Considerações prévias sobre eventuais anulações na 1ª fase do X Exame da OAB

Segunda, 29 de abril de 2013

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Vamos então lançar um pouco de luz sobre as perspectivas para quem não conseguiu passar para a 2ª fase.

Vamos começar com uma regra básica das anulações. Tão básica, tão elementar que pode até ser chamada de princípio: "uma questão errada não será necessariamente anulada."

Pode ser o erro mais bisonho e escancarado da face da terra! Isso não significa que a questão será anulada. Observo isso desde 2008, desde os tempos do Cespe. Já vi absurdos acontecerem em questões ridículas e a banca não toma nem conhecimento. Isto é um fato, e um fato ruim.

Ruim porque nós ficamos no vácuo. Até dá para chutar QUANTAS podem ser anuladas, mas daí apontar exatamente quais é muitíssimo complicado. Só uma vez que consegui acertar quantas e quais (O Guru do Exame de Ordem!!!), e acho improvável conseguir repetir a façanha.

E isso, meu caros, é péssimo para todos nós. A ansiedade, as dúvidas e as incertezas correm o cérebro de quem precisa de 1, 2 ou mesmo 3 pontinhos para seguir adiante. Verdadeiramente estressante.

Quando o assunto é anulação, vale somente o que vai na cabeça da banca.

Ponto!

A lista preliminar de aprovados será divulgada no dia 08 de maio, e a lista final, quando então conheceremos as anuladas, somente no dia 28 de maio, sendo que a prova será aplicada no dia 16 de junho.

Diferentemente da prova anterior, nossos prazos agora são bem mais curtos.

E o que fazer a partir de agora?

Esperar o dia 8 de maio?

Esperar exatamente o quê?

Estou falando de tomar uma decisão estratégica. Assumir a derrota e começar de agora a estudar para o próximo Exame de Ordem ou arriscar, comprar um curso para a 2ª fase e apostar nas anulações necessárias?

Eis o drama!

Vamos ser pragmáticos: até que ponto dá para arriscar?

Infelizmente não é possível dar essa resposta agora. A resposta com um balizamento seguro depende de um fator: quantos candidatos passaram na 1ª fase. E isso nós só saberemos no dia 08.

Engraçado é que esse balizamento, ainda assim, serve apenas para traçarmos uma perspectiva e não uma futura previsão relativamente correta. É muita insegurança para todos vocês.

E sem os percentuais de aprovados a análise fica muitíssimo prejudicada. Terrivelmente prejudicada.

Uma verdade: as anulações guardam íntima e estreita correlação com o percentual de aprovados. Há muito observo essa lógica (injusta, por sinal) e ela sempre ocorre.

Querem ver? Vamos conferir as anulações nas edições passadas em conjunto com o número de aprovados na 1ª fase:

IV Unificado - 121.380 inscritos - 14.157 aprovados na 1ª fase sem os recursos - 21.970 aprovados após a anulação de 3 questões;

V Unificado - 108.355 inscritos - (A OAB, nesta edição do Exame, não liberou o número de aprovados antes da anulação) - 50.624 aprovados após a anulação de 1 questão;

VI Unificado - 101.246 inscritos - 36.566 aprovados na 1ª fase sem os recursos - 46.859 aprovados após a anulação de 2 questões;

VII Unificado -  111.909 candidatos inscritos - 32.137 aprovados na 1ª fase sem os recursos - 45.904 aprovados após a anulação de 4 questões (NOTA: importante ressaltar que 3 foram anuladas por terem sido copiadas de edições anteriores do Exame. Caso absolutamente atípico);

VIII Unificado - 117.852 candidatos inscritos - 51.278 aprovados na 1ª fase sem os recursos - Nenhuma anulação!!

IX Unificado - 118.537 candidatos inscritos - (A OAB, nesta edição do Exame, não liberou o número de aprovados antes das anulações. Fontes extraoficiais falaram em uma reprovação na casa dos 93%) - 19.134 aprovados após a anulação de 3 questões;

O número de anulações é inversamente proporcional ao número de aprovados. Simples assim.

Observando a movimentação de ontem, creio que teremos um número razoável de aprovações. Talvez, falando em números, sem entrar nas estatísticas, tenhamos uns 40 mil candidatos aprovados, talvez mais. E isso é ruim para quem espera por algumas anuladas.

Mas e agora? Que rumo tomar?

Temos aqui os dois elementos da equação: aparentemente existem questionamentos sobre 5 questões (que iremos pertinentemente abordar aqui no Blog, tal como já antecipado pela nossa mesa redonda) e um percentual razoável para alto de aprovação.

Partindo disso, no chute, sem maiores dados concretos (essa ressalva é importante!) eu aposto em 2 anuladas!

No máximo, explodindo, 3 anulações, sem descartar apenas 1 ou mesmo nenhuma.

Nenhuma mesmo eu acho improvável, mas não impossível.

Trata-se de uma aposta, e aposta é aposta. Posso errar, evidentemente.

Logo, quem fez 38 ou 39 pontos pode se dar ao luxo de ARRISCAR e tentar a sorte na 2ª fase da OAB. Devo lembrá-los de que se trata de uma aposta, de assumir um risco, de alimentar as esperanças. Nada além disso!

Quem fez 37 pontos ....bom, pode também arriscar, mas é uma aposta muito complicada. Saiba que as chances estão contra e as probabilidades são ínfimas.

Quem fez 36 pontos ou menos eu sugiro que dê início a preparação para o XI Exame.

A posição, eu sei, é bastante desconfortável. Mas também tenham em mente uma coisa simples: vocês reprovaram, e reprovados, até agora, estão. Assumir isso é importante, como também é importante ter esperanças. Ao fim, se não der certo, ao menos já adiantou o preparo para a próxima edição do Exame e não perde nada: estudar nunca é um desperdício.

No dia 08, quanto tomarmos conhecimento do número real de aprovados, farei uma análise mais acurada das probabilidades, como já é de praxe.

E, antes de tomar uma decisão, conversem com parentes e amigos sobre a melhor escolha. Isso permite uma visão melhor da conjuntura e alivia um pouco a pressão do processo decisório.