É possível treinar para a OAB com outras questões que não sejam do Exame de Ordem?

Quarta, 3 de fevereiro de 2016

Um questionamento interessante: para o estudo da OAB a resolução de questões deve SER SOMENTE com questões da FGV criadas especificamente para o Exame de Ordem?"

O questionamento é pertinente pois a formulação das questões pela FGV não é exatamente igual ao do tempo do Cespe. Hoje nós já temos várias edições do Exame de Ordem sob a batuta da FGV, o que propicia um número muito bom delas para treinar a resolução de questões, com um volume que já pode ser considerado suficiente.

E aqui temos o primeiro ponto a ser observado. A formulação das questões guarda algumas distinções, mas a temática, o conteúdo programático, em princípio tem sido o mesmo, porquanto este é determinado pela OAB. Dessa forma, resolver questões do Cespe é importantíssimo para o processo de aprendizagem, e isso não só pela carência de questões da FGV.

O ideal, obviamente, é focar no estilo da banca responsável pelo certame, mas a resolução de exercícios de outras bancas também faz parte do processo de aprendizagem, apreende-se com a análise de qualquer questão o conteúdo previamente estudado, ajudando o candidato a fixá-lo na memória.

Há de se observar a existência de duas modalidades de elaboração de questões. A primeira é a conceitual, e a segunda é a problematizadora.

A modalidade conceitual (conteudista) envolve a compreensão de um conceito e sua identificação dentro da questão, atendendo-se ao enunciado. O candidato precisa conhecer o conteúdo e identificar a assertiva correta em função do enunciado.

A utilização da memória e a percepção do certo e do errado são as chaves para a solução.

No tempo do CESPE esse tipo de pergunta era a majoritária.Vamos olhar um exemplo retirado do Exame 2010.1:

Observem que o candidato tem de conhecer o disposto na lei para responder a pergunta. Típica pergunta que exige o conhecimento da letra da lei. A resposta está na letra D.

Na modalidade problematizadora (operatória) o candidato precisa não só conhecer o conceito como também estabelecer um raciocínio para identificar qual a solução mais adequada para o problema. Neste caso, será necessário o uso do raciocínio para estabelecer a adequação entre o conceito, o problema hipotético e a solução adequada. Ou seja, é preciso raciocinar.

Vamos ver um exemplo retirado de uma das últimas edições, já na batuta da FGV:

Percebem a diferença no esforço cognitivo para entender o problema e encontrar a solução correta? Aqui, a compreensão da história é muito mais importante do que no exemplo anterior.

Hoje a FGV dá mais prioridade a este tipo de enunciado, de uma forma diferente do que ocorria no tempo do CESPE. Tínhamos uma prevalência das questões conceituais, com o uso da letra da lei na formulação das questões, mas a FGV prefere questões que exigijam a aplicação da norma a um caso em concreto.

Mas essa é a grande diferença. Na prática, as questões são muito semelhantes e o que era cobrado no tempo do CESPE pode perfeitamente ser abordado agora, sem prejuízo para o processo de treino e preparação.

Como sugestão, acho interessante que questões de provas para técnicos e analistas judiciários também sejam resolvidas, inclusive por apresentarem um grau de dificuldade semelhante ou superior ao da OAB, desde que guardem relativa pertinência temática com o conteúdo cobrado no Exame de Ordem. Excelente para treinar.

Lembrem-se: o FOCO é, naturalmente, a FGV, mas a resolução de exercícios de QUALQUER banca é bom para se estudar, pois o Direito é sempre o mesmo.

Se vocês esgotarem tudo o que existe sobre Exame de Ordem (CESPE e FGV), e sentirem necessidade de irem além, podem seguir essa dica que não haverá problema algum.

De toda forma, não deixem dentro do processo de preparação para a prova de resolverem muitos exercícios. Essa é uma etapa fundamental no processo de aprendizagem.

Só cuidado com provas muito antigas e com questões superadas por inovações legais ou jurisprudenciais.

E aqui, neste ponto, não posso deixar de falar no nosso curso do CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES.

Vamos partir da premissa de que a 1ª fase do Exame de Ordem é o grande filtro, o momento em que a OAB faz o maior corte entre os candidatos inscritos. Vamos assumir também que a lógica de aprovação na 1ª fase não é linear. Em algumas edições poucos logram sucesso, em outras, um número mais considerável consegue a aprovação. Vejamos os dados mais recentes:

É uma demonstração clara da dependência dos candidatos em relação ao humor da banca.

Uma forma de fugir das estatísticas negativas e lograr a aprovação no Exame é buscar a melhor preparação. Aliás, afirmar isso beira a ingenuidade. Se preparar muito  é a premissa básica para se maximizar as probabilidades de aprovação.

No livro The Little Book of Talent: 52 Tips for Improving Your Skills, do autor mais bem-vendido do The New York Times, Daniel Coyle, a explicação para esse aumento da eficiência está na constatação do fato de que, "para aprender, não se pode permanecer ?apático?. A leitura é um processo passivo, você só deixa as palavras entrarem no seu cérebro. Para fixar, de fato, um conteúdo é necessário transformar o processo da leitura em algo ativo".

Daí a sugestão do resumo, um processo ativo que demanda uma AÇÃO do leitor, saindo unicamente da leitura, que é um processo passivo.

Eis então a razão para vocês fazerem o nosso CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES.

Resolver questões, compreendê-las, praticar a lógica dos enunciados estão compreendidos dentro de um processo ativo, e, como tal, o examinando consegue estabelecer "pontes" de fixação do conteúdo estudado e maximiza seu aprendizado.

Esse é a lógica do curso.

Seguindo este perfil, assistir a aula (processo passivo), fazer anotações (processo ativo), compreender a lógica dos enunciados (processo passivo), resolver questões (processo ativo) formam um sistema de estudo capaz de proporcionar um aprendizado com significativo poder de retenção do conteúdo exigido no Exame de Ordem. e, somado com outras metodologias de estudo (leitura, por exemplo) preparam de forma intensa o candidato para a prova da 1ª fase.

E isso seguindo a lógica da FGV.

O feedback que este curso proporciona na hora da prova é realmente fantástico!