Quarta, 17 de agosto de 2011
E dá tempo de estudar para a próxima prova?
Ainda dá.
O ideal é começar a se preparar com mais antecedência. A última prova objetiva mostrou o real padrão de dificuldade a ser utilizado pela FGV na concepção das suas provas. O percentual de 18% de aprovados logo na 1ª fase foi muito elevado. COnsiderando também que o Presidente Ophir Cavalcante disse que gostou da prova e que a a OAB tinha achado o seu padrão - Presidente Ophir Cavalcante fala com exclusividade ao Portal Exame de Ordem sobre a constitucionalidade do Exame da OAB - ninguém devem esperar facilidades.
Aliás, sob este ponto, muitos candidatos se iludem achando que a prova pode ser mais fácil, ou ao menos não tão difícil como suas antecessoras.
Candidato nenhum deve alimentar ilusões quanto ao Exame: este SEMPRE vai ser difícil!
E justo ou não, constitucional ou não, ainda é o único caminho para ingressar na advocacia.
E seu grau de dificuldade exige dos candidatos o planejamento adequado em razão da dimensão do desafio.
Pois bem! Como então começar a se preparar para a próxima prova?
Vamos abordar os pontos mais relevantes visando o V Exame Unificado.
1 - Com o que estudar?
Essa pergunta exige primeiro uma afirmação óbvia mas muito ignorada: Exame de Ordem NÃO é concurso público.
O Exame tem dinâmica própria, e ignorá-la atrapalha o desenvolvimento dos estudos e o desempenho final.
E aqui ressalto dois pontos interessantes.
O primeiro tem correlação com a ausência de concorrência. O candidato não compete, apenas demonstra o "mínimo" necessário para lograr aprovação. Isso transpõem para si a obrigação, o mérito e a culpa pelo resultado.
Há de se considerar um ponto fundamental nessa primeira observação: de quem é a responsabilidade pela aprovação ou pela reprovação? Se o candidato realmente quer ser aprovado precisa assumir esse compromisso. Colher derrotas dentro do processo de obtenção da carteira é uma variável possível, e talvez já até mesmo tenha ocorrido. Entretanto, ainda assim, o candidato deve assumir o ônus.
A partir do momento que começa a projetar a culpa para fora, seja na faculdade, seja na dificuldade em si da prova ou da correção dela feita pela OAB/FGV, ele admite, mesmo que inconscientemente, não deter, sozinho, as condições de passar, criando para si um obstáculo de natureza emocional não só desnecessário como também significativo.
Não estou propondo uma verdade, e sim a adoção de uma postura: o sucesso e o fracasso dependem só do candidato e de seu esforço.
E isso por uma razão simples é óbvia: na hora da prova o candidato estará sozinho. Nessa condição é muito bom poder contar consigo mesmo.
O segundo guarda vínculo com a profundidade do conteúdo exigido. Caso não tenham notado, a literatura voltada para a prova da OAB é tradicionalmente chamada de "resumos". A abordagem do conhecimento não exige a profundidade que os concursos convencionais exigem. Os cursos preparatórios duram em média de 3 a 4 meses, a doutrina não é tão aprofundada, com uma razoável utilização de técnicas mnemônicas (dicas, macetes, músicas, etc) com a exigência de um volume de conteúdo relativamente amplo.
O que isso quer dizer?
Que o candidato não pode perder tempo com livros de cursos ou manuais em qualquer área, pois abordam o conhecimento com uma profundidade grande o suficiente para comprometer o tempo existente destinado a uma adequada preparação visando a prova.
Naturalmente que um curso ou um manual têm um volume maior de informações e uma abrangência de conteúdo muito maior do que qualquer resumo jurídico, e seria excelente se o candidato tivesse tempo para estudar por essas fontes. Mas esse tempo não existe.
E não existe porque não basta simplesmente ler um livro, por mais completo que seja: o candidato precisa RETER a informação, o conhecimento para disponibilizá-lo na hora da prova quando este for solicitado.
