Sexta, 24 de julho de 2015
Uma regra dentro da realidade do Exame de Ordem: o ranking das instituições que mais aprovam é amplamente dominado por instituições públicas de ensino, mais precisamente as universidades federais.
E isso desde sempre.
É muito raro ver entre o "top 10" alguma instituição particular, pois o domínio das instituições públicas perdura ao longo dos anos e é exercido de forma férrea.
Há uma causa por detrás disto: a competição no processo seletivo.
Todos nós sabemos que as universidades públicas atraem os melhores estudantes do ensino médio, os mais preparados e com um perfil mais estudioso. Isso acaba se refletindo ao final no Exame de Ordem.
As instituições públicas também costumam ser mais rigorosas ao longo do curso, reprovando de fato os candidatos com pior desempenho nas disciplinas, algo mais difícil de ocorrer nas instituições particulares de ensino.
Por isso, ver uma faculdade privada de Direito no "top 10" causa alguma surpresa como também atrai certa curiosidade: afinal, como ela conseguiu superar dezenas de universidades públicas renomadas, como a UnB, UFMG, UERJ, UNEB, entre outras, como também as próprias faculdades (e renomadas) instituições da FGV (FGV Rio e São Paulo). E isso com um desempenho estatístico notável, de 75,36%, muito próximo de superar ao menos 3 outras grandes instituições, como mostra o gráfico abaixo:
Como a Faculdade Baiana de Direito conseguiu esse feito, obtendo um desempenho excepcional no concorrido mercado do Exame de Ordem? http://www.faculdadebaianadedireito.com.br/ Foi em busca de respostas que entrevistamos um dos responsáveis pela instituição, o Dr. Francisco Salles. Ele, gentilmente, respondeu as perguntas do Blog sobre esta conquista da sua faculdade. E as respostas são importantes por um motivo simples: podem auxiliar os futuros estudantes a escolherem melhor suas faculdades. Os projetos acadêmicos não são lineares, tampouco a forma como cada faculdade investe na formação de seu corpo discente. Evidentemente, o fator custo está envolvido no processo, mas um investimento mais caro ao final não só pode representar uma aprovação mais rápida no Exame de Ordem como também em uma melhor inserção no mercado, tanto o privado como o público. O "custo" da formação jurídica deve sempre ser avaliado pelo resultado final, e não pela formação em si, e o sacrifício de se cursar uma faculdade de qualidade, lá na frente, tende a ser revertido em bons frutos. Vamos conferir a opinião do Dr. Francisco Salles:Blog - O ranking do Exame de Ordem tradicionalmente é dominado por instituições federais públicas. Acredito que esse domínio têm duas causas essenciais: um processo de ingresso mais concorrido e difícil, que selecionaria de plano os melhores estudantes, e um rigor maior na cobrança do corpo discente ao longo de toda a graduação. A Faculdade Baiana se enquadraria neste perfil ou o bom ranqueamento dela tem outras causas?
Francisco Salles - Não há um fator específico que contribua para o resultado no Exame de Ordem. Além das causas indicadas, merece destaque o trabalho desenvolvido por todo corpo docente e diretivo da Instituição, no sentido de implementar um projeto pedagógico qualificado, atual e que possibilite ao discente exercer as mais diversas carreiras jurídicas. Temos uma grande preocupação na seleção do nosso corpo docente que hoje possui professores e juristas reconhecidos nacionalmente. Além disso, o rigor acadêmico e os métodos de avaliação acadêmica são pontos que merecem destaque.
Blog - A Faculdade ficou a frente de dezenas de instituições de grande prestígio, como a UFBA e a Unb, e até mesmo a FGV Rio e FGV São Paulo. Essa evolução no ranking do Exame de Ordem derivou de alguma planejamento específico para a prova do Exame ou é resultado do trabalho ao longo de toda a graduação?
Francisco Salles - O projeto pedagógico do curso de Direito da Faculdade Baiana visa a uma crescente associação entre teoria e prática, de modo que entendemos não haver necessidade de um programa de preparação específico. Esse é um trabalho desenvolvido ao longo de toda graduação, inclusive com modelos avaliativos que permitem a qualificação do aluno para a realização do Exame de Ordem sem grandes dificuldades. Destacamos, ainda, a implementação do Núcleo de Acompanhamento ao Discente, que tem por objetivo o direcionamento e a supervisão dos estágios realizados pelos estudantes e a atuação do nosso Núcleo de Prática Jurídica, que permite ao discente o exercício das práticas extrajudicial e judicial, bem como a vivência dos problemas da comunidade na qual a Faculdade está inserida.
