Segunda, 7 de julho de 2014

Quem se deu ao trabalho de fazer a análise de desempenho no final de semana coletou, certamente, uma série de informações pessoais importantes para lidar com o restante do tempo até o dia da prova.
Faltam exatos 30 dias para a prova do XIV Exame: hora de parar e avaliar o que está sendo feito
O processo empírico de avaliação lhes proporcionou, seguramente, importantes percepções sobre o atual estágio de preparação, que podem ser divididas em função das então crenças pessoais sobre o próprio conhecimento.
O candidato acredita que, em determinada matéria, sabe muito, mais ou menos ou pouco. Aqui falo das crenças.
Com a análise o candidato chegou portanto ás seguintes conclusões, todas estribadas em uma CONFIRMAÇÃO ou uma NEGATIVA:
a) disciplinas que ele mais gosta ou crê que sabe mais;
B) disciplinas de médio domínio;
C) disciplinas difíceis ou sem nenhum estudo o domina.
O cruzamento entre a auto-percepção prévia e a constatação na prática pode não só ser elucidadora como também embaraçosa.
Embaraçosa porque o candidato pode de repente se dar conta que não é tão bom quanto acreditava em uma determinada disciplina de predileção ou mesmo um grupo de disciplinas preferidas. Isso é um indicativo sério de que algo está errado, pois se a disciplina está no rol das preferidas, o desempenho necessariamente deveria ter sido bom.
Aqui temos o primeiro dilema: ignorar o desempenho ou tratar de corrigi-lo? Evidentemente, se a disciplina é de predileção, corrigi-lo não só é mais fácil como também mais rápido.
Como corrigir?
Todo erro demanda uma avaliação, afinal, os porquês são importantes. Eu acredito que, neste caso, o ideal é resolver muitos exercícios na área para incrementar o processo de reflexão sobre os temas de direito e, de forma concomitante, dar uma olhadinha em resumos da matéria. Como se trata de corrigir erros mais do que aprender de fato (pois se a disciplina é de predileção, presumo que o candidato já saiba a matéria) o processo de reforço não demandaria um maior esforço: basta tirar a ferrugem da memória.
Por outro lado, considerando agora as disciplinas que o candidato não gosta, uma decisão ESTRATÉGICA precisa ser tomada: estudá-las ou ignorá-las por completo?
Como assim?
Vejam bem: a análise de desempenho, feita da forma como indiquei, permite que o candidato tenha uma IDEIA de como ele irá na próxima prova objetiva. Trata-se de uma ideia aproximada e não algo conclusivo. é, entretanto, o suficiente para balizar orestante da preparação visando ser aprovado.
E aqui vem o questionamento fundamental: quantos pontos - em média - o candidato que não foi bem na avaliação de desempenho precisa para poder ficar ACIMA na nota de aprovação (40 pontos)?
E, também, de ONDE ele vai retirar esses pontos faltantes para ficar acima da média de aprovação?
Não adianta, evidentemente, não gostar de ECA e querer retirar os pontos reforçando o estudo nesta disciplina, pois ela só cobra 2 questões na prova.
Considerem que vocês já possuem um LASTRO. O lastro seria aquele volume de conhecimento já apreendido e absorvido, o resultado dos seus estudos até agora. E é esse lastro, revelado pela análise de desempenho, representa algo na faixa dos 30 a 40 pontos em 80.
Logo, em razão do pouco tempo disponível, estudar TUDO não se apresenta como uma solução adequada, pois não estamos aqui buscando mais 40 pontos, e sim mais uns 10 ou 15 pontos. Afinal, para ser aprovado um candidato só precisa fazer 40 pontos na prova objetiva.
Feito o diagnóstico, é possível definir com precisão exatamente quais disciplinas deverão ser estudadas em função do PESO delas na prova.
Vamos supor que o candidato não goste de Direito do Trabalho e foi mal na avaliação desta disciplina específica. Como em trabalho são cobradas 5 questões desta disciplina na prova, que é uma quantidade considerável, compensa se dedicar mais a ela em busca de mais pontinhos a serem convertidos na prova.
Vejam bem: Ser bom em uma disciplina no Exame de Ordem significa gostar dela e, ao menos, ter acertado 80% das questões nas provas anteriores. Menos de 80% não representa ser bom em determinada matéria.
Abaixo dos 40% o candidato é ruim na disciplina e precisa reforçar os estudos nela.
DESCARTEM também dos seus estudos o Direito Civil e o Direito Processual Civil, exceto se estas forem disciplinas de predileção e você goste delas. São muito extensas para receberem, agora, sua atenção.
Eu sugiro que sejam escolhidas de 2 a 3 disciplinas em que o candidato se julga ruim. O tempo não permite que outras mais sejam incluídas no rol.
Escolham apenas 2 disciplinas desses dois grupos para estudar. Se vocês arrancarem na prova ao menos umas 6 questões de ambas atingirão o objetivo.
Vejam o rol de disciplinas a serem escolhidas:
Não é o objetivo de ninguém abraçar o mundo e virar doutor em Direito. Vocês querem passar, apenas isso! O esforço visa combinar o fator tempo com o fator otimização dos estudos. É óbvio que não dá para estudar tudo até o dia da prova. Mas atacando disciplinas importantes que historicamente vocês sempre foram mal, com certeza um extra na pontuação será obtido.
E esse extra no dia da prova fará a diferença, junto com o reforço nas disciplinas cuja crença de ser bom revelou-se infundada.
EXCEÇÃO:
Sugiro, em função do pouco volume de conteúdo, que vocês estudem sim ECA, Ambiental e Consumidor. Tirando ética, que é a disciplina com o maior percentual histórico de acertos entre os candidatos, essas são as que os examinandos mais acertam em todas as edições do Exame. Elas vão tomar pouco tempo de estudo (podem ser estudadas na última semana de prova) e poderão dar um retorno substancial na hora da prova.
Toda estratégia aqui delineada representa uma solução com base na análise de LACUNAS no conhecimento de vocês. É uma estratégia de estudo pontual.