Fez um simulado para o Exame de Ordem? Então leia isso: "A forma como você reage a um erro influencia seus acertos futuros"

Sexta, 19 de abril de 2013

ops!

Quando comete um erro, qual a sua reação? Você pensa ?ok, na próxima eu acerto? ou ?putz, sou um fracasso e nunca vou conseguir fazer nada direito?? Um estudo publicado no periódico Psychological Science descobriu que a sua atitude nesse momento pode influenciar seus acertos futuros. E mais: a forma como você reage aos erros está diretamente ligada à visão que você tem sobre sua própria inteligência. Algumas pessoas acreditam que a inteligência é algo constante e imutável, que não pode ser desenvolvida. Outras, porém, acreditam que é sempre possível melhorá-la com o tempo. A sua opinião a respeito dessa questão é mais importante do que se pensava.

Para realizar o estudo, pesquisadores da Michigan State University deram aos voluntários uma tarefa chatinha em que era fácil cometer um erro. Eles deveriam identificar a letra do meio de uma série de sequências com cinco letras, como ?MMMMM? ou ?NNMNN.? É até simples, mas depois que a tarefa se repete várias vezes, a mente se confunde mesmo. E aí a pessoa comete erros bobos, percebe imediatamente e se sente estúpida por causa disso. Durante os testes, os voluntários tinham sua atividade cerebral monitorada. O resultado mostrou que quem acredita que pode aprender com seus erros tem uma reação cerebral diferente de quem vê a inteligência como algo imutável.

Como o cérebro reage a um erro

Quando cometemos um erro, nosso cérebro faz dois sinais rápidos: uma resposta inicial que indica que algo deu errado (e Jason Moser, um dos autores da pesquisa, chama de fator ?oh, droga!?) e um segundo indicando que a pessoa está consciente do erro e está tentando consertar o que fez de errado. Os dois sinais acontecem super rápido, cerca de um quarto de segundo após o erro.

Quem acreditava que a inteligência é algo que pode ser desenvolvido com o tempo e que, portanto, pode aprender com os erros, se saiu melhor depois de errarrecuperando-se rapidamente e acertando os testes seguintes. Foi possível observar uma diferença também na sua atividade cerebral: o segundo sinal (aquele que diz ?cometi um erro, então devo prestar mais atenção?) foi mais intenso, indicando que elas têm o cérebro ajustado para ficar mais alerta depois de errar.

Isso pode ajudar quem é crítico demais em relação aos próprios erros a tentar dar uma relaxada: afinal, ficar se condenando só piora as coisas.

Fonte: Super Interessante

Esse texto é especialmente destinado a quem andou fazendo simulado por agora.

Sob medida!

E é porque errar em simulados é algo banal. E, muitas das vezes, em especial quando o resultado nos testes fica abaixo dos 40 pontos, a culpa (e o medo!) por ter errado é significativa. Afial, a perspectiva de não conseguir os 40 pontos na prova torna-se mais tangível.

Pelo estudo, essa perspectiva é muito relativizada.

Como ficou constatado, "quem acredita que pode aprender com seus erros tem uma reação cerebral diferente de quem vê a inteligência como algo imutável". Ou seja, quem erra no simulado e tem a consciência de que o erro é um processo de aprendizagem (compreensão da falha e reorganização do conteúdo, agora de forma correta, pois passou a compreender o próprio erro), consegue não só compreender o erro em si como "desenvolve" o próprio aprendizado. Ao contrário, quem erra e se culpa e se deprime, tem um desempenho bem pior.

Interessantíssimo!

Recomendo fortemente a leitura do post "Gabarito do simulado do Portal Exame de Ordem e considerações sobre a análise de desempenho" onde desenvolvi uma metodologia para lidar com o resultado dos simulados e aproveitar melhor as informações retiradas deles.

Aproveitem esse final de semana para implementarem estudos tópicos em função da leitura do desempenho no simulado. Poderá ser muito útil na prova da prova.

E, principalmente, mudem a postura mental caso o desempenho não tenha sido bom. Isso faz toda a diferença!