O estudo, portanto, é um processo global, exigindo uma série de etapas para o candidato efetivamente ficar preparado.
O uso de doutrina mais sofisticada exigirá um tempo maior do que o prazo final da prova. Usá-la implica em abrir mão de etapas fundamentais para a fixação do conteúdo, e esse luxo o candidato não pode dispor.
O Estudo para o Exame de Ordem pode ser estruturado da seguinte forma, sem no entanto pretender excluir nenhum outro ou considerar este como o melhor:
1 - Leitura da doutrina ou acompanhamento de uma aula acompanhado da leitura SIMULTÂNEA ou logo POSTERIOR da legislação correlata na medida da evolução da leitura ou aula (na aula online o aluno pode parar a aula, ler o que quiser, e depois continuar do ponto onde parou. Isso representa uma imensa vantagem em termos de estudo que a aula presencial ou satelitária não podem acompanhar). Aqui o candidato estabelece os vínculos entre os conceitos, as teorias e a norma;
2 - Elaboração pequenos resumos ao término de cada tópico do livro que está sendo estudado. A elaboração de resumos, feitos DE CABEÇA, não só ajuda a delimitar o que não foi apreendido com a leitura inicial como é uma importantíssima etapa de fixação do conteúdo. Se você lembra, o conteúdo, ao menos naquele momento está fixado;
3 - Revisão do conteúdo estudado dentro de um período em específico, uma vez por semana, por exemplo. Essa medida atende à preocupação em se avançar no estudo do conteúdo sem perder a informações previamente estudadas. Ou seja, avançar nos estudos sem esquecer o que ficou para trás. Esta medida é basilar.
Todo estudante almeja a chamada "memória profunda", ou a fixação definitiva de uma informação em sua memória. Tal processo não acontece por milagre, uso de técnicas mirabolantes ou sistemas mágicos. É preciso ler, compreender, reforçar o conteúdo e disponibilizá-lo com constância, seja dando aulas (para si mesmo até), elaborando resumos sem efetuar nenhuma consulta ou resolvendo exercícios.
A revisão tem o fito de evocar um conteúdo anteriormente estudado e reforçar a fixação deste no cérebro.
Vou repetir: isso é FUN-DA-MEN-TAL. A informação deve ser trabalhada com constância para se estabelecer os processos de compreensão e memorização. Sem milagres, técnicas mirabolantes ou revolucionárias.
4 - A resolução de exercícios é a última etapa desse processo e ela é muito importante. Primeiro porque ela se enquadra como um processo ao mesmo tempo de revisão do conteúdo, de desafio ao raciocínio, em razão da adaptação do conhecimento a um problema hipotético, ajudando no desembaraço mental, como também representa uma etapa de adaptação ao sistema de enunciado da banca, e tal adaptação é VITAL!
Notem que o processo de estudo não pode ser trabalhado de forma estanque: o candidato deve se inteirar da doutrina, confrontá-la com a lei, elaborar resumos e resolver exercícios. Essas etapas, distintas entre si, mas consideradas como um processo global, certamente produzirão ótimos resultados como método de aprendizagem.
Não incorra no erro de optar por apenas uma dessas abordagens em detrimento das demais. Pode ser que um candidato tenha sido aprovado apenas escolhendo uma sistemática, mas é muito provável que isso represente uma exceção, e não a regra.
E aqui respondo o questionamento inicial: a doutrina para o Exame de Ordem tem de ser específica em razão da adoção de um processo de estudo global e não unidirecional, focado apenas na leitura de obras mais extensas.
O tempo é limitado e o estudo de qualidade, com tal limitação temporal, precisa passar por essa adaptação.
Vejamos agora então as fontes de estudos em abordagem tópicas:
Doutrina:
Teoria Unificada - 1ª Fase - Coleção OAB Nacional
Livro de doutrina consolidado, aborda o conteúdo exigido no Exame de forma muito objetiva, com o explícito foco nos pontos mais úteis aos candidatos sem negligenciar uma abordagem mais abrangente do conteúdo.
