Como não tomar 7 x 1 da FGV na prova da OAB?

Quarta, 8 de julho de 2015

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Hoje completamos 1 ano da maior humilhação já sofrida pelo nosso futebol: a derrota, em casa, em pleno Mineirão, para a seleção da Alemanha.

Uma derrota que vai ecoar na história do futebol pelos próximos 70 ou 80 anos.

Vocês sabem do que estou falando, pois todos se lembram deste amargo dia.

Ninguém gosta de perder, mas da derrota, nós sabemos, lições podem ser tiradas. E é importante aproveitar isto para sabermos crescer e superar as dificuldades.

A Seleção, pelo visto, gerida por quem é gerida, não aprendeu a lição, e seu futuro é sombrio. Mas vocês, inteligentes que são, podem tirar lições tanto das próprias derrotas para a OAB como também das derrotas de outros candidatos.

Aliás, podemos tirar também uma bela lição da própria seleção, a partir das várias falhas ocorridas que, em conjunto, fizeram o nosso orgulho pelo futebol brasileiro virar farofa.

Como não tomar de 7 x 1 da FGV na prova da OAB?

Vamos lá!

1 - Escolham direito o seu "professor"

Todos nós sabemos quem era o treinador da seleção e, mesmo com todo o renome, sua seleção foi completamente envolvida pelo adversário.

O treinador não estudou o adversário.

O treinador não se atualizou com a revolução tática do futebol ocorrida no intervalo entre a copa de 2002 e a copa de 2014.

O treinador não tinha o time na mão.

O Brasil tomou um passeio!

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Logo, se vocês forem procurar um treinador (ou, mais precisamente, um curso preparatório) escolha entre aqueles que tem treinadores de qualidade, atualizados, ligados na prova da OAB e que, evidentemente, estudam o adversário.

Os professores do Portal Exame de Ordem são assim, por exemplo.

Os professores têm de entender de OAB para auxiliá-los na luta pela aprovação! Quem opta por treinadores errados paga o preço da escolha na hora da prova.

Um bom curso preparatório representa um INVESTIMENTO, e geralmente não é barato, pois os BONS professores são especialistas e vivem disto mesmo: se preparar para preparar vocês para a OAB.

O barato, em Exame de Ordem, costuma sair caro para quem faz a opção pelo "professor" errado.

Isso inclui também o material didático!

Muitos comprar cursos pirateados (e desatualizados) ou se valem de resumos de procedência e qualidade duvidosa adquiridos na internet.

É o famoso "barato que sai caro."

Pensem nisto!

2 - Preparem-se com ANTECEDÊNCIA

Quem tem mais chances na prova? Quem começa a estudar uns 4 ou 5 meses antes ou quem deixa tudo para o mês que antecede a prova?

A resposta é óbvia.

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Quanto tempo a seleção ficou junta especificamente para a copa? Menos de um mês, isso sem contar os poucos jogos coletivos preparatórios feitos.

Resultado? Time desarticulado e desentrosado!

Não tem mistério! Todo desafio, em qualquer área humana, precisa de treinamento prévio.

Prévio e SÉRIO!

Olhem só essa história aqui da seleção alemã! Ela mostra direitinho que o 7 x 1 não foi resultado do acaso:

Alemanha usa auxílio de universitários para estudar os rivais da Copa do Mundo

A vitória por 4 x 1 contra a Inglaterra, nas oitavas de final da Copa de 2010, escancarou ao mundo uma das principais estratégias da Alemanha para vencer os rivais: relatórios completos sobre o adversário elaborados por estudantes da Escola Superior de Esportes de Colônia. Ao fim do jogo, o técnico Joachim Löw agradeceu os envolvidos no projeto e creditou boa parte do sucesso do time naquele dia ao dossiê.

Quase quatro anos depois, o grupo de 45 universitários comandado pelo professor Stephan Nopp tem mais ferramentas e experiência para dissecar os possíveis rivais da seleção alemã na Copa e promete um trabalho ainda mais detalhado para tentar levar a equipe ao tetracampeonato mundial. ?Geramos vídeos a partir de relatórios de mais de 200 páginas para a Federação Alemã de Futebol, detalhando comportamentos táticos das outras seleções e mapeando o desempenho individual de alguns atletas?, conta Nopp, em entrevista ao Correio.

Não à toa, o lema da Alemanha para a Copa é ?preparados como nunca?. Depois de dois terceiros lugares (em 2010 e 2006) e um vice (em 2002) nos últimos três mundiais, o povo alemão crê que está na hora de voltar a levantar a taça. ?A população está confiante nesse time, que vem se mostrando forte nos últimos anos. Essa é uma preparação fundamental, porque algumas estratégias podem ser baseadas em conhecimentos sobre adversários e estatísticas?, acredita.

