E aí? Quais são as possíveis peças a serem cobradas pela FGV no próximo domingo?

Quinta, 10 de setembro de 2015

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"O que será que vai cair na prova?"

É uma regra geral: na véspera da prova muitos candidatos saem em busca de um palpite quente, de uma certeza em relação a uma peça mais ou menos certa para a prova do domingo.

E fazem isto visando, em especial, treinar essa peça - ou poucas peças específicas - de forma mais intensa, apostando fortemente na probabilidade dela(s) serem cobradas.

Eu nunca gostei de palpites.

E nunca gostei por uma razão bem simples: quase nunca eles se concretizam. Pior, projetam o foco da preparação em pontos específicos, fazendo o candidato ignorar o todo.

Sem medo de errar eu digo: não criem expectativas quando ao que pode cair.

Fujam disto!

De acordo com o planejamento sugerido na última semana, hoje é o dia em que vocês deveriam trabalhar a formulação de todas as peças práticas possíveis em suas respectivas disciplinas através da construção dos esqueletos:

Hoje é dia de sacudir o esqueleto, digo, de treinar os esqueletos de peças passadas!

E esse é o caminho, pois o candidato que procura ter a certeza de que sabe preparar qualquer peça é exatamente o candidato que corre o menor risco de ser surpreendido.

Compensa demais gastar um dia ou dois só para treinar o fundamento e os detalhes de cada peça, trabalhando isto de cabeça e, claro, com o apoio do vade mecum.

Não existe dica quente!

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"Ahhhhhhhhh.......não existe???"

Uma vez ou outra algum professor chuta e acerta a peça prática, mas nunca vi ninguém acertar duas vezes seguidas, como também ninguém é "campeão" de acertos. É tudo muito errático.

Não custa lembrar o X Exame de Ordem, que das 7 disciplinas 6 apresentaram peças inéditas. Ou mesmo a prova de Civil passada (XV), que cobrou um Recurso Especial e quebrou as pernas de muita gente, ou a prova de Trabalho do XIII Exame, que caiu um Embargos à Execução que deu margem para um Embargos de Terceiros, nunca antes cobrados.

A banca não costuma inovar muito, é verdade, mas nada a impede de cobrar uma peça não muito usual, desde que prevista no edital. E, volta e meia, isso acontece.

Saber se virar, independentemente da peça apresentada,  é o ÚNICO caminho!

Aqui, neste ponto, o candidato precisa reconhecer algo simples: o desejo de adivinhar é resultado da expectativa, do nervosismo. Ficar nervoso, com borboletas na barriga e tudo o mais, é algo absolutamente normal. Mera prova de que se está vivo...

Existem dois tipos de candidatos absolutamente tranquilos: os que sabem que não sabem nada e os que têm certeza de que sabem tudo.

Não saber nada, não ter estudado bulhufas não deixa ninguém ficar nervoso. Já saber tudo é para poucos, muito poucos. A maioria está em um estado intermediário, oscilando entre saber pouco e saber muito, mas sem grandes certezas.

Sugestão:

Aproveitem hoje e amanhã para revisarem todos os tipos de peças, treinarem esqueletos e desenhar uma estratégia. Faltando 4 dias é o melhor caminho para qualquer um. É o que mais aproxima um candidato da certeza de uma boa preparação.

Ter uma estratégia definida e saber, com a ajuda do vade, estruturar os fundamentos de todas as peças já é um grande conforto nesta reta final.

Repito: ficar ansioso é normal e faz parte do jogo. Só não deixem isso dominá-los por inteiro. Trabalhem a convicção de que estão bem preparados para ajudar no controle da expectativa.

Considerem o dever cumprido! Quem estudou de verdade tem esse direito.