Como aproveitar a última semana antes da prova com o máximo de EFICIÊNCIA possível!

Segunda, 3 de fevereiro de 2014

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O tempo passou correndo a finalmente entramos a semana decisiva, a última semana antes da prova da OAB!

Agora a coisa ficou séria, e isso é bom, pois ficar esperando, esperando, esperando só faz aumentar a ansiedade. O ideal é querer mesmo enfrentar a prova, até em benefício da parte emocional.

Hora de resolver essa parada!

Imagino, e devo imaginar corretamente, que a maior parte dos candidatos está pronta, tendo ao menos esgotado seus cursos ou em ponto de esgotar. Quem começou a estudar desde dezembro deve estar em um excelente estágio de preparação.

Considerando isto, é hora então de fazer os ajustes, estabelecer a sintonia fina, calibrar o conhecimento para chegar na ponta dos cascos no dia da prova.

O que fazer nesta reta final?

A pergunta é pertinente, pois quando vamos chegando aos momentos finais a ansiedade vai aumentando e os candidatos ficam assim, meio desnorteados, buscando escolher a melhor atividade ou o melhor método de terem CERTEZA de que estão prontos para a prova.

Vamos estão estabelecer um ROTEIRO para não perdemos o foco até o dia da prova, aproveitando o retante do tempo com o máximo de EFICIÊNCIA possível!

Então vamos ROTEIRIZAR o caminho das pedras para não perdemos o foco e podermos então aproveitar o tempo restante daqui até o dia da prova com o máximo de EFICIÊNCIA possível!

Primeira pergunta: vocês estão sabendo TODAS as peças de suas respectivas disciplinas?

O que é "saber a peça" e por que TODAS as peças?

Saber a peça

Isso envolve vocês terem a correta noção de competência, delimitação das partes, FUNDAMENTO LEGAL da peça, eventual possibilidade de liminares ou antecipações de tutela, possíveis exceções, rito e tipos de pedidos.

Mais: saibam, e bem quando cada peça é aplicável, seja dentro do âmbito de um processo já existente ou na hipótese de uma ação a ser ajuizada.

Cada ação tem suas particularidades, que vão desde a competência até o pedido final, e isso vocês precisam saber.

E aqui um adendo da mais extrema relevância!!

O atual edital trouxe uma mudança bastante significativa quanto a identificação da peça, e isso vocês estão bem cientes.

Até a edição passada o edital indicava o conceito de peça inadequada e delimitava suas características, que eram as seguintes: peças as que pudessem ser indeferidas por inépcia, em especial quando se tratavam de ritos procedimentais distintos ou que não se pudesse aplicar, no caso dos recursos, o princípio da fungibilidade. Evidentemente, se uma peça era escolhida por um candidato mas não se enquadrasse nesse conceito, ele se sentia no direito de ter sua resposta analisada pela banca. Um exemplo mais do que recente: a questão da imissão de posse na última prova de Direito Civil. De acordo com o edital, a imissão, diante do quadro narrado para a peça, era cabível, não se aplicando portanto a regra atual. Ou seja, havia margem para debates. Mas agora a OAB inovou e a margem para debates foi jogada para escanteio, ou ao menos é assim que aparenta ser. Eis a nova regra do edital: 02

Com a redação atual a OAB praticamente SEPULTA a margem para questionamentos em relação ao cabimento das peças. O item 4.2.6 foi dramaticamente alterado e o item 4.2.6.1 é apresentado como inovação, pois não existia antes.

Resumindo: a peça inadequada agora é toda aquela que não for, estritamente, a peça apontada pela OAB como a correta quando da publicação do padrão de resposta, não existindo mais a margem para o cabimento de peças que não representariam a inépcia da inicial ou coubesse a fungibilidade no caso de recursos.

A peça certa é aquela escolhida pela OAB!

E essa interpretação é reforçada exatamente pelo item 4.2.6.1, que, como inovação, agora indica COMO a peça processual certa é averiguada: "A indicação correta da peça prática é verificada no nomem iuris da peça concomitantemente com o correto e completo fundamento legal usado para justificar tecnicamente a escolha feita."

Foi um nítido estreitamento dos critérios de averiguação do cabimento das peças práticas. A OAB assim estabelece quase um controle absoluto sobre o cabimento das peças e reduz a um mínimo a margem de questionamento.

Vejam bem: SEMPRE foi importante acertar a peça prática, e com essa mudança este "detalhe" ganhou contornos mais estreitos ainda.