Perguntado sobre as análises que o grupo tem feito sobre a Seleção Brasileira ? adversária da Alemanha nas semifinais, caso as duas passem em primeiro nos seus grupos e cheguem até lá ?, Nopp preferiu se esquivar, mas confessou que está focado em Neymar. ?É um trabalho para identificar a movimentação do jogador, o lado de preferências nas batidas de pênaltis e outras coisas?, resumiu.

Previsíveis

Segundo os pesquisadores da Alemanha, a Inglaterra jogou exatamente como eles previam, o que facilitou o trabalho da seleção alemã. ?Um exemplo claro foi que, nos estudos, percebemos que eles tinham problema para se defender de lançamentos longos. Usamos isso e vencemos. O primeiro gol do jogo saiu de um lançamento direto do goleiro para o atacante?, lembra Stephan Nopp.

Como funciona

» Os 45 estudantes assistem aos jogos dos adversários e, com a ajuda de um software, identificam padrões de movimentos em cada equipe ou jogador. Esses dados são transformados em vídeos explicativos e em relatórios que podem ter até 100 páginas.

» Antes de ser enviado à Federação Alemã de Futebol (DFB), o material é analisado para selecionar os pontos mais importantes. Depois, uma equipe especializada da DFB faz uma nova triagem, diminuindo ainda mais o conteúdo, para só depois enviar à Seleção.

» O conteúdo final só chega às mãos do técnico Joachim Löw poucos dias antes do jogo. Sua comissão técnica recebe os documentos um pouco antes e faz estudo prévio. Por último, entrega ao treinador, que depois de ver os documentos decide sua estratégia e instruí os jogadores.

Fonte: Super Esportes

Planejamento, estudo e análise! Eis o segredo da seleção Alemã.

A matéria acima, como vocês puderam perceber, foi redigida antes do jogo do Brasil e, obviamente, eles tinham um relatório sobre o nosso time.

Venceu quem planejou, se esforçou e, acima de tudo, se preparou.

Começar a estudar antes proporciona isto: o candidato tem tempo de abordar todo o conteúdo da prova, se familiariza com a lógica das questões, treina muito, faz revisões e, claro, não se impressiona com a prova quando é defrontado por ela.

Não existe mistério, existe PLANEJAMENTO!

3 - Controle emocional é tudo!

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Vamos combinar: a Alemanha estava jogando na casa do anfitrião, com a torcida toda contra, contra um time até então considerado a maior camisa do futebol mundial e o maior campeão em copas de todos os tempos.

A Alemanha simplesmente não tomou conhecimento do Brasil.

Para isto, meus caros, é preciso ter controle emocional. É preciso se garantir MUITO!

E o Brasil?

Ahhhh o Brasil...

Eu comecei a acompanhar futebol exatamente em uma copa do mundo, quando eu tinha 6 anos de idade: eu vi, pela TV a seleção de 1982.

Eu chorei naquela derrota fatídica contra a Itália, a maior das injustiças da história do nosso futebol.

Aquilo era um time!

Eu vi 1994! Eu vi 2002!

Eu já vi muita coisa no futebol, mas nada comparado com a seleção de 2014, o time mai FROUXO da história das seleções brasileiras.

Uma vergonha!

Quem não lembra do jogo Brasil x Chile, um jogo antes do fatídico 7 x 1? Ali pudemos antever que algo estava errado com a seleção brasileira...

Exatamente após a vitória os jogadores, quase todos, caíram em um forte choro, resultado evidentemente de toda a pressão que eles sofrem para ganhar a competição. Pressão esta derivada do fato da copa estar sendo jogada no Brasil:

A emocionante vitória brasileira na tarde deste sábado, no Mineirão, contra o Chile, nos pênaltis, teve choro do início ao fim. Depois da prorrogação, enquanto Luiz Felipe Scolari escolhia os batedores da seleção brasileira, o goleiro Julio César já estava em lágrimas, deixando clara toda a tensão do duelo válido pelas oitavas de final.

Neymar, o último a cobrar, caiu no choro assim que o juiz apitou o fim do confronto. Apagado na maior parte dos 120 minutos, o camisa 10 do Brasil chegou até a trocar de chuteira entre o final do tempo normal e a prorrogação, deixando de lado a sua nova dourada por sua velha laranja. Antes dele, Willian já tinha deixado escapar sua angústia, depois de errar o segundo pênalti e deixar o clima ainda mais preocupante.

