Segunda, 22 de dezembro de 2014
Faltam exatos 83 dias para a prova objetiva do XVI Exame de Ordem, que será no dia 15 de março do próximo ano.
Ou seja, faltam 2 meses e 3 semanas para a data delimitada. É um prazo razoável para iniciar os estudos, mas já não é um momento ideal.
Confiram o calendário:

E por que não?
Tempo é o elemento-chave dentro do processo de preparação, e quanto antes os estudos forem iniciados, maiores as chances de aprovação, pois o candidato pode esgotar todo o conteúdo programático, resolver muitas questões e fazer, de forma adequada, suas revisões com fito de fixar na memória o conteúdo.
Faltando apenas 2 meses e 3 semanas a dificuldade em se estabelecer esse processo, em especial com o propósito de esgotar o conteúdo, fica mais difícil.
Um atraso de mais 2 semanas, aproximadamente, já começa a inviabilizar o estudo de todo o conteúdo.
Não existe nenhuma razão de ordem prática ou funcional que impeça os examinandos de iniciarem os estudos a partir de agora. Nem mesmo o natal e o ano novo, tão tentadores, servem como desculpa. Nós sabemos o quanto a prova é difícil e ceder às tentações de final de ano certamente atrapalhara o planejamento.
Mas, por outro lado, se a vontade for a de curtir mesmo, você pode estar sendo vítimas da PROCRASTINAÇÃO. Quais são os principais fatores que levam à procrastinação?
"falta de tempo, impulsividade (deixamos algo de lado para fazer outra atividade), falta de energia, medos, autossabotagem e preguiça. Além disso, o ato de adiar pode estar relacionado à busca pela perfeição, já que pessoas com essa característica tendem a preferir tarefas desafiadoras e evitam as mais simples."
Aconselho muito a leitura: A procrastinação (a arte de deixar tudo para depois) e como combatê-la
É de extrema importância NÃO ACHAR que depois vai dar tempo de estudar tudo! Não dá! Postergar o início dos estudos é uma grande armadilha!
Neste momento, a grande pergunta para quem quer começar a estudar é: por onde começar?
Vamos ao 1º passo! Como é o perfil hoje do Exame de Ordem
Observem o gráfico abaixo. Ele faz parte de um recente estudo publicado pela FGV sobre as estatísticas do Exame de Ordem entre o I e o recente XIII Exames.
Atentem ao percentual médio final de aprovação dessas edições, circulado em vermelho:

Na média, portanto, apenas 17,5% dos candidato são aprovados. É uma estatística nada animadora, infelizmente, mas é a verdade nua e crua dos números da prova.
Neste momento sempre vem a pergunta: a próxima 1ª fase vai ser fácil, aprovando muitos candidatos, ou vai ser difícil, derrubando geral os examinandos?
Quem pode saber?
A perspectiva, no fundo, tem de ser vista de forma global. Às vezes uma prova da 1ª fase aprova muitos candidatos, como a atual prova do XV Exame; noutras, aprova quase ninguém, como ocorreu no IX Exame.
Essas variações no grau de aprovação do Exame, entre recordes de aprovação e reprovação confundem o candidato e não permitem que se estabeleçam balizas de preparo. Ou a prova da 1ª fase vem razoável ou ela vem botando pra quebrar!
E, ao fim, para manter sempre o percentual final, estabelece-se uma espécie de "equilíbrio" com aprova da 2ª fase, que também vem mais ou menos difícil de acordo com o contexto estabelecido na 1ª prova.
Moral da história:
1) a hora de passar é AGORA, no XVI Exame. Quanto mais o candidato demora, mais mudanças na prova podem ocorrer, tal como o advento, para 2016, do novo CPC ou mesmo da perspectiva do aumento de disciplinas no Exame, o que é esperado em razão do nova marco regulatório do ensino jurídico:
2) o candidato SEMPRE tem de se preparar para o pior, pois a inconstância só lhe permite projetar, exatamente, o pior cenário.
E o que é se preparar para "o pior"?
Simples: estudar com muito afinco e dedicação! Montar um cronograma de estudos, ter disciplina, adotar uma estratégia de preparação e investir nela.
Vamos ao 2º passo! O que eu preciso saber?
Bom, já temos a consciência das dificuldades e das incertezas. Essa é a realidade da prova.
E a sua realidade?
Cansei, a ainda canso, de ver candidatos indignados coma reprovação: "mas eu fui um aluno tão bom, tirava notas tão altas..."
Pois é! Bem-vindos ao mundinho do Exame de Ordem! Suas notas da faculdade aqui não servem de nada!
A prova da OAB tem suas peculiaridades, sua metodologia e características. É bem verdade que muitas provas hoje aplicadas nas graduações repetem o modelo da prova da OAB. O ensino jurídico como um todo tem buscado antecipar o "espírito" da prova da OAB ainda na academia.
Mas não contam com a constante evolução do grau de dificuldade do Exame.
Pois bem! O importante, antes de tomar qualquer decisão, é determinar o desempenho de vocês na prova.
E esse é o momento para tomar um susto!
Eu me lembro que fiz isso quando passei a 1ª vez na OAB. Resolvi fazer uma prova antiga só para ver como eu estava. Consegui, se não me engano, 23 pontos. E 23 pontos entre os 50 necessários e não os atuais 40.
Fiquei arrasado!
Senti-me como se fosse uma toupeira. E isso há 3 meses da prova! Meti a cara nos livros e gradualmente fui melhorando meu desempenho. Na hora da verdade eu consegui passar.
Esse é o ponto: o candidato precisa saber a extensão do seu DESPREPARO para a específica prova da OAB.
O candidato precisa tomar um susto, ver o tamanho REAL do desafio e entender que o Exame de Ordem é o Exame de Ordem.
Cliquem nos links abaixo e façam o download da prova do IX, XI e XII Exames e seus respectivos gabaritos:
Logo a desses três Exames? Sim, se o candidato deve se preparar para o pior, a referência inicial tem de ser a mais complicada possível. E essas 3 provas foram bem difíceis, em especial a prova do IX Exame. Mas tenham em mente de que o resultado, por pior que seja, não deve desanimá-los. É só um start para o candidato sentir a necessidade de estudar muito e uma baliza quanto ao que há de pior no Exame.
Peguem a prova, resolvam ela do jeitinho que vocês estão e façam a contabilidade dos pontos.
Aqui começa o Exame de Ordem! Sem máscaras, confetes ou ilusões.
Apenas não permitam que o ego seja maltratado com um eventual e provável desempenho ruim. Ir mal nessa análise é algo normal.
Lembrem-se: o objetivo aqui não é só descobrir o tamanho do despreparo. Isso se resolve de várias formas. O objetivo mais importante é despertar a vontade de estudar, e estudar com AFINCO!
Ir mal nessa avaliação é uma coisa boa. Porque se você não se impressionar com um provável desempenho ruim, não haverá força nenhuma no mundo que te obrigue a estudar intensamente para a próxima prova objetiva.