Quarta, 29 de maio de 2013
Lembro-me de ter escrito o seguinte sobre a análise do então possível grau de dificuldade da prova subjetiva do VIII Exame de Ordem, quando, então, tivemos o recorde de aprovados:
"Este post vai ser meio óbvio, pois muitos candidatos já imaginam como será o grau de dificuldade da próxima prova da OAB.
Somamos um recorde de aprovação na 1ª fase com nenhuma anulação de questões problemáticas e a fórmula para encontrar a resposta fica completa."
E não deu outra: a prova foi um miserê só.
Tudo orbita sobre uma obviedade marcante do Exame: quanto mais aprovados, piores as perspectivas para a 2ª fase.
Ontem vimos bem isso, a manifestação do óbvio: nenhuma anulada em razão do recorde de aprovação.
O que esperar então da 2ª fase da OAB?
NOTA: o grau de dificuldade é sempre imaginado em função de números, estatísticas. Quanto mais aprovados, comprando com outras edições do Exame, mais "fácil", e o inverso, mais difícil.
E o que seria uma prova de 2ª fase mais difícil?
Pelo observado nas últimas edições da prova, a dificuldade pode ser traduzida da seguinte forma:
1 - Peça prático-profissional que induz ao erro quanto a solução adequada;
2 - Prova muito extensa;
3 - Correções equivocadas das respostas dos candidatos.
O nível dos examinandos, com toda a certeza, subiu demais nos últimos anos. Peguem uma prova de 2ª fase do tempo do CESPE e comparem com uma das últimas provas da FGV. A diferença é gritante!
Nas últimas edições do Exame, infelizmente, a "fórmula" para reprovar os candidatos passou por uma das "técnicas" acima. A última delas, as correções equivocadas, se fez sentir com muita intensidade em três das quatro edições anteriores. O nível da qualidade das correções é muito ruim. Tão ruim que a OAB franqueia a sua própria Ouvidoria (desde o VII Exame) para reanalisar erros materiais na correção, e isso sequer está no edital...
Mas não só erros materiais ocorreram. Equívocos na adoção de posicionamentos e dificuldade de compreensão da redação dos candidatos também fizeram parte do "cardápio" de falhas.
Bom....
Este texto é bem desanimador, não é?
Eu sei disso.
Infelizmente essa é a realidade atual da 2ª fase da OAB. Infelizmente, edição após edição, acontece uma lambança e é bom que vocês estejam atentos a isto!
Infelizmente, e se vocês pesquisarem com colegas que fizeram as provas passadas, o fator SORTE passou a fazer parte da equação. E isso é uma lástima.
Claro! Quem está muito preparado consegue fugir das dificuldades (se não pegar um corretor zarolho) e consegue a aprovação.
Treinar bem a redação e a concatenação do raciocínio na peça e nas respostas é fundamental para um bom desempenho e para fugir de corretores de prova cansados ou desatentos.
Vocês viram o que foi foi com seus colegas que não conseguiram uma mísera anulação na 1ª fase. Vão dizer que não havia nenhuma para ser anulada? Várias deveriam ter sido anuladas!
Mas não foram! E isso foi previsto...
A 2ª fase vai ser difícil? O resultado final deste Exame vai, em larga medida, seguir a faixa de aprovação das últimas edições, ou seja, algo entre 18 e 23% do total de inscritos. Dificilmente será algo diferente das edições passadas em termos percentuais.
Temos 18 dias até o dia da prova. Entreguem-se de corpo e alma as estudos para poderem fazer parte do lado alegre das estatísticas.
P.S. Nem preciso dizer que o feriado não é para vocês, né?