Quem mais chorou mesmo foi David Luiz. O zagueiro chegou a ser dúvida para a decisão em Belo Horizonte, depois de sentir dor nas costas nos últimos dias, mas foi para o jogo, e até marcou o único gol para a seleção, ainda na primeira etapa do confronto. Depois das cobranças, o jogador era o mais emocionado, abrançando todos os companheiros e fez questão de ir perto das arquibancadas, agradecer o apoio dos mais de 50 mil brasileiros.

Fonte: Esportes MSN

E foi mesmo muito emocionante.

O desempenho do Brasil naquele jogo ficou bem AQUÉM do normal.

Vejam uma breve sentença do maior jornalista esportivo da atualidade, Juca Kfouri:

"Felipão, ou chama alguém para cuidar mais de perto da cabeça do time e bota o Maicon para tentar melhorar a lateral-direita ou vai precisar de mais sorte ainda."

E o Brasil, no jogo com a Alemanha, não teve sorte nenhuma...

Para mim, e para muitos, o Brasil não rendeu o que podia por estar muito, mas muito nervoso no jogo e na competição, com medo de errar e medo de perder.

E PERDEU exatamente por ter MEDO de perder.

E aqui verificamos o ponto de convergência entre o Exame de Ordem e o emocional da seleção naquele momento: medo de perder - medo de não passar na prova.

Essa sentença foi lapidar: PERDER exatamente por ter MEDO de perder.

É o que acontece com milhares de examinandos!

Medo derivado da pressão, da OBRIGAÇÃO pelo resultado. Aqui todos sofrem em função da obrigação, e os efeitos no desempenho -e este é o ponto central - são evidentes.

A pressão, e o medo, como fatores que prejudicam o desempenho.

Isso vale para jogadores da seleção, examinandos e quaisquer outras pessoas que sofrem pressões para apresentar resultados.

Na OAB, por exemplo, temos o estudo implementado pela Drª Tânia Loricchio, do Departamento de Psicobiologia da Unidade de Medicina Comportamental da UNIFESP, sobre os índices de ansiedade e stress pré-Exame de Ordem.

Foram analisados 237 bacharéis em Direito inscritos em cursos preparatórios em diversas regiões do estado de São Paulo, com idade entre 21 e 74 anos (32,9 anos, em média), sendo 46% homens e 54% mulheres. Destes, 80% já haviam prestado o Exame anteriormente, sendo que alguns em mais de uma oportunidade.

Desse universo de candidatos analisados, 70% apresentaram sintomas de stress, sendo que 41% com níveis de stress mais severos.

Ou seja: é cientificamente provada a incidência severa de stress e a ansiedade entre os candidatos, e isso é resultado principalmente pelo sentimento de OBRIGAÇÃO em ser aprovado.

É um verdadeiro clichê falar que quem fica 5 anos na faculdade tem a obrigação em ser aprovado no Exame de Ordem. Isso existe e isto atrapalha

A pressão pela aprovação, seja interna, seja oriunda de fatores externos, como amigos, família ou necessidades profissionais, atrapalham o desempenho de numerosos candidatos - posso dizer dezenas de milhares - podendo facilmente ser incluído como uma das causas de reprovação, seja principal ou secundária.

Se preparar com antecedência e, acima de tudo, ENFRENTAR os próprios medos é o caminho para se fazer uma prova boa, uma prova com o emocional no lugar para que o resultado surja.

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Nem só para o futebol, ou mesmo OAB, que o planejamento produz resultados.

O planejamento serve para tudo!

Estabelecemos uma meta, traçamos a estratégia, ponderamos sobre as adversidades, montamos um plano A, um plano B, talvez um C e EXECUTAMOS o planejamento, exatamente para as coisas acontecerem.

É preciso ser disciplinado, é preciso acreditar no plano, é preciso suportar a própria execução do plano, pois quase sempre os resultados demoram a surgir.

E nem sempre, quando nos preparamos direito, as coisas acontecem. Podemos perder, é claro.

Mas podemos perder com dignidade, e não de 7 x 1.

E quando perdemos com dignidade, ficando ali no "quase", a percepção de que o sucesso é possível torna-se maior, e uma nova tentativa pode ser feita até o sucesso ser alcançado.

Já a seleção brasileira, pelo o que mostrou na Copa América, prova que uma derrota acachapante pode tirar tudo dos trilhos. Não sabe o que quer, não sabe se reerguer e não sabe para aonde está indo.

Talvez, até mesmo, ficar de fora da próxima copa do mundo.

Que vocês, ao menos, não reprovem na próxima OAB, pois são muito mais espertos se comparados com a direção da CBF.

Vocês sabem onde querem ir e agora, certamente, sabem como fazê-lo!

EXECUTEM o plano de vocês!