova e principalmente voltar meus pensamentos a Deus, através da oração, pedindo ao mesmo que todo o meu esforço fosse recompensado.
Chega o grande dia - domingo: acordei cedo, tomei um café reforçado e preparei o material para a prova. Chegando no local de prova, estava muito ansioso e apreensivo pois me vinha a cabeça a reprovação no VIII EXAME em PENAL por apenas 0,4 décimos na segunda fase, mas tratei logo de desviar esse pensamento negativo e focar na prova.
Fiz a prova, dentro do prazo previsto e sai com a sensação de que a mesma estava num nível bem mais elevado da anterior. Cheguei em casa, acessei logo o Portal do CERS para ver a correção e preliminarmente fiz apenas 37 pontos, o que se confirmou com o gabarito preliminar da Banca. Entrei com recurso nas questões apontadas pelo CERS que seriam passíveis do mesmo e para a minha surpresa, das 3 anuladas, consegui os 3 pontos e fiz os 40 necessários para a segunda fase, fiquei feliz demais! Segunda fase em Constitucional, uma nova novela, fiz MS ao invés da AO, e preliminarmente reprovado. Mais uma vez recurso, o MS foi aceito e fui aprovado com quase nota máxima na prova, no exame considerado mais difícil e com reprovação recorde, a minha felicidade foi completa, com muitas lágrimas e sorrisos.
Então a mensagem que deixo aos candidatos para essa prova de domingo é boa sorte, tenham calma, paciência, fé, pois sei que se prepararam bastante e o esforço de vocês, de noites mal dormidas, privação do lazer, etc. assim com eu fiz, será recompensado. Já estive do outro lado e hoje sou advogado, então estou torcendo por todos vocês. Deixo uma foto que representa toda a minha luta e no final a vitória no IX EXAME!