Segunda, 27 de janeiro de 2014
Pois é, amiguinhos! O tempo passou rápido e a prova da 2ª fase está aí, no horizonte! Faltam apenas 2 semanas para a sua aplicação!
Vamos conferir o calendário final do XII Exame de Ordem:
O que poderá ser cobrado na 2ª fase? Será que a FGV vai complicar por conta da repescagem? Peças fáceis ou difíceis? Inovações ou peças batidas?
E agora?
Em relação às peças em si, nós temos efetivamente dois novos elementos, que é a repescagem e a mudança no edital quanto a identificação correta da peça.
A identificação da peça correta não traz uma novidade no sentido de complicar a identificação da peça em si, mas apenas serviu para delimitar ao extremo o que é correto ou não. Essa mudança, creio, foi uma reação direta aos problemas ocorridos na prova passada, em que os candidatos de Civil questionaram o cabimento de mais de uma solução processual ao problema proposto, gerando mais uma confusão em uma prova subjetiva.
O edital foi modificado de uma forma tal que esse tipo de discussão se torne inócua.
Essa mudança não implicará, obviamente, na eliminação dos problemas. Como há uma tradição, por assim dizer, de termos problemas na 2ª fase em alguma disciplina, se algo de errado surgir certamente os candidatos irão reclamar como sempre reclamaram. O que muda, creio, será a forma como a Ordem irá reagir.
Agora bem respaldada pelo edital, a OAB tende a fazer ouvidos de mercador diante dos problemas, pois na prática a razão será dela de qualquer forma.
Bom....isso é só uma especulação. Teríamos de vivenciar um problema qualquer para ver como as coisas se desenrolariam.
Quanto a repescagem, estamos diante de uma incógnita. Não dá para projetar o imaginado pela OAB e a FGV em termos de dificuldade na prova.
Eu acho(acho!) que a prova da 2ª fase será muito parecida com a prova do XI Exame.
Como assim?
No X Exame a OAB viveu um grande trauma cm os problemas ocorridos, com anulações, manifestações, e até embates políticos dentro do Conselho Federal.
Como resposta, as provas da 2ª fase seguinte tiveram peças muito fáceis de serem identificadas (descontando o problema ocorrido na peça de Civil), e não tivemos reclamações neste ponto.
É bem provável que esta lógica seja seguida desta vez, não só porque na identificação das peças práticas ao longo de vários exames surgiram os grandes problemas, como também por conta da nova regra do edital, que vai obrigar a FGV a adotar as soluções menos controversas.
Eu acredito muito nessa linha de raciocínio, em que pese a repescagem.
E acredito, em especial, por conta da divulgação inédita dos nomes dos coordenadores das bancas. Essa também é uma regra nova do edital e serve, em boa medida, para jogar um pouco de pressão em quem faz a prova, já que até então a fatura era sempre cobrada na conta da FGV. Agora, ao invés de um CNPJ, teremos um CPF a ser apontado como culpado pela má-elaboração de qualquer coisa.
Isso certamente obrigará os responsáveis pela prova a terem mais zelo em sua concepção.
Estes nomes serão conhecidos na próxima semana.
Este é o contexto!
E que peças poderão então ser cobradas?
E aqui tratamos da armadilha de sempre do Exame: as adivinhações e os chutômetros.
Como os candidatos ficam ansiosos e muitos tentam mitigar essa ansiedade ou menos apostar, surgem "dicas quentes" do que será cobrado como peça.
Uma verdade: ninguém sabe de fato o que vai cair, e tanto professor como candidato têm as mesmíssimas chances de acertar na aposta.
Não dá para saber...
E aqui voltamos a falar do X Exame de Ordem! Na véspera, para variar, todo mundo dava seu palpite, chutava a peça que acreditava ser a mais provável, tudo para alimentar o frisson, a ânsia por antecipar o DESCONHECIDO.
Moral da história: de SETE provas, em SEIS caíram peças INÉDITAS!
Vi muitos relatos de candidatos que erraram a peça pelo simples fato de não terem treinado as novidades: não sabiam simplesmente o que fazer! Alguns, por exemplo, em Direito do Trabalho, só haviam treinado o arroz-com-feijão da disciplina: reclamatória, contestação e recurso ordinário, crentes que uma dessas, sempre as cobradas, estariam entre as eleitas. Só não esperavam uma consignação em pagamento pelo caminho.
Em suma: a 2ª fase do X Exame de Ordem foi uma desgraça, em razão da péssima qualidade da redação das peças. Mas, independentemente disto, foi ruim também porque surpreendeu vários examinandos com o ineditismo das peças escolhidas.
Provas de Direito Administrativo e, principalmente Tributário, do VIII Exame de Ordem, são exemplos disso. NINGUÉM sabia que tais peças iriam cair. Em especial, em Tributário, que o recurso de Agravo de Instrumento nunca havia sido cobrado. Resultado: reprovação em massa nas duas disciplinas.
No IX Exame foi cobrada uma ação ordinária na prova de Constitucional, e a confusão instalada depois disso foi das grandes. Ao fim, depois de muito sufoco (e porque o enunciado da peça era um lixo) a banca resolveu aceitar o mandado de segurança.
Adivinhar é mais do que complicado quando o assunto é 2ª fase: é perigoso!
Uma coisa é projetar um grau de dificuldade genérico das prova, fazendo isso com base nos fatos e nas reações advindas deles. Outra é cair na besteira de achar que essa ou aquela peça irá ser cobrada.
Lógica quanto a este problema: preparem-se para todo a sorte de possibilidades, mesmo que existe uma expectativa (e essa expectativa é minha) de que a OAB não vai complicar na identificação das peças por conta de eventos pretéritos.
Há uma lógica em acreditar nisto, tal como expus neste texto, e ela faz sentido, mas infelizmente previsões podem falhar e o candidato tem de estar pronto para qualquer eventualidade.
O ponto de ruptura seria a própria repescagem. Nela reside a incógnita.
Como faltam 2 semanas para a prova, vocês podem perfeitamente começar a trabalhar a convicção de que conhecem a estrutura de TODAS as peças possíveis já com alguma antecedência. Treinem (apenas formatando o esqueleto) ao menos 3 peças por dia, declinando a estrutura, seus fundamentos e requisitos.
Agora é um ótimo momento para fazer isso. Com um pouco de antecedência dá para criar essa convicção (de que está sabendo tudo em termos de peças) e mitigar bastante a natural ansiedade antes da prova.
Lembrem-se: não entrem na onda de só estudarem o básico. Ninguém pode antever o futuro para assegurar que só o básico será cobrado. Estejam prontos para QUALQUER eventualidade.
Essa é a conduta mais racional e pragmática. Também é a mais trabalhosa, mas ninguém aqui está querendo fazer corpo mole faltando 2 semanas para se livrarem de vez do Exame.
Entramos na reta final, e todo o sacrifício é pouco!