Educação aprova antecipação de estágio obrigatório nos cursos de Direito

Terça, 6 de dezembro de 2011

A Comissão de Educação e Cultura aprovou na quarta-feira (30) o Projeto de Lei 1189/07, do deputado Felipe Maia (DEM-RN), que antecipa para o terceiro semestre letivo o estágio obrigatório dos cursos de Direito. O objetivo é adiantar o contato com a prática profissional, a fim de permitir que o treinamento seja realizado paralelamente ao estudo teórico dos temas jurídicos. Atualmente, o estágio é feito nos últimos semestres.

A comissão acatou emenda do relator na comissão, deputado Ariosto Holanda (PSB-CE), para retirar o limite máximo de dois anos para o estágio, estabelecido atualmente pelo Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ? Lei 8.906/44.

A proposta mantém os demais requisitos previstos pelo estatuto. Conforme a lei, o estágio poderá ser oferecido pelas próprias instituições de ensino superior, pelos conselhos da OAB ou por instituições jurídicas e escritórios de advocacia credenciados pela OAB.

Para Holanda, os estágios são excelentes tanto para a formação educacional quanto profissional. ?Além de desenvolver competências técnicas, os estágios aprimoram habilidades de relacionamento humano, disciplina, pontualidade, senso de compromisso e de colaboração em equipe?, afirmou.

Pesquisa nacional recente do Instituto InterScience, citada por Holanda, afirma que 64% dos estagiários são contratados como funcionários efetivos após o primeiro ou o segundo período de experiência e que 15% deles recebem novas propostas de trabalho.

Duas propostas apensadas (PLs 3026/08, que antecipa o estágio para o segundo semestre, e 3628/08, que marca o início do estágio no quinto semestre) foram rejeitadas pela comissão.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Esse é um bom Projeto de Lei.

Há de se considerar que o estudante, ainda no 3º semestre, está "verde" para poder lidar com questões jurídicas e processuais, mas a prática, com certeza, ajudaria a introduzi-lo no universo jurídico e apreender o conteúdo a ser ministrado na faculdade com mais facilidade.

Por outro lado, reforçaria a figura do "escraviário". Muitos estagiários não passam de mão-de-obra barata para os escritórios, servindo de burro de carga por longos períodos.

Mas, de um modo geral, seria uma mudança positiva.