Tem um projeto gráfico simples e muito agradável, permitindo uma leitura sem a perda das informações relevantes.
Obra bem interessante, com a resolução de exercícios, indicação de pegadinhas, dispositivos normativos mais exigidos e pontos relevantes. É uma obra diferente e de qualidade. Extremamente objetiva e bem pensada.
Um bom investimento
Os resumos da Editora Método talvez, hoje, sejam os livrinhos mais conceituados entre os candidatos. Ao menos, com certeza, são os mais referendados. Bom também para quem não quer comprar tudo, apenas as disciplinas que sejam mais interessantes segundo o próprio planejamento do examinando.
A obra concentra em um só volume a síntese de todas as matérias exigidas na prova. A obra tem boa abordagem da doutrina, da jurisprudência e da lei., tudo concentrado em um só volume.
Notem uma coisa: a lista acima está muitíssimo longe de ser exaustiva. O ideal é realizar uma visita a uma livraria jurídica e folhear com calma as obras disponíveis. Assim se faz a melhor escolha.
Eu posso gostar de uma obra, vocês, de outras. Cabe a cada um decidir pela mais adequada.
Cursos preparatórios:
Existem vários cursos preparatórios no Brasil, nas modalidades presencial, telepresencial e via internet.
Se o índice de reprovação hoje orbita na casa dos 90%, sem os cursos certamente iria para 97% ou mais. E não escrevo isso por mera retórica: os cursos desempenham um importante papel de suplementação de conhecimento NEGLIGENCIADO em larga margem pelas faculdades. Afora isso, os professores passam detalhes da prova que não são abordados na faculdade.
Dentro da atual conjuntura, fazer um curso não é um luxo.
Mas é importante salientar que fazer um curso também NÃO É ESSENCIAL, apesar de ser muitíssimo útil - O estudante solitário: é possível passar no Exame de Ordem sem cursinho? Se o seu bolso comporta, faça um, se não, ao menos compre a doutrina atualizada e siga as dicas acima.
Vejamos os cursos e suas modalidades:
Cursos presenciais, se for do interesse do candidato em razão desse modelo ou do prestígio de um curso local, não têm como serem abordados aqui: cada cidade possui seus cursos e ao número deste é imenso. Consultem colegas de faculdade ou jovens advogados para maiores informações.
Telepresencias (ou satelitários) nós temos o LFG, certamente o mais famoso, o Damásio, outro curso de renome e o FMB.
Pela internet existem vários, como o Exord, o Espaço Jurídico, Memes, R2 Direito, IESDE, entre muitos outros que surgem cada vez mais rapidamente.
Isso porque a aula online permite a completa gestão do local e do momento em que se vai assistir a aula, sem contar que isso possibilita o estudo com o máximo de concentração e sem perda do foco com conversas paralelas de colegas.
E, naturalmente, temos os cursos preparatórios do Portal Exame de Ordem.
Hoje os cursos do Portal são apontados como os melhores do Brasil, tanto em termos da qualidade de seus professores (capitaneados pelo prof. Renato Saraiva, provavelmente o melhor professor de Exame de Ordem), como também das aulas, da tecnologia, considerando também o universo de cursos presenciais e satelitários.
Afora isso, o curso de 1ª fase conta com o fornecimento, de graça, do sistema de gerenciamento de estudos Tuctor, o que otimiza a preparação em função do controle total dos parâmetros envolvidos no processo de aprendizagem.
OAB/FGV Exame de Ordem 2011.2- Curso de Alto Rendimento
Cursos de resolução de questões estilo FGV - Exame de Ordem 2011.2
Os cursos do Portal Exame de Ordem certamente são uma excepcional opção para os atuais examinandos.
2 - O que estudar?
O que estudar envolve um dos pontos mais determinantes dentre as especificidades do Exame de Ordem. As fontes de estudo trazem todo o conteúdo a ser estudado, mas isso não representa a imperatividae em se esgotar todas as disciplinas.
