Sexta, 22 de novembro de 2013
Nessa semana lançamos o nosso Curso Preparatório Completo para o XIII Exame de Ordem e alguns internautas perguntaram se fazia sentido começar a se preparar desde já para uma prova que ainda está tão distante...
Tão distante?
Será?
Existe uma espécie de "cultura do imediatismo" quando falamos da preparação para o Exame de Ordem. Aparentemente os candidatos só se dão conta da prova quando o lapso temporal até ela se torna premente demais, próximo demais para ser ignorado. E aí, sob a pressão irresistível da necessidade, os estudos começam a tomar forma.
E isso está errado.
Não raro vários examinandos pedem dicas para começar a estudar com 1 ou 2 meses antes da prova, apostando mais em uma preparação INTENSIVA e geralmente incompleta para conseguir passar na 1ª fase.
Isso é, acima de tudo, uma APOSTA.
Pergunta elementar: faz sentido "apostar" durante o processo de preparação?
Não faz, e não faz porque o Exame de Ordem está longe de ser uma prova tranquila.
Atual e futuro contexto do Exame
O último Exame foi apenas mais um a confirmar a aura de dificuldade em torno da prova. Apenas 13,06% dos examinandos, conforme apurado pelo Blog, conseguiram passar na XI edição.
Uma miséria.
Vamos olhar os dados das últimas edições e tentar adivinhar o que virá pela frente:
VII Unificado - 111.909 inscritos - 16.419 aprovados
VIII Unificado - 117.852 inscritos - 20.785 aprovados
IX Unificado - 118.537 inscritos - 12.513 aprovados
X Unificado - 124.887 inscritos - 32.088 aprovados
XI Unificado - 101.156 inscritos - 12.786 aprovados (falta Civil apenas)
Destaquei deliberadamente o número de aprovados no X Unificado, o maior percentual de todos os tempos.
Ao se olhar a discrepância de aprovados entre o X e o XI Exames a primeira e óbvia pergunta que surge é: como pode ter uma variação tão grande no número de aprovados entre uma e outra edição?
Asseguro a vocês: isso não é resultado do acaso!
O X Exame foi o pior de todos os tempos. O volume de confusões, problemas e questionamentos foi tão grande que precipitaram em várias alterações na prova, incluindo aí uma reforma de emergência no provimento e reformas subsequentes nos dois últimos editais:
ATENÇÃO: OAB apresenta IMPORTANTE inovação no edital do XII Exame de Ordem
Análise completa do novo Provimento (156/2013) do Exame de Ordem
Publicado o edital do XI Exame de Ordem! OAB implementa IMPORTANTES mudanças no Exame!!
Uma observação interessante retirada dessas mudanças e ter a percepção de que a OAB está muito atenta ao que acontece e agora passa a reagir de forma quase que imediata aos problemas da prova. A entidade tornou-se muito mais reativa.
Ao meu ver, todas as mudanças acima têm como grande propósito sufocar qualquer tipo de problema nas futuras provas. Foram alterações pontuais na regulamentação para atacar problemas específicos, responsáveis por uma série de controvérsias, tal como a cobrança de jurisprudência pacificada dos tribunais, a delimitação clara do que é a peça prático-profissional, entre outras importantes mudanças.
E uma dessas mudanças, certamente a mais sensível, curiosamente não pode ser encontrada no edital ou no provimento.
É a mudança no grau de dificuldade da prova.
Na 1ª fase do X Exame de Ordem foram aprovados 67 mil candidatos, ou seja, 54% dos inscritos. Já na 1ª fase do XI Exame de Ordem foram aprovados 19,67% dos inscritos, ou seja, 19.897 candidatos.
De 67 mil para 19.897 aprovados de uma edição para a outra. Bela discrepância, não é?
Acreditem: não foi resultado do acaso.
Como eu disse, o X Exame foi tão problemático que a OAB ficou traumatizada, e, por conta disto, resolveu apertar os laços e forçar uma maior reprovação na 1ª fase.
Coincidência ou não, o XI Exame de Ordem foi muito, mas muito mais tranquilo do que o X.
Pergunto: qual modelo de prova a OAB vai optar? Pelo que aprova mais ou pelo que aprova menos? A resposta é óbvia...
Tenho a quase certeza de que os padrões de aprovação do XI Exame irá se repetir daqui em diante, pois este modelo, em conjunto com as mudanças na regulamentação da prova, tem o condão de mitigar imensamente as costumeiras crises edição após edição do certame.
Por que então começar a estudar tão cedo para a prova?
Antecipando a preparação
Este então é o contexto. Não é um cenário agradável, assim como também as estatísticas sozinhas demonstram a natureza agressiva da prova da OAB.
Aqui o futuro examinando tem de estabelecer uma tomada de consciência, ou seja, ter a noção da amplitude do desafio: passar na OAB não é fácil!
Isso deve ser somado, naturalmente, com a própria ambição do candidato. Qual é a importância da aprovação? Há um sonho por detrás dela a ser realizado? Vai advogar, concurso público? Essas pretensões exigem, por base, a aprovação na OAB, e levar a preparação e a prova a sério é condição elementar para a realização do próprio sonho.
Daí surge a necessidade de estudar desde agora para a prova do XIII Exame de Ordem: para transformar o sonho em real possibilidade de sucesso.
Prazos
A OAB ainda não divulgou o calendário de 2014 do Exame. Mas fazendo umas contas aqui dá para projetar a data da futura prova objetiva na 1ª quinzena de abril.
Daqui até lá temos 4 meses e 3 semanas, mais ou menos, de estudos até a prova.
é um lapso de tempo muito bom para se conseguir não só esgotar todo o conteúdo programático da prova como também adotar as metodologias de estudo adequadas para fixar corretamente o conteúdo da prova na cabeça.
Aqui faço uma pergunta a quem está lendo o texto: por que esperar?
O que impede dar início aos estudos, o que te impede de começar a transformar uma pretensão em realidade?
Creiam-me: quanto antes tem início a preparação, melhor. Isso não é um achismo, é uma conclusão óbvia e fale para QUALQUER tipo de prova. A diferença é que o Exame de Ordem não é um passeio no parque. É preciso estar efetivamente pronto para ser aprovado.
Reflitam e façam suas escolhas.