Sexta, 30 de julho de 2021
Será que a próxima 2ª fase vai ser boa? Será que tudo vai dar certo?
Pela ansiedade de muitos em saber como será a peça da 2ª fase, assim como em razão da percepção de que a 1ª foi foi dífícil, logo, a 2ª fase também poderia ser complicada, geram um natural receio quanto ao que virá no próximo dia 08/08.
O que é uma 2ª fase difícil, aliás?
Temos duas formas de enxergar isso:
1 - A primeira é pelo viés estatístico. Quando a aprovação, dentre os candidatos inscritos na 2ª fase, é de 40%, a prova é considerada muito difícil.
Na realidade, as últimas provas tiveram as melhores correções e os melhores percentuais de aprovação em segundas fases da Ordem.
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Existem 3 balizas, na minha experiência e percepção, para avaliar se uma segunda fase prestou ou não. Através dos muitos anos de análise e avaliação estatística, cheguei a seguinte conclusão quanto ao nível de dificuldade e feedback dos candidatos em relação a uma prova subjetiva:
40% de aprovação - Prova difícil
45% de aprovação - Prova "normal"
50% de aprovação - Prova boa/justa
E como foram as últimas correções?
O XXXI Exame foi completamente atípico por conta da pandemia. A abstenção foi absurda, recorde total na OAB: 30%. Isso mascarou bastante as estatísticas. Mas fiz cálculos e, seguramente, entre os que fizeram a prova, 70% foram aprovados. Por conta das circunstâncias atípicas a FGV não apertou, e o nível de aprovação foi estratosférico!
Mas essa edição do Exame não merece ser muito considerada, dada sua atipicidade.
No XXX Exame o percentual foi péssimo, 39,90%, mas resultado de sérios problemas em Civil, Administrativo e Trabalho, o que prejudicou bastante a média final.
No XXIX Exame, a última prova, o percentual de aprovação foi de 49.22%.
No XXVIII Exame tivemos uma excelente correção de 2ª fase, com 54% de aprovação.
O XXVII foi um ponto fora da curva, pois a 2ª fase reprovou bastante (41% de reprovação). Mas coloco como uma exceção à regra.
A 2ª fase do XXVI Exame de Ordem foi também uma excelente 2ª fase da OAB. Naquela oportunidade foi de 54%.
Já no XXV Exame de Ordem o percentual de aprovação foi de 49,84%, o que é algo muito alto.
No XXIV o percentual de aprovação foi de 56,21%, o maior percentual da história. Monitoro as estatísticas do Exame de Ordem há bem mais de 10 anos e NUNCA vi uma aprovação percentual tão expressiva como aquela, exceto o XXXI Exame, mas isso foi por outros motivos.
Ou seja: estamos dentro de uma sequência de boas aprovações, que teve início, inclusive, no XX Exame de Ordem.
E aqui temos dois elementos de diferenciação bem particulares: A péssima 1ª fase do XXXII Exame e a chutada de balde que a OAB deu em relação à FGV.
Lições da pior OAB para quem vai fazer a prova no futuro
BOMBA! OAB decide abrir licitação para as próximas provas da Ordem!
Isso CERTAMENTE vai impactar a prova subjetiva do XXXII Exame de Ordem.
Impossível não impactar!
A prova da 1ª fase do XXXII foi tão ruim, mas tão ruim, que a OAB saturou e resolveu chutar o pau da barraca, ameaçando a ruptura com a FGV.
Como o contrato do Exame de Ordem rende milhões para a FGV, obviamente que a Fundação fará o seu melhor para evitar o fim do contrato.
E isso implica em trazer a paz para dentro do Exame de Ordem. Problemas na prova é a última coisa que a FGV vai querer.
Por isso acredito, piamente, que a prova da 2ª fase do XXXII Exame NÃO vai gerar controvérsias.
Controvérsia agora representa o fim do contrato. A FGV, certamente, não quer isso.
IMPORTANTE: Circula por aí a lenda de que as provas da 1ª e 2ª fase são elaboradas ao mesmo tempo. Quem fala isso não sabe nada da logística do Exame!
Ou seja: a 2ª fase pode ser modulada em função do que foi a primeira, e eu acredito que isso vai acontecer.
Tenho grande esperança de uma boa prova vindo aí!