Isso decorre do fato de que, na 1ª fase, é necessário fazer apenas 50% dos pontos para se passar para a 2ª etapa.
Claro! Escrever "apenas" é apenas uma licença quase poética.
No Exame 2010.3, em sua parte objetiva, somente 26.540 foram aprovados entre 106.855 inscritos. Já no atual Exame tivemos 21.970 aprovados entre 121.380 candidatos inscritos.
Um percentual muito alto quando inexiste concorrência e o índice de acertos é de 50%.
"Quem fez boa faculdade passa", assim reza a lenda urbana.
E é lenda mesmo...
De fato as boas instituições conseguem aprovar mais de 50% dos seus egressos, mas o percentual de boas instituições é bem pequeno. É necessária uma preparação específica para a prova visando aumentar a probabilidade de aprovação independente da formação acadêmica.
Ou seja: o candidato precisa de um plano de estudo.
Saber o que estudar, já tendo em mãos boas fontes de estudo, representam o norte para o candidato não perder o foco e nem tempo.
Ter um plano de estudo é VITAL.
Como criar um?
Primeiro o candidato precisa escolher as disciplinas a serem estudadas, e aqui temos um ponto curioso quando tratamos sobre o Exame de Ordem: é conveniente não estudar tudo com a mesma intensidade.
Isso implica em se eleger as disciplinas que serão alvo de um estudo mais aprofundado, pois a meta não é fazer 100 pontos, e sim 50. Sob esse prisma, estudar tudo pode ser contraproducente em razão do fator tempo.
Em grau de importância, e a importância é determinada pelo número de questões cobradas na prova, podemos podemos estabelecer o seguinte critério de importância:
1) Disciplinas de grande importância
Direito Civil e Processual Civil
Direito do Trabalho e Processual do Trabalho
Direito Penal e Processual Penal
2) Disciplinas importantes
Direito Tributário
Direito Administrativo
Direito Constitucional
3) Disciplinas medianas
Direito Empresarial
Direito Internacional
Estatuto da Criança e do Adolescente
Direito Ambiental
Direito do Consumidor
4) Disciplinas especiais
Ética Profissional e Direitos Humanos
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Não é nenhuma absurdo recomendar que o candidato NÃO estude Direito e Processo Civil, isso em razão do amplo conteúdo dessas duas disciplinas. Exercícios devem ser resolvidos, mas o estudo da doutrina deve ser preterido.
Não se trata de uma "antipatia" com tais disciplinas, e sim uma adequação entre o volume de conteúdo a ser estudado e o tempo até o dia da prova. Se o candidato destinar mais tempo, obviamente deverá estudar tudo, caso este seja curto, aconselha-se a não estudar esses duas disciplinas.
A lógica é priorizar um conjunto de disciplinas que correspondam a 75% de todo o conteúdo a ser exigido na prova.
Entretanto, apresento um porém: não estudar Direito Civil e Processo Civil é exclusivamente sugerido em função do tempo restante para a prova.
O elevado percentual de reprovação na 1ª fase do atual certame pode certamente ser atribuído também à redução do número de questões objetivas, de 100 para 80. Essa redução, curiosamente, aumentou a dificuldade de se passar na prova. Eu já havia ventilado essa possibilidade antes, e, após a prova, com o feedback dos candidatos, afora a colheita dos dados finais de aprovação, essa percepção revelou-se verdadeira.
Estudar demanda apreender TODAS as disciplinas, sem excluir nenhuma. Ressalto mais uma vez que a sugestão de excluir Direito Civil decorre do fator tempo.
Se o candidato conseguir cumprir seu programde estudo na integralidade, deverá, com certeza, dar uma enfoque ao Direito Civil e ao Processo Civil.
São novos tempos...
