Quinta, 23 de julho de 2015
Estamos em um momento do Exame onde predomina a mais absoluta ausência de perspectivas sobre o futuro da prova, ou seja, até o dia 21/08, quando vão divulgar o gabarito final da 1ª fase, e eventuais anuladas, não temos como saber se a OAB vai mesmo anular alguma coisa.
Tratei um pouco disto no post Vamos conversar honestamente sobre recursos e possibilidades de anulações?
E nesta publicação fiz a minha aposta: acredito no máximo em uma anulação, e isso contando com a boa vontade da FGV. O histórico de anulações joga contra todos nós:
IV Unificado - 3 anuladas
V Unificado - 1 anulada
VI Unificado - 2 anuladas
VII Unificado - 4 anuladas
VIII Unificado - Nenhuma anulação
IX Unificado - 3 anuladas
X Unificado - Nenhuma anulação
XI Unificado - 1 anulada
XII Unificado - Nenhuma anulação
XIII Unificado - Nenhuma anulação
XIV Unificado - Nenhuma anulação
XV Unificado - 2 anuladas
XVI Unificado - Nenhuma anulação
XVII Unificado -
A OAB, a partir do VIII Exame, deu início a um conservadorismo até então nunca visto, e repetidamente não tem anulado questões da 1ª fase.
O pior de tudo é termos a CERTEZA da existência de vários vícios e a Ordem, ainda assim, faz vista grossa.
É isso, essa falta de lógica, que atrapalha qualquer possível projeção. Sabemos que várias questões são viciadas e mesmo assim elas não recebem o tratamento adequado.
"Então é melhor não arriscar, é isso?"
Não é bem isso!
Eu não posso é dizer que algo vai acontecer. Não posso dizer "quem fez 39 pode se inscrever na 2ª fase!" Não seria correto da minha parte ser categórico em uma afirmação.
No máximo posso dizer que "existe uma chance, e quem fez 39 pode ARRISCAR mais."
Quem fez 38 também pode arriscar e até mesmo quem fez 37 pode arriscar, mas bem cientes do tamanho do risco e da ausência de quaisquer certezas.
Isso é bem mais honesto com vocês.
Na prova passada surgiram por aí muitos recursos, 7 ou 8, o que alimentou esperanças em vários candidatos em razão do alto número de recursos, afora a convicção de que algumas questões eram completamente anuláveis.
Foi grande a frustração quando a banca não anulou nada.
Quem apostou perdeu.
Mas não perdeu muito....
Vejam...quem resolve estudar para esta 2ª fase ARRISCANDO é o chamado candidato limítrofe, aquele que está há um ou dois pontos do limite da aprovação. Se ele resolver arriscar agora na verdade está se preparando tanto para a prova e, por que não, para o próximo Exame de Ordem também.
Ele não está "perdendo" completamente, mas sim INVESTINDO em conhecimento que VAI ser usado ou agora ou um pouco mais na frente.
Ou seja: o risco é muito mitigado, e assumi-lo faz muito sentido.
Eu, se tivesse feito 39, ou mesmo 38 pontos, assumiria esse risco.
Mas isso seria eu!
Vocês precisam ponderar por vocês mesmos, levando tanto em conta as possibilidades como também a questão financeira, pois se preparar para a 2ª fase com qualidade tem um custo.
Considerando por este viés, o prejuízo de fato seria o de tempo, pois a aprovação seria postergada mais alguns meses no futuro.
E, se por acaso a Ordem resolve anular alguma coisa, o candidato entra forte no jogo da 2ª fase.
Entre o dia 21/08 e o dia 13/09, dia da prova, teremos tão somente 23 dias, que é um tempo ínfimo de estudos para a 2ª fase, sem a possibilidade de se esgotar todo o conteúdo e, principalmente, de treinar adequadamente a redação de peças.
Então, se é para tomar uma decisão sobre se vale a pena ou não arriscar, essa decisão tem de ser tomada ainda nesta semana.
Conselho: conversem com amigos, parentes, façam seus próprios cálculos e, por fim, tomem uma decisão. Ela, a decisão, não precisa ser tomada sozinha e nem com urgência urgentíssima, para ontem.
Vocês já são grandinhos e podem, sozinhos ou com apoio, fazer a melhor escolha.