Conar manda faculdade alterar anúncio sobre Exame de Ordem

Sexta, 20 de janeiro de 2012

Uma queixa movida por um paulistano fez com que a Unip ? Universidade Paulista seja obrigada a alterar a propaganda ?Unip brilha no exame da OAB ? 3º lugar nacional?. A decisão é do Conselho de Ética do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). A campanha informa que a instituição é a 3ª no país e a 2ª em SP que mais aprova graduados em Direito no exame de Ordem.

Segundo informações do Conar, a reclamação do consumidor paulistano se deve ao fato de a Unip usar apenas do número absoluto de aprovados, não levando em conta a proporção de inscritos por faculdade. Citando números da própria OAB, o consumidor informou que a Unip aprovou 7% dos seus alunos inscritos, enquanto USP e UNB, por exemplo, aprovaram mais de 60%.

?Não há, no anúncio, nenhuma explicação sobre a maneira pela qual foi calculada a posição da Unip no ranking de aprovação da OAB?, cita a reclamação.

Em sua defesa, a instituição de ensino argumentou que o anúncio respeita estritamente o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, sendo baseado em dados da própria entidade dos advogados. No entanto, o Conselho de Ética votou por maioria pela sustação da propaganda. Também houve a defesa no Conar de que havia exagero no uso do verbo ?brilhar? para definir o desempenho da Unip nos exames da OAB. Também considerou que o número absoluto de aprovados não é critério de qualidade.

A alteração sugerida pelos relatores do Conar é de que a propaganda deixe claro e explícito o critério de uso dos números.

Fonte: IG - Leis e Negócios

A Unip valia-se desse marketing - Unip diz que brilha no Exame da OAB, mas aprova apenas 6,7% - direcionado para quem ainda vai entrar na faculdade, em uma clara tentativa de atrair mais alunos, enquanto seu desempenho no Exame de Ordem, em termos percentuais,  como mostra os números acima, sempre foram péssimos.

Essa faculdade inclusive apresentava um vistoso slogan: "A Unip brilha no Exame da OAB" (foto de um jornal, com circulação em São Paulo, na época):

A verdade reside em um fato simples: há uma busca intensa por novos estudantes pelas faculdades particulares de um modo geral, e em especial pelos grandes grupos educacionais, com ações cotadas em bolsa, porquanto o lucro, evidentemente, conta muito na hora de fechar o balanço.

Não é difícil ver na internet muitas instituições vangloriando-se de serem as "primeiras" no Exame de Ordem.

Assim fica difícil escolher qual faculdade cursar. E mais ainda, em qual confiar...