E estabelecer uma lista de disciplinas prioritárias em detrimento de outras não representa assumir um risco para a prova? Sim, certamente é! Eu disse que a75% das disciplinas devem ser prioridade, mas o candidato não deve neglicenciar as demais, por óbvio. A soma das matérias prioritárias com as demais é que lhe dará o sucesso, inclusive porque é virtualmente impossível que você estude apenas umas poucas disciplinas e acerte 50 pontos cravados.
O percentual de 75% foi escolhido exatamente para representar uma margem de segurança para o candidato. Este pode saber tudo, por exemplo, de Direito Penal, mas como todos nós somos humanos, estamos sujeito ao ERRO!
O percentual de 50% é o necessário para a aprovação, mas isso não quer dizer que o candidato tenha de estudar para tirar somente 40 pontos. O risco seria absurdo!!
Por outro lado, estudar para tirar 60 pontos na prova dá ao candidato uma MARGEM DE ERRO, um espaço de conforto para a meta, 40 pontos, seja atingida sem riscos. A diferença percentual representa uma "gordura" a ser queimada com os inevitáveis erros. Os demais 25% não estudados adicionarão um mínimo para ao fim os 50% serem alcançados com segurança.
Com essa estratégia o candidato evita estudar como se fosse um franco atirador, visando todo e qualquer alvo indistintamente, sem saber o que estudar e o quanto estudar. Ela tem o único propósito de permitir que você racionalize seu estudo, dando-lhe um foco e uma meta, estudando com a segurança de que está no caminho certo, exatamente porque tem uma estratégia para seguir e uma meta para ser atingida.
Vejam agora um aspecto interessante.
Na última prova objetiva, como já aduzido, tivemos 121.380 inscritos. Desses, 21.970 foram aprovados na 1ª fase, ou 18.48% dos candidatos.
Mas esse percentual de 18,43% veio após a anulação de 3 questões. Sem tais anulações, o percentual de candidatos aprovados deve ter sido algo em torno de 11%, ou 13 mil candidatos Com a anulação de apenas 3 questões, possivelmente o número de aprovados a mais foi algo em torno de 8.900 candidatos.
Não tenho dúvidas da importância da anulação de 3 questões para muitos candidatos.
Curiosamente, dentro dessa lógica, estudar para tudo pode ser pior do que estudar com foco em disciplinas mais relevantes, pois tantos candidatos conseguiram a aprovação com a anulação de apenas 3 pontos.
O questionamento é: o que faltou para esses candidatos conseguirem de plano os 40 pontos? Quantos candidatos não ficaram ali, no quase? A resposta não é muito óbvia, mas algo faltou para muitos, e o faltante representa muitíssimo pouco.
Segue uma relação do número de questões exigidas no Exame de Ordem para vocês compreenderem a importância de cada disciplina na prova e estabelecerem suas próprias prioridades baseados nessa informação.
Aqui é IMPORTANTE frizar que não é a relação da última prova, e, sim, uma relação tradicional de questões.
Estou convencido da impossibilidade de se utilizar a última prova, neste momento, como parâmetro para determinar a importância de cada disciplinas, em função do erro não confessado pela OAB no número de questões de Direitos Humanos.
Mais ainda: sequer dá para dizer que essa disciplinas serão abordadas de forma individualizada na próxima prova! Todas sempre foram, e o erro nesta última prova, em que pesem as negativas da OAB, foi descarado.
Grupo 1 - Disciplinas de grande importância
Penal
Processo Penal
Trabalho
Processo do Trabalho
Civil
Processo Civil
Grupo 2 - Disciplinas importantes
Constitucional
Administrativo
Tributário
Empresarial
Grupo 3 - Disciplinas medianas
Internacional
Consumidor
Ambiental
ECA
Grupo Especial
Ética
Direito Humanos (?) - 5 (A OAB na última prova não exigiu questões específicas de Direitos Humanos. Não é possível agora determinar se ela o fará no futuro)
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A soma do número de questões acima dá 105. Mas elas devem ser usadas somente como parâmetro para a eleição das disciplinas.
Caso dentro desse período de 11 semanas o candidato consiga esgotar as disciplinas eleitas, na ordem de 75% do conteúdo, ele deve naturalmente estudar aquelas excluídas do planejamento inicial.
