Quinta, 16 de dezembro de 2010
O Exame do Cremesp, que avalia o desempenho dos estudantes do sexto ano de medicina das escolas médicas paulistas, mostrou que 43% dos 533 participantes foram eliminados na primeira fase da prova objetiva e eliminatória. Já 68% dos 264 participantes da segunda fase não atingiram a nota mínima estabelecida pelo Cremesp.
Os dados foram apresentados por Renato Azevedo, presidente em exercício do Cremesp, e por Bráulio Luna Filho, conselheiro e coordenador do Exame do Cremesp, durante coletiva de imprensa, realizada na sede do Cremesp, neste dia 16 de dezembro.
Exame não é obrigatório
O Exame do Cremesp não tem similaridade com o ?Exame de Ordem? da OAB. A participação no Exame do Cremesp não é obrigatória, é opcional e não é pré-requisito para a habilitação do médico ao exercício profissional.
Assim como nas edições anteriores, o Exame do Cremesp de 2010 foi organizado pela Fundação Carlos Chagas, instituição com grande experiência em concursos.
O estudante aprovado no Exame do Cremesp recebe um certificado, que pode ser útil no currículo. O Exame do Cremesp firmou-se como uma proposta inovadora de avaliação externa do ensino médico. Vem somar-se a outras medidas, igualmente apoiadas pelo Cremesp, como a avaliação permanente in loco realizada pelas próprias faculdades durante o processo de graduação e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade/MEC).
Em Sessão Plenária do dia 14 de dezembro de 2010, o Cremesp reiterou sua posição favorável a um exame obrigatório no final do curso, realizado por instituição externa às escolas médicas. No Congresso Nacional tramitam projetos de Lei que estabelecem a obrigatoriedade, em todo o país, do Exame dos egressos de cursos de medicina.
Somente uma Lei Federal poderá instituir o exame obrigatório, condicionando seu resultado à obtenção do registro profissional do médico nos Conselhos Regionais de Medicina.
Fonte: Cremesp