Segunda, 1 de março de 2021
O adiamento do Exame de Ordem sem a definição de uma data de retorno (até para evitar sucessivos adiamentos, como no ano passado) complicou a vida de todo mundo.
Sem um marco temporal fica MUITO difícil planejar os estudos. Muito mesmo!
Tudo está irremediavelmente vinculado a dois vetores fundamentais:
1 - A duração dos lockdowns;
2 - A redução das mortes causadas pelo coronavírus.
Quando tivermos melhoras nesses dois indicadores, teremos a prova de volta.
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E o que dá para esperar disto? Quando vai demorar? Quando teremos um novo calendário?
Vamos analisar a questão ponto a ponto:
1 - Calendário da 2ª fase do XXXII e das edições XXXIII e XXXIV
Com a suspensão da prova, todo o resto do Exame sofre o impacto do adiamento, tal como ocorreu em 2020.
Não tem como ser diferente, pois um adiamento qualquer gera um efeito cascata no resto do calendário. E a paralisação agora tende a demorar entre 3 a 4 meses.
Simplesmente estamos sem datas para todas as provas já marcadas em 2021. Teremos de esperar um novo calendário, com as datas corrigidas.
E isso só vai acontecer quando a OAB reaplicar a prova novamente, tal como aconteceu no ano passado.
2 - A situação da doença e dos lockdowns
O cenário é simplesmente MUITO complexo.
O único elemento claro nisto tudo é que estamos em um ápice de contaminações.
Vamos observar o gráfico de óbitos ocorridos durante toda a pandemia no Brasil:
Este gráfico nos mostra um elemento muito negativo: O pico de mortes em 2020 durou meses. Basicamente da metade de maio até outubro com mais de mil mortes.
Estamos falando de aproximadamente 5 meses de platô em 2020.
Pela evolução da doença, não temos como saber quando chegaremos a um platô, ou seja, a estabilização do número de mortes. A queda só ocorrerá após termos a estabilização. E isso, como já sabemos, não é algo rápido.
Por outro lado, temos um elemento novo: a vacina!
A vacinação certamente vai ajudar a todos, reduzindo os contágios e apressando a volta à normalidade.
Eis as notícias mais recentes sobre a vacinação:
UOL - Brasil receberá em março 3 milhões de doses de vacina de consórcio mundial
UOL - Butantan deve entregar 20 mi de doses de vacinas em março, diz Dimas Covas
Folha - Brasil terá dezenas de milhões de vacinados em abril, diz vice-presidente da Fiocruz
De acordo com o vice-presidente da Fiocruz, Marco Krieger, o Brasil terá dezenas de milhões de vacinados já em abril.
Até maio seriam no total 75 milhões de doses.
Creio que ajudaria bastante na redução do contágio entre a população, talvez o suficiente para reduzir a mortalidade no grupo com maior taxa de óbitos: idosos, médicos e pessoas com comorbidades.
Isso sem contar com a iniciativa de vários governadores na compra de vacinas, afora a possibilidade de compra pela iniciativa privada.
Folha - Com Wizard e Hang à frente, empresários querem comprar vacinas contra Covid
CNN - Governadores iniciam negociação para comprar vacinas
Ou seja, se considerarmos o tempo daqui até a efetividade da vacinação neste período, é bem razoável supor que em maio ou início de junho possamos ter a prova.
Isso daria algo entre 3 a 4 meses.
Pode até acontecer antes, caso as medidas restritivas impostas recentemente surtam efeito no número de mortes.
Contudo, acredito que o horizonte de 3 a 4 meses é o mais razoável.
Obviamente, não espero a imunização total da população brasileira. Isso somente para o final de 2021. Mas seria o suficiente para uma sensível redução de mortes e o fim dos lockdowns.
IMPORTANTE!
Lembrem-se que isso é só uma análise, e não a construção de uma certeza. Pode ser mais rápido ou, o que é mais fácil, demorar um pouco mais.
De toda forma, certamente não será o atraso de vida que tivemos em 2020. Não vamos ficar longos oito meses paralisados.
Agora é torcer para tudo melhorar o mais rapidamente possível.