Qual conteúdo estudar?
Com base no número de questões exigidas por disciplina acima declinadas, juntem aquelas que somem 75%. Escolham as que cada um possui maior afinidade. Excluam as consideradas mais difíceis do planejamento. Não se esqueçam! Apenas 25% delas podem ser excluídas.
Usem como fonte de estudo o livro de doutrina ou o conteúdo programático de seu curso.
Segue agora uma relação dos temas mais exigidos nas últimas provas:
Sujeitos
Relações entre os estados
Tratados internacionais
Competência internacional e arbitragem
Ética Profissional
Exercício da advocacia
Direitos do advogado
Impedimentos e incompatibilidades
Honorários advocatícios
Infrações disciplinares
Processo disciplinar
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Aqui fica uma dica IMPORTANTÍSSIMA para quem está vindo de uma ou mais reprovações na prova.
Estudem as disciplinas em que vocês foram mal nas prova anteriores. Muito provavelmente esses candidatos estão em um ritmo de estudos bom, e encontram-se quase sempre no limiar da aprovação.
Foquem nas deficiências para arrancarem pontos que anteriormente foram perdidos. De repente deixar de estudar uma disciplina completamente dominada por outra mais estranha é uma excelente opção para conseguir o sucesso na 1ª fase.
Façam esse mapeamento e pensem nessa estratégia.
3 - O quanto estudar?
Tempo é, sem sombra de dúvidas, o grande artigo de luxo quando se fala em Exame de Ordem. É o excesso tempo para se resolver a prova, é o pouco tempo para se preparar e é o longo tempo para se sofrer com esperas e desilusões.
De uma forma ou de outra, a noção do passar do tempo tem de estar associada a uma determinação interna básica para qualquer empreendimento: disciplina!
Sem disciplina não há gestão do tempo.
Não sei quantas horas cada um terá para estudar: as dinâmicas pessoais são infinitas. De toda forma, creio que ao menos 4 horas diárias devem ser destinadas ao estudo. O ideal seriam 6 horas.
Mas, independente do tempo, é a certeza de sua qualidade.
O bom estudo, focado, concentrado e sem distrações rende o que é necessário.
Estabeleça seu planejamento, destine o tempo disponível e seja disciplinado. Entregue-se ao seu objetivo e seja fiel ao seu propósito.
4 - Quando começar?
Antes de começar, e o começar deverá ser ainda nesta semana caso você não tenha iniciado os estudos, é preciso se conhecer.
Claro que esse papo de se conhecer é super íntimo, místico e tal, mas antes o candidato precisa saber o quanto efetivamente sabe.
Ou seja: Qual é sua situação agora, nesse instante?
Sun Tsu escreveu há muito tempo que na guerra e necessário se conhecer e conhecer o inimigo.
Resolva então umas 3 ou 4 provas passadas, sem estudar rigorosamente nada, e veja como vai seu desempenho:
2011.1
2010.3
2010.2
2010.1
2009.3
Não se surpreenda se o desempenho for abaixo da crítica. E se você não estudou nada, é muito provável que seja.
Isso é natural e decorre unicamente do fato do candidato estar "frio".
Com a preparação, o estudo e a compreensão das dinâmicas em torno da prova, o desempenho do examinando irá melhorar sensivelmente após cada treino.
Na véspera da prova, com a resolução de simulados ( O Portal apresentará seu simulado com questões inéditas na semana da prova), o desempenho ideal orbitará em torno de 50 acertos.
Quem acerta 50 questões em simulados tem enormes chances de passar sem sustos na prova.
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Para arrematar, um pequeno lembrete: estudar para a prova, por maior que seja a necessidade de aprovação, não pressupõe a adoção de um comportamento monástico.
Deixem um dia da semana para descansar, e providenciem pausas durante o período de estudos.
A manutenção da saúde mental também faz parte do processo de preparação.
Bons estudos!