Não é algo, e isso é importante, tão terrível e tenebroso, pois errar a peça já implicava na reprovação. Mas agora questionar o gabarito oficial se tornou quase impossível (teremos de aguardar a dinâmica do Exame daqui em diante para ver o que acontece) e a indicação da peça ganhou contornos muito nítidos: tem de indicar o nome dela e indicar também o fundamento correto e COMPLETO.

Este detalhe, do completo e correto, é o mais importante!

O TREINO nesta semana envolve não só saber fazer a peça como também identificar cada tipo de petição de forma COMPLETA e CORRETA. Não descurem deste ponto!

Todas as peças?

E tem de ser todas as peças? A resposta é sim, é preciso treinar a estrutura de todas as peças. Não basta só ter a convicção quanto ao um grupo de peças em específico, por mais básicas que elas sejam: a surpresa no Exame de Ordem é uma variável sempre em aberto e vocês precisam estar prontos.

No X Exame de Ordem, de sete provas SEIS caíram peças INÉDITAS! Vários candidatos erraram a peça pelo simples fato de não terem treinado tudo em sua amplitude: simplesmente não sabiam simplesmente o que fazer! Alguns, por exemplo, em Direito do Trabalho, só haviam treinado o arroz-com-feijão da disciplina: reclamatória, contestação e recurso ordinário, crentes que uma dessas, sempre as cobradas, estariam entre as eleitas. Só não esperavam uma consignação em pagamento pelo caminho.

Essa eventualidade precisa ser afastada.

Logo, sábado e domingo vocês devem treinar a construção dos esqueletos das peças.

 Trabalhem todas as peças, tracem a correlação entre a peça e o vade mecum (só cuidado para não estruturarem roteiros!!) e construam a convicção de que vocês sabem todas as peças.

Isso apresenta duas vantagens: primeiro, a óbvia, de que vocês estão mesmo sabendo de tudo. A segunda é que o emocional ganha um imenso alívio, pois a convicção gera tranquilidade e confiança.

Os examinandos, de um modo geral , possuem alguns medos em específico. E ter medo da 2ª fase é algo absolutamente normal, em especial por conta dos recorrentes problemas ocorridos nas últimas edições, em especial na última 2ª fase, campeã absoluta de dramas, traumas e confusões, tudo em decorrência de enunciados complicados, anulações e ânimos muito acirrados.

E quais seriam esses medos em específico?

a) Medo de esquecer alguma coisa

b) Confundir um pedido de uma ação com outra

c) Medo dos detalhes de cada peça.

O treino, neste final de semana, vai afastar essas preocupações todas. Treinem!

Treino do direito material

Não basta só fazer peça, é preciso estar afiado com o Direito Material também! De forma concomitante, façam uma revisão de tudo o que foi estudado. A 2ª fase não é só a parte processual, não é só a peça prática. O Direito Material é importantíssimo e precisa ser treinado. Façam a melhor revisão possível. Se os estudos ainda não terminaram, ao menos utilizem um período do dia para somente revisar o conteúdo.

E no próximo sábado façam a revisão geral.

Este é um roteiro não muito específico, mas ao menos é um princípio e um guia de ações para a próxima prova.

Grau de dificuldade das provas subjetivas

E as provas? Vão vir para matar?

Sinceramente, acho muito improvável termos polêmicas desta vez. O pessoal da OAB e da FGV deu uma mudada na forma de preparar as provas e nos processos de revisão, tal como vimos na prova passada (exceto na prova de Civil). O trauma do X Exame foi bem grande e eles não vão querer outro episódio como o ocorrido.

Sob este prisma, creio que tecnicamente as provas virão bem estruturadas.

Agora, temos também a "vantagem", por assim dizer, da reprovação na 1ª fase ter sido alta.

Dos 122 mil inscritos, apenas 25.706 foram aprovados. É natural esperar provas mais tranquilas em razão de um percentual de reprovação maior na 1ª fase.

Claro! Posso me enganar e a FGV pode apresentar provas difíceis. Podemos no máximo criar uma expectativa, mas não dá para termos certezas. Pelo contexto, pela conjuntura, as perspectivas são boas.

Dica final

A partir de agora a vida de vocês deve ser resumida aos estudos. Quem passou nesta 1ª fase é um abençoado e deve retribuir a benção com o sacrifício do estudo.

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Essa é a chance de vocês!

Foco total e absoluto no objetivo. Não existe NADA mais importante do que isso de agora até o domingo. A luta agora é pelo futuro profissional de cada um de vocês.

Foco total, pois o prêmio está logo ali!