Sexta, 24 de janeiro de 2014
Um estudo sobre os aspectos da educação mostra que quem estuda mais tende a ser mais feliz e ter uma expectativa de vida maior. O levantamento "What are the social benefits of education?" (Quais são os benefícios sociais da educação?, em tradução livre) foi produzido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e realizado em 15 países membros da organização. ?A educação ajuda as pessoas a desenvolver habilidades, melhorar a sua condição social e ter acesso a redes que podem ajudá-las a terem mais conquistas sociais?, dizem os autores do estudo.
De acordo com a pesquisa, as pessoas que estudam mais são mais felizes porque têm maior satisfação em diferentes esferas da vida. Esse nível de satisfação pessoal é, em média, 18% maior para que tem nível superior em relação àqueles que pararam no ensino médio.
Em relação ao aumento da expectativa de vida, o estudo mostra que um homem de 30 anos, por exemplo, pode viver mais 51 anos caso tenha formação superior, enquanto aquele que cursou apenas o ensino médio viveria mais 43, ou seja, oito anos a menos. Essa disparidade é mais acentuada na República Tcheca, onde os graduados podem viver 17 anos a mais. Já os portugueses asseguraram a diferença mais baixa, apenas 3.
No caso das mulheres, a diferença não é tão acentuada: a expectativa média de vida é de quatro anos a mais para as universitárias. À frente desta tabela estão as nascidas na Letônia, que vivem quase nove anos mais do que as compatriotas que interromperam os estudos no antigo segundo grau.
Segundo informações do portal Porvir, o estudo, divulgado no fim do mês passado, encerra a Education Indicators in Focus, série composta por 10 estudos, apresentados ao longo de janeiro de 2012 a janeiro de 2013, que destacam diferentes aspectos educacionais avaliados da educação básica ao ensino superior. Entre eles, como a crise global afeta as pessoas com diferentes níveis de escolarização, quais países estão dando suporte ao acesso ao ensino superior e qual a variação no número de alunos ao redor do mundo. Os interessados em acompanhar as pesquisas podem acessá-las gratuitamente on-line em três versões: inglês, espanhol e francês.
Fonte: Universia Brasil
Fica claro na reportagem que os benefícios de um maior nível de escolaridade são de longo prazo, e muito provavelmente porque as pessoas mais escolarizadas têm uma renda maior e mais informações para se cuidarem ao longo da vida.
Quando vi o título da matéria lembrei de imediato de um amigo, que há alguns anos atrás, falando sobre o Exame de Ordem, comentou: estudar dói.
O ato de estudar pode ser bem sofrido para muitos. Falta de concentração, desmotivação, preguiça, capacidade reduzida de reter informações e uma reprovação são verdades, em especial quando o tema é o Exame de Ordem.
De um modo geral as pessoas trocam a obrigação de estudar por alguma outra atividade.
Estabelecer uma rotina de estudos tem o condão de, ao longo prazo, acostumar uma pessoa a estudar diariamente, e, assim, tornar o ato parte do cotidiano e não uma tarefa desagradável.
Moral da história: criem uma cultura de estudos. Estudos diários. O Direito está em constante mutação e estudar sempre é uma necessidade para quem é da área jurídica.
Estudar dói, mas, como mostrou a pesquisa, melhora e muito a qualidade e o tempo de vida.
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