Coordenador do Exame de Ordem diz que a prova não terá "pegadinhas"

Sexta, 15 de julho de 2011

O portal Terra publicou hoje uma matéria com o coordenador do Exame de Ordem, Dr. Marcus Vinícius Furtado Coelho, na qual ele afirm aque a prova de hoje não terá "pegadinhas":

"O exame não terá pegadinhas ou qualquer armadilha para o examinado"

Apenas os conhecimentos mínimos necessários serão avaliados, segundo Marcus Viníciu, aduzindo ainda que "o exame é apenas um teste de conhecimento mínimo para entrar na carreira, não podemos exigir o conhecimento de um advogado experiente ou de um doutor em Direito", ressaltando que a prova do domingo foi integralmente supervisionado por uma nova banca de especialistas da OAB, que respeitarim essa "filosofia".

Marcus Vinícius ainda defendeu a FGV: "O que muita gente não sabe é que a FGV não elabora sozinha o exame. Ela desenvolve um banco de questões e a OAB, por meio de sua banca elaboradora, põe os olhos nesse banco e faz a análise crítica das questões".

"Nós também não temos estrutura para aplicar a prova em todo o País, por isso a colaboração da FGV na logística do exame é importante".

Ao falar sobre o elevado índice de reprovação na última prova, de 88,27% entre os inscritos, Marcus Vinícius ponderou sobre uma expectativa de melhora no desempenho entre os que fazem a prova pela primeira vez:

"Os alunos que fizeram pela primeira vez o último exame tiveram uma aprovação bem maior em relação à média geral. Cerca de 25% foram aprovados. Isso demonstra que os atuais estudantes de Direito estão recebendo uma formação mais adequada". A culpa pela baixa média de aprovação seriam dos candidatos repetentes: "No último exame fizemos essa comparação. Apenas 5% daqueles que fizeram a prova duas vezes ou mais conseguiram aprovação".

Ao fim, o Dr. Marcus deixa um recado: "Como o aluno vai ser advogado se não souber fazer uma petição? Cobramos o mínimo e esperamos um bom preparo. A OAB não têm que facilitar, o aluno que deve estudar mais"

Eu acredito que a prova, sob o ponto de vista técnico, receberá (já recebeu) da banca um zêlo maior em sua elaboração. As mudanças ocorridas no provimento foram nesse sentido e há uma vontade genuína da OAB em aplicar uma prova isenta de problemas semelhantes aos ocorridos em provas passadas.

Sob este aspecto, o Exame vai melhorar.

Agora...esse mínimo necessário para ser aprovado mencionada na reportagem não deve iludir ninguém: a prova vai ser difícil mesmo. A distÂncia entre o "mínimo necessário" e o grau de dificuldade da prova em si é apenas semântica: na prática a prova vai ser difícil mesmo.

E essa frase final da reportagem deve ser interpretada com atenção. O Dr. Marcus passou para vocês um recado claro: "A OAB não têm que facilitar, o aluno que deve estudar mais".

Pegaram?