E agora, o que fazer diante de uma prova tão desproporcional? Dá para arriscar uma 2ª fase?

Domingo, 15 de março de 2015

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A Mesa Redonda do Portal Exame de Ordem finalmente terminou e quem acompanhou percebeu que os professores atestaram a desproporcionalidade da prova de hoje.

A íntegra do programa pode ser revista no link a seguir: Mesa Redonda do Portal Exame de Ordem

As questões desta prova foram, sem a menor dúvida, ao menos um nível acima do que ordinariamente é cobrado no Exame da OAB. Pelo grau de complexidade deu para perceber que muitos candidatos não lograram sucesso nesta primeira fase, tal o desânimo e apatia nas redes sociais e nas comemorações. Muito longe do que vimos nas duas últimas edições.

Não só a prova pecou pela complexidade, como também pecou pela especificidade de certos temas jurídicos, avançados até mesmo para especialistas e, seguramente, longe do objetivo do Exame da OAB - atestar o mínimo de conhecimento - como também tivemos falhas na construção de, até agora, 4 questões.

Confiram quais são elas:

1 2 4 5

Apontamos de plano essas questões, mas isso não excluirá a inclusão de outras no nosso rol de recurso.

Vou analisar pessoalmente com calma toda a prova, questão por questão, e verificar o que é possível fazer em toda a sua amplitude, contando com o respaldo dos professores.

Acredito que outros pontos são passíveis de serem combatidos, mas para isto o escrutínio terá de ser criterioso. As questões acima, repito, foram aquelas percebidas com falhas logo de plano, ainda no calor dos eventos.

Será que dá para contar com muitas anuladas?

A resposta é: não sei!

Antes de explicar este "não sei", vamos olhar o histórico recente de anulações, prática criada aqui pelo Blog desde 2008:

VIII Unificado - Nenhuma anulação

IX Unificado - 3 questões

X Unificado - Nenhuma anulação

XI Unificado - 1 questão

XII Unificado - Nenhuma anulação

XIII Unificado - Nenhuma anulação

XIV Unificado -Nenhuma anulação

XV Unificado - 2 questões

Observem que a FGV não só NÃO adota um padrão como em inúmeras vezes injustiçou candidatos com a falta de anulações que deveriam ter sido implementadas.

Na prova objetiva passada, por exemplo, as apostas eram no sentido de que, no máximo, apenas 1 seria anulada, tal o histórico recente de má-vontade da Comissão do Exame de Ordem, que em 3 edições seguidas não anulou nada.

Será que vai anular algo agora?

Os erros existem, eles são concretos e, ao menos nas 4 questões acima, são insofismáveis.

Este é um primeiro ponto!

Outros erros podem ser detectados, aumentando o rol de questões passíveis de impugnação.

A prova foi, como vocês já perceberam, desproporcional, ou seja, o percentual de reprovação nesta 2ª fase tem tudo para ser épico.

Estes são elementos que, uma vez somados, dão margem de esperança para termos algumas anulações.

Quantas?

Impossível antecipar.

Ainda é muito prematuro fazer uma projeção, tal a natureza do problema e essa projeção ficará para um pouco mais no futuro, assim que eu escrutinar com calma a prova.

Sim! Dá para arriscar, mas sempre de olho nas probabilidades. Qualquer candidato pode arriscar fazer um curso e apostar na sorte. Neste ponto falo especificamente de se tomar uma decisão estratégica. Assumir a derrota e começar de agora a estudar para o próximo Exame de Ordem ou arriscar, comprar um curso para a 2ª fase e apostar nas anulações necessárias?

Quem tem esperança quer partir para a 2ª fase. Quem é mais frio reconhece a derrota e estuda para a próxima 1ª fase. Vamos ser pragmáticos: até que ponto dá para arriscar? Analisaremos o contexto para passar a visão completa do problema:

 Nós temos, basicamente, 3 parâmetros para pensar as anulações. São eles:

1 - Percentual de aprovados na 1ª fase;

2 - Qualidade da prova no geral e;

3 - O tamanho do erro nas questões.

É importante ressaltar: essa prova foi absolutamente atípica! Está me lembrando demais o IX Exame, em termos de dificuldade, mas tem um ponto que vai além:a inserção de novos temos e um aprofundamento no grau de dificuldade.

Em breve, nos próximos dias, falaremos com muita calma sobre as possibilidades, dando um posicionamento mais consistente.

De toda forma quero deixar uma mensagem de esperança: é possível, dada a desproporção da prova, que a OAB tente "corrigir" o exagero da FGV.

Vamos trabalhar intensamente para isto!