Terça, 12 de julho de 2011
2008.1 - 39.357 inscritos - 11.063 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de presentes: 28.87%
2008.2 - 39.732 inscritos - 11.668 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de presentes: 30,22%
2008.3 - 47.521 inscritos - 12.659 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de presentes: 27,35%
2009.1 - 58.761 inscritos - 11.444 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de presentes: 19,48%
2009.2 -70.094 inscritos - 16.507 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de presentes: 24,45%
2009.3 - 83.524 inscritos - 13.781 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de presentes: 16,50%
2010.1 - 95.764 inscritos - 13.435 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de inscritos: 14,03%
2010.2 - 106.041 inscritos - 16.974 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de inscritos: 16,00%
2010.3 - 106.891 inscritos - 12.534 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de inscritos: 11,73%
IV Unificado - 121.309 inscritos
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Se no Exame de Ordem 2008.1 tivemos 39.357 candidatos, o crescimento no número de inscritos foi de 208,22%.
Observando-se os dados acima, podemos especular o grau de dificuldade da prova do domingo.
Primeiro devo ressaltar que o grau de dificuldade de qualquer coisa tem um imenso componente subjetivo, pois depende muito de avaliações pessoais. Quando trato do grau de dificuldade, baseio-me integralmente na análise de número e percentuais. A lógica é simples: quanto maior o percentual de reprovação, pior é a prova.
É nítido que os percentuais de aprovação foram gradualmente diminuindo com o passar do tempo, de 28,87% do Exame 2008.3 até os 11,73% na última prova. Tal redução aponta para uma relativa estabilidade no número final de aprovados.
A média de aprovados do Exame Unificado é de 13.340 candidatos, em um total de 120.340 advogados incluídos nos quadros da OAB nos últimos 3 anos.
Observem que a em cada Exame o número de aprovados é relativamente estável, oscilando entre 11 a 16 mil candidatos, comparando com o número de inscritos, que sempre cresce.
Qual será então o grau de dificuldade da prova? O suficiente para manter o padrão de aprovação acima delineado. Ou seja, quanto mais candidatos inscritos, maior o número de reprovados, pois a média de aprovados por prova é relativamente estável: 13.340 examinandos.
O número de aprovados não segue o crescimento percentual do número de inscritos. Essa é a regra.
Eu tenho a convicção de que a simples redução de 100 para 80 questões é um complicador em si mesmo, pois a margem de erro dos candidatos diminuiu. Proporcionalmente o examinando terá de saber mais para evitar que uma pergunte aborde algo que ele não estudou.
Ademais, nada impede que com a redução a FGV elabore questões mais extensas com o fito de "preencher" o vazio deixado pelas 20 questões excluídas.
Em termos comparativos, creio que o grau de dificuldade da prova será bastante semelhante com o da última prova objetiva, e o aumento da dificuldade residiria na redução do número de questões, ou, com uma menor probabilidade, com o aumento dos enunciados.
Não é, evidentemente, uma notícia boa de se dar, mas os números falam por si.
O Exame de Ordem não é uma prova fácil, e praticamente 9 entre 10 candidatos reprovam tal como as estatísticas mostram.
A lição tirada dos dados é uma só: ou o candidato estuda muito, com planejamento, qualidade e dedicação, ou NÃO vai passar.
A OAB não está de brincadeira com ninguém e quem ignorar essa realidade vai ficar na fila.