Como anda o seu plano de aprovação para o Exame de Ordem?

Terça, 6 de setembro de 2016

Não sei se vocês perceberam, mas já estamos em setembro!

Sim! O tempo passou muito rapidamente! 

Temos diante de nós, com datas definidas, apenas mais uma edição do Exame - o XXI Exame.

E ele, o XXI, não está muito longe no horizonte. O edital está marcado para o 26 deste mês, e a prova para o dia 27 de novembro, ou seja, menos de 3 meses contatos de agora. A próxima primeira fase, a do XXII, deverá ser em março ou início de abril de 2017.

Não preciso entrar muito em detalhes sobre a necessidade de planejar a preparação para a prova. Todo mundo sabe muito bem das dificuldades em ser aprovado na OAB. A regra básica está em se iniciar a preparação com o MÁXIMO de antecedência possível, exatamente para todo o conteúdo envolvido na prova ser devidametne assimilado e a aprovação se transforma em uma realidade mais tangível.

Só para ilustrar a ideia, segue o percentual médio de aprovação no Exame, de acordo com dados levantados pela própria FGV durante o período do Exame Unificado, do II ao XVII Exames:

Podemos dizer então que as estatísticas do Exame tem dois lados: o feio e o bonito. O bonito está nas aprovações, e o feio, bom...isso é óbvio. E, evidentemente, ninguém quer fazer parte do lado feio das estatísticas. E, para isto, é preciso PLANEJAR!

E o planejamento envolve a delimitação de alguns elementos básicos para o planejamento ser estruturado de forma correta, evitando que o candidato caia no "ciclo vicioso de reprovação".

O que é esse ciclo?

Um examinando entra em um ciclo quando ele reprova no Exame e não consegue encontrar tempo suficiente para estudar de forma adequada, vindo a reprovar sucessivas vezes. O tempo que falta não decorre do tempo que ele tem disponível em si mesmo, e sim dos curtos intervalos de tempo entre uma prova e outra. Ao reprovar em uma 2ª fase, já vindo de uma repescagem, por exemplo, o candidato terá pouco menos de 2 meses para estudar tudo de novo.

É pouco tempo, considerando, em especial, que ele só vinha estudando para a 2ª fase em duas edições seguidas.

Ou, o candidato vai reprovando somente na 1ª fase mas não consegue estudar direito para a próxima 1ª fase, entrando também em um ciclo de reprovação.

O objetivo é fazer a prova uma ÚNICA VEZ!

Aqui fica a ponderação: é melhor estruturar o planejamento parao XXI Exame ou pensar mais a longo prazo, olhando para o XXII Exame?

Vamos olhar o calendário restante deste ano:

Agora vamos pensar esta data em conformidade com os possíveis momentos acadêmicos de cada tipo possível de candidato. No fundo todos estão em um estágio equivalente, e a preparação para o XXI não deve tardar. Ou, se for o caso, a preparação pode ser projetada para o XXII Exame, com prova para março ou abril de 2017.

1 - Acadêmico do último ano do curso de Direito, que vai fazer a prova pela 1ª vez;

Quem ainda está na faculdade não carrega sobre si um grande peso: o da responsabilidade em ser aprovado.

Evidentemente, ser aprovado antes de se formar é excelente por si mesmo, mas o "peso" da aprovação, a famosa obrigação em ser aprovado não pesa sobre os ombros.

Aqui o candidato pode fazer a prova para ver como ela é, e, depois, estudar pesado para a edição seguinte, ou mesmo já partir para o ataque com tudo focando a aprovação logo de plano.

Duas ponderações!

A primeira é que para a prova de 27 de novembro não há muito tempo ainda. Melhor, o candidato estará no fim do semestre.

Daqui até lá o candidato terá menos de 3 meses de estudo diante de si, e esse lapso de tempo já não permite um estudo completo para a prova.

Detalhe importante! Quem ainda está na faculdade tem um desempenho médio SUPERIOR no Exame em relação aos bacharéis. Vejam só esses dados da FGV:

A taxa média de aprovação no Exame é de 18,9%, como vimos no gráfico mais acima. Entre aqueles que vão fazer a prova pela 1ª vez, incluindo quem ainda está na faculdade, o percentual é bem maior: 40%.

Nem preciso dizer da obviedade de se fazer a prova assim que for possível. Entrou no 9º semestre já se deve fazer a prova, isso considerando que a partir do 8º semestre já é perfeitamente possível ao menos planejar os estudos para se entrar no 9º semestre com plenas condições de se submeter ao certame.

Estatisticamente é comprovadamente mais vantajoso!

2 - Recém-formado, que ainda não faz a prova, ou a fez 1 única vez, e agora PRECISA ser aprovado;

Bom, a faculdade acabou, a colação de grau veio, a beca foi usada e agora você virou gente grande e precisa passar na OAB.

Acabou a "brincadeira", por assim dizer.

Neste momento o fator emocional passa a pesar muito mais para um candidato. Claro, as reprovações anteriores, ainda na faculdade (ou mesmo o candidato não quis se submeter ao Exame) não pesam tanto assim, mas de agora em diante a brincadeira ficou séria e não há mais margem para erros:o planejamento é tudo neste momento!

3 - Examinando que tem 2 ou mais reprovações no Exame.

Aqui o quadro é bem mais nítido!

Quem vem de várias reprovações encontrou diante de si um obstáculo que precisa ser encarado com muita calma e, em especial, sem AFOBAÇÃO.

Se a reprovação é a regra, então é hora de admitir que a metodologia de estudo e o planejamento utilizados até agora não foram os corretos. Correto é tudo aquilo que leva à aprovação.

Aqui temos de considerar também o fator ansiedade. Quem vem de algumas reprovações não só está ansioso como sente muito mais a pressão, tanto a interna como a externa (parentes, amigos, mercado, etc.), e essa pressão atrapalha no desempenho durante a prova.

Considere, portanto, a necessidade de se preparar com mais CALMA, mais abrangência do conteúdo e mais tempo, focando o XXII Exame de Ordem. Considerando aqui que a prova da 1ª fase será em março ou abril de 2017.

Com mais tempo, esgotando todo o conteúdo, reformulando a metodologia de estudo e criando para si a certeza de que a preparação, desta vez, será melhor conduzida, as chances de aprovação passarão a ser maiores.

E aqui o candidato também "foge" do clico de reprovação, ou seja, de sair de uma prova e entrar noutra sem ter o tempo ideal de estudos, ou seja, de esgotar todo um programa prévio de preparação.