PF conclui que fazendeiro é o mandante da morte do professor Thiago Godoy

Segunda, 29 de dezembro de 2014

A notícia abaixo foi divulgada no último dia 24 no site do G1 de Pernambuco:

Fazendeiro encomendou a morte de promotor de Justiça, conclui PF

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investiga a morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, 36 anos, assassinado em outubro de 2013, em uma emboscada na rodovia PE-300, no Agreste de Pernambuco. A PF informou, nesta quarta-feira (24), que o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, 55 anos, foi denunciado como o mandante do homicídio, motivado por disputa de terras. A corporação ainda apresentou nesta quarta um homem preso em Buíque, também no Agreste, acusado de envolvimento no crime.

José Maria Pedro Rosendo Barbosa é o mandante da morte de Thiago Godoy

De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro, o inquérito foi concluído na última sexta-feira (19). ?Outras linhas de investigação foram levantadas e confrontadas para ver se havia alguma possibilidade de realização, mas, ao final, todas as provas convergiram para a disputa de terras entre Misheva [Martins, noiva do promotor] e José Maria, com a participação do promotor?, explicou.

A PF concluiu que também participaram do assassinato José Marisvaldo Vitor, 42 anos; José Maria Domingos Cavalcanti, 55 anos; e Adeildo Ferreira, 26, apresentado nesta quarta-feira; Os três estão detidos no Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, junto com José Maria Pedro Rosendo. Um quinto acusado, Antônio Cavalcanti, 26, ainda está foragido. A investigação não apontou quem foi o autor dos disparos, mas descobriu que o crime foi planejado e os assassinos não queriam matar apenas o promotor.

Durante o processo de investigação, José Maria afirmou que era inocente em pelo menos duas entrevistas à imprensa e depoimentos à PF. Procurado pelo G1, o advogado dele, Anderson Flexa, informou que só vai se pronunciar acerca da conclusão das investigações na próxima segunda-feira (29).

A noiva de Thiago, Misheva Martins, também seria assassinada na mesma emboscada. O tio dela, Adaltivo Martins, seria morto porque estava com o casal no carro. Todos os envolvidos vão responder por homicídio e duas tentativas. O inquérito será analisado pelo Ministério Público Federal, que pode denunciar os indiciados à Justiça.

Na quinta (18) passada, um grupo de peritos da Polícia Federal encerrou o trabalho de campo sobre a morte do promotor. O serviço durou três dias e contou com auxílio de um scanner 3D e um drone. As imagens foram incluídas no laudo pericial da Polícia Civil. A ideia era que essas filmagens em três dimensões ajudem a investigação a checar com mais clareza hipóteses para o assassinato. Os peritos fizeram simulações no local do homicídio; na Delegacia de Caruaru, onde o carro do promotor está guardado; e na sede da PF, no Recife.

Fonte: G1

Este é o fim de um capítulo dentro da história da morte do professor Thiago. Agora vamos aguardar o posicionamento do Ministério Público e o início do processo. A Justiça ainda está longe, mas mais próxima do que antes. Continuaremos acompanhando essa história até o seu fim.