Estagiárias em Direito fazem graça nas dependências da PGFN e divulgam tudo na Internet

Segunda, 9 de fevereiro de 2015

Junte um local de trabalho sério, como as dependências da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), em Santo André/SP, celulares, redes sociais, estagiários em Direito, alguma vontade de fazer graça e podemos ter o resultado abaixo:

Sentar sobre os processos e se auto denominar como "rainha da execução".

b1 Botar os pés sobre a mesa e sobre os processo, "like a boss", e se gabar do"trabalho". b2 Deslizar no chão da repartição e "causar". b3 Brincar com o material da papelaria. b4 Curtir o dia das bruxas com a galera ao lado do arquivo. b5

Tem até um vídeo com as brincadeiras das estagiárias no youtube. Nele dão até comida para um "Pikachu" com a tela da PGFN ao fundo:

b1

Cliquem AQUI para verem o vídeo.

Evidentemente, os chefes não iriam gostar muito disto.

De acordo com o Diário de Ribeirão Pires, jornal responsável pela matéria, o Procurador da Fazenda Nacional em Santo André, Everton Bezerra de Souza, confirmou que as imagens publicadas nas redes sociais foi produzido nas dependências da Procuradoria. Vejam o que ele disse:

"Lamento profundamente que estudantes universitários ? de um curso tão importante e concorrido como o de Direito, tenham atitudes tão infantis e incompatíveis com o que se espera de futuros profissionais do direito."

"Informo, que se trata de fatos isolados de alguns estagiários, cujo comportamento merece repúdio. Esta procuradoria, cujo quadro de estagiários, funcionários e procuradores sempre se pauta pelo respeito ao cidadão-contribuinte, ao trabalho e às suas funções institucionais, não compactua, em hipótese alguma com este tipo de atitude."

O Ministério Público Federal já estaria ciente do acontecido e já abriu procedimento preparatório (nº 1.34.011.000059/2015-20) para investigar os fatos. As autoras das imagens poderiam ter infringido a Lei nº 8.027/1990 (Código de Ética dos Servidores Públicos da União), e serem penalizadas por isso.

Sinceramente, apesar das brincadeiras em local inapropriado, não acho que elas deveriam ser punidas. Um puxão de orelha no máximo, e nada além. Alguns podem até discordar do que vou escrever, mas as brincadeiras foram inofensivas e não geraram danos ao erário.

E fica o alerta a todos: uns podem achar isso engraçado, mas outros não. O ambiente jurídico é, em regra, formal, e não há grandes margens para brincadeiras, em especial nos tribunais, varas e escritórios de advocacia. O formalismo é a regra.

E, evidentemente, se a brincadeira for inevitável, não permitam que amigos filmem ou fotografem o que está sendo feito. Depois que cai na internet, um abraço. A informação se propaga de forma incontrolável e nada mais poderá ser feito.

Fiquem ligados.

Imagens: reprodução da internet.