Como será a estrutura da próxima prova da OAB?

Segunda, 13 de março de 2017

Como será a estrutura da próxima prova da OAB?

Faltam apenas 3 semanas para os examinandos finalmente se defrontarem com a 1ª fase! É um bom momento para pensar sobre a estrutura da próxima prova da OAB.

Ou, em termos mais simples, como a prova poderá ser apresentada?

E essa pergunta é importante, pois ela define a baliza com a qual os candidatos precisam se guiar nos estudos. Afinal, a preparação está sendo efetiva no sentido de permitir a realização de uma boa prova no dia 02?

E sim, é possível ter uma antevisão da futura prova olhando para provas anteriores. Mais especificamente olhando para as provas do XIX, XX e XX (reaplicação de Salvador) e XXI.

XIX

Prova

Gabarito

XX

Prova

Gabarito

XX (Salvador)

Prova

Gabarito

XXI

Prova

Gabarito

E por que essas 4 últimas provas?

Por dois motivos:

1 ? São as edições mais recentes. Por óbvio são as que refletem melhor o atual momento da banca e as últimas diretrizes passadas pela OAB;

2 ? Existe um NÍTIDO ?gap? entre a prova do XVIII e a do XIX Exame. No XVIII ainda encontramos poucas questões conceituais, ou seja, sem a narrativa de um problema em concreto no enunciado. Já no XIX Exame esse tipo de pergunta simplesmente desapareceu, e isso se repetiu no XX Exame. Ou seja: a partir do XIX todas as questões são problematizadoras. Trata-se de um verdadeiro marco que nos permite antever como será a estrutura da próxima prova da OAB.

Vejam um exemplo:

Observem que a narrativa contida no enunciado apresenta ao candidato um problema concreto, um caso a ser resolvido pelo candidato.

É esse o tipo de estruturação de problema utilizado pela banca atualmente, e ele será usado em 100% da prova, muito provavelmente.

Saber disto influencia, evidentemente, não só as questões a serem escolhidas para treino como também, em especial, o treinamento prático da gestão do tempo na prova.

Enunciados mais extensos demandam mais atenção e, claro, isso aumenta o desgaste durante a prova. Uma coisa é resolver 10 questões deste tipo; outra, resolver 80. A diferença ao final das 5 horas é gritante.

A diferença em toda a evolução das questões da 1ª fase da OAB podem ser nitidamente sentidas, como por exemplo na comparação das provas de hoje com uma das primeiras edições do Exame após a Lei 8.906/94. Nem dá para dizer que é uma diferença, e sim um verdadeiro abismo:

Como era fácil a prova do Exame de Ordem há 20 anos

Enunciados mais curtos, respostas mais vinculadas a um conceito seco, complementar ao enunciado e uma menor quantidade de questões.

Houve, há alguns anos atrás, a redução de 100 para 80 questões na 1ª fase, supostamente a pretexto de fazer com que as 5 horas fossem melhor aproveitadas pelos candidatos. Já à época eu dizia que isso trazia em si uma armadilha, pois a banca faria uma compensação nas questões: não deu outra!

Nem precisa recuar tanto no tempo para se notas as diferenças. Vejam esta prova do VI Exame:

Prova

Gabarito

Como será a estrutura da próxima prova da OAB?

A quantidade de questões problematizadoras, com enunciados extensos, foi crescendo a tal ponto que hoje só temos esse tipo de enunciado na prova. E, claro, o percentual de aprovação não esboçou nenhuma melhora com tal ?bondade? da OAB.

De uma forma ou de outra, o momento agora é o de focar no próprio cronograma de estudo e ir treinando com afinco a resolução de questões, o carro-chefe dos estudos no Exame de Ordem.

É importante ir se acostumando, o quanto antes, com a estrutura da prova, suas nuances, para no momento da verdade a resolução das questões flua com o máximo de eficiência possível.

E, mais importante, o treinamento deve focar na compreensão do enunciado, na busca pelo seu sentido.

Neste momento é mais interessante reforçar os conteúdos que ainda não foram bem dominados ao invés de se priorizar aquilo que mais se domina. É nos pontos fracos que se retira a diferença na aprovação.