Estamos diante do "padrão repescagem" para a 2ª fase?

Antes da prova de ontem abordei em 3 oportunidades distintas a minha impressão sobre o grau de dificuldade das provas da 2ª fase:

XII Exame de Ordem teve 122.354 candidatos! Aprovação foi de 21%

Duas semanas para a prova da 2ª fase da OAB! Quais peças poderão ser cobradas?

Guru da OAB Especial - O Guia Estratégico de Resolução da Prova da 2ª Fase do Exame de Ordem

Em síntese, eu disse que a tendência era que as provas do XII Exame fossem parecidas com as provas do XI Exame, ou seja, com peças práticas fáceis de serem identificadas:

"Muito bem! O que esperar da próxima 2ª fase?

A resposta, desta vez, será meio vaga, pois estaremos diante de uma situação nova no Exame: a repescagem! Ela vai influenciar no grau de dificuldade da prova? Não temos, de plano, como responder.

Em princípio deveria, isso se a Ordem mantiver sua regra de controlar as aprovações tendo como baliza determinados percentuais de aprovação.

É certo que a FGV, antes da aprovação da repescagem pelo pleno, efetuou estudos para mensurar o impacto desta alteração, e a Ordem deve ter mais ou menos a noção do impacto da repescagem nos percentuais do Exame.

Em condições normais de temperatura e pressão, eu diria que a próxima 2ª fase tem tudo para ser bem semelhante a última prova subjetiva, a do XI Exame. Isso porque, aparentemente, a OAB está repetindo agora a mesma dinâmica da prova passada, de um percentual baixo de aprovação na 1ª fase (na prova passada foi de 19%, e agora, 21%) e, talvez, a mesma dinâmica seria mantida agora, tudo sob a influência da confusão que ocorreu no X Exame.

Na 2ª fase passada, tirando o problema de Civil (que inclusive motivou uma alteração profunda no atual edital), todas as peças foram fáceis de serem identificadas. Esse, talvez, esse seja um novo referencial EXATAMENTE para evitar problemas.

E aí chegamos a um ponto: teremos uma 2ª fase parecida com a passada, com peças fáceis de serem identificadas, ou a repescagem vai dar uma complicada no meio de campo?

Eu acho (do verbo "não tenho certeza") que a próxima 2ª fase será algo muito próximo com a edição passada, mesmo considerando a repescagem."

Se não me engano, esta é a primeira vez que uma edição do Exame de Ordem repete o padrão de uma edição imediatamente anterior. E, talvez, este seja o padrão futuro.

Claro, ainda não temos os percentuais de aprovação nesta 2ª etapa, mas, tirando o problema da prova de Direito Administrativo, realmente houve uma linearidade com a prova anterior (que também teve um problema pontual, só que em Civil).

O que seria então o "padrão repescagem?"

Uma reprovação mais intensa na 1ª fase (na casa dos 20%, em média), e provas de 2ª fase com peças de identificação mais simples e percentuais de aprovação maiores.

Mas isso, no momento, é apenas uma impressão com contornos mais ou menos claros. Se no próximo Exame tivermos uma repetição desta lógica, aí sim estaremos seguramente diante de um padrão.

E o que isso quer dizer?

Eu entendo que a preparação para a 1ª fase será definitivamente o grande fiel da balança para os candidatos. Não que a preparação para 2ª não seja relevante (e é!) mas a 1ª fase será o grande desafio, e isso de forma estável ao menos do ponto de vista estatístico.

Se a média de reprovação nesta fase se mantiver na casa dos 80%, quem for para a 2ª não só pegará provas mais fáceis de serem identificadas (dando o devido desconto aos problemas pontuais) como ainda tem garantida a repescagem.

A 1ªfase, pelo visto, será o grande fiel da balança.

Mas isso não é ainda uma certeza.

De toda forma, pensem nisso e empreguem, desde já, maiores esforços (de tempo e dedicação) à preparação para a prova objetiva.

Esse parece ser o caminho.