Terça, 12 de fevereiro de 2019
O XXVII Exame de Ordem não foi brincadeira de criança. Na realidade, agora que posso analisar os números na completude, foi simplesmente uma das piores edições do Exame de Ordem de todos os tempos.
Vamos considerar primeiro a terra arrasada que vimos 1ª fase, simplesmente a 4ª pior primeira fase de todos os tempos:
Anulação impactou pouco na aprovação do XXVII Exame da OAB
Agora, com a divulgação da lista preliminar, outra pancada! Essa é, até onde consigo me lembrar, o pior desempenho dos examinandos em uma 2ª fase.
Quem não se sente seguro para recorrer pode contar com o auxílio do pessoal do PROVIMENTO, uma empresa de soluções educacionais preparada para lidar com os recursos da 2ª fase da OAB
A ideia é oferecer a quem precisa a minuta de um recurso feito de forma individualizada, técnica, para exatamente oferecer um recurso que tenha chances reais de ser bem sucedido, ao contrários de fundamentações generalistas que são vistas por aí.
O trabalho é meticuloso, artesanal e de muita qualidade.
O Blog levantou, com exclusividade, as estatísticas desta edição do Exame de Ordem, e o percentual de aprovação efetivamente me assustou.
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Foram 23.614 candidatos aprovados na 1ª fase e mais 12.881 examinandos oriundos do XXVI Exame, totalizando 36.499 candidatos (Dados calculados pelo Blog).
Com a divulgação da lista de aprovados hoje, 14.127 candidatos foram aprovados.
Ou seja: o percentual de aprovação na 2ª fase foi de 38,70%.
Péssimo percentual!
Na minha matemática, quando temos 40% de aprovação, significa que tivemos uma prova ruim entre os examinandos. Com 45% de aprovação, a percepção é de uma prova mediana, e com 50%, uma excelente prova.
No Exame passado, por exemplo, o percentual de aprovação foi de 54,91%, a melhor 2ª fase da história.
XXVI Exame tem a melhor 2ª fase de toda a história da OAB
Considerando que foram 125 mil candidatos, com apenas 14.127 aprovados finais, isso significa que o XXVII Exame, até aqui, tem um percentual de aprovação de apenas 11,30%.
Míseros 11,30%, quando a média hoje deve oscilar entre 18 a 20% do total de inscritos.
Resumindo: de cada 10 candidatos, apenas 1 passou.
Estávamos vindo de uma sequência consistente de boas provas na 2ª fase. Uma sequência que iniciou no XXI Exame de Ordem, após as correções medonhas do XX. A última prova subjetiva havia sido a melhor de todos os tempos, inclusive.
Mas esta edição foi pancada após pancada, fazendo terra arrasada dos examinandos.
Quando avalio a dificuldade da prova, considero isoladamente a 1ª ou a 2ª fase. Nesta lógica, sei que a 1ª fase do XXIII foi a pior de todos os tempos. Por outro lado, a prova da 2ª fase daquela edição foi bem tranquila, com boa aprovação.
Agora não. As duas fases foram muito ruins, sendo que a 1ª foi a 4ª pior da história e a 2ª foi a pior que eu tenho memória (não saberia afirmar agora se foi a pior de todos os tempos, isso demandaria um trabalho de pesquisa das minhas estatísticas, mas estou tendente a acreditar que sim).
Vamos ver agora o que a FGV vai entregar nos recursos para fechar as estatísticas desta terrível edição.