Blog - Você consideraria a faculdade como uma instituição elitizada? Qual o valor da mensalidade média cobrada dos alunos?
Francisco Salles - A Faculdade Baiana é uma instituição que cobra uma mensalidade em torno de R$ 1.600,00, o que, em um primeiro olhar, a torna elitizada. Entretanto, é preciso destacar que a Instituição aderiu ao FIES e PROUNI, de modo que esses programas permitem uma composição mais diversa do nosso corpo discente.
Blog - Fale a respeito da estrutura da Faculdade Baiana de Direito. O que é oferecido aos alunos em termos de material didático e atividades que diferenciam a instituição do resto do mercado.
Francisco Salles - A Faculdade Baiana entende que, para a formação teórica, a biblioteca é o alicerce fundamental da estrutura no processo de ensino-aprendizagem. Por essa razão, priorizamos o investimento nesse setor, que conta, atualmente, com mais de 40 mil exemplares, além de periódicos especializados. Não fornecemos material didático específico, por entendermos que o nosso acervo, somado aos textos indicados pelos professores, torna despicienda a edição de material didático modulado. Em relação às atividades desenvolvidas, a Instituição possui o Núcleo de Iniciação Científica e Extensão, responsável por pensar e executar os projetos da sua esfera de atribuição.
As atividades desenvolvidas são variadas, permitindo ao discente a livre escolha de acordo com o seu perfil e interesse. Algumas delas são ofertadas em caráter permanente, a depender das características, a exemplo dos programas de Monitoria e de Cortes Simuladas, bem como o projeto Direito na Escola. Outras possuem maior rotatividade, a exemplo dos grupos de estudo e de iniciação científica, contribuindo para a formação plena do profissional do direito.
Há que se destacar também a realização e promoção de grandes congressos jurídicos, a implementação de novas tecnologias educacionais com a montagem de estúdio e estruturação de um núcleo EAD, através da gravação de aulas online e disponibilização através de plataforma específica, bem como cumpre destacar o Núcleo de Pós-Graduação Lato Sensu com 9(nove) cursos nas mais diversas áreas de direito, reunindo os mais importantes professores de todo o país.
Blog - Quem são os professores da faculdade? Há uma preocupação com a titulação e com a experiência deles no mercado?
Francisco Salles - A Instituição é dirigida por professores com larga experiência e reconhecimento na área jurídica, tendo como Diretor Acadêmico o prof. Fredie Didier, livre-docente pela USP e que foi membro da Comissão de Juristas que elaborou o novo Código de Processo Civil. Considerando o perfil da Direção, portanto, há uma análise bastante criteriosa na seleção do corpo docente, que congrega professores renomados nacionalmente, com vasta publicação de obras jurídicas, e jovens talentos, recém egressos dos programas de Pós Graduação Stricto Sensu. Atualmente, são 58 docentes, dos quais 64% são mestres e 29% doutores, mas é preciso ressaltar que o sucesso do projeto está ligado, sobretudo, à sinergia existente entre os docentes e as políticas educacionais implementadas pela Instituição. Para nós, não basta apenas ter um projeto diferenciado, é preciso que todos os atores estejam envolvidos no constante processo de aprimoramento das práticas pedagógicas.
Blog - Chegar ao topo não é fácil; manter-se é mais difícil ainda. Quais são as ambições da instituição para os próximos anos?
Francisco Salles - Somos uma Instituição pequena em número de alunos e estrutura física se comparado ao mercado, mas pretendemos ser grandiosos na construção de um projeto de Curso específico e sólido. Para isso, continuaremos na busca constante do aprimoramento e da inovação das práticas pedagógicas e na implementação do Mestrado em Direito.
Blog - O mercado encontra-se saturado, pois hoje temos mais de 1.300 faculdades de Direito por todo o Brasil, e muitos recém-aprovados no Exame de Ordem não só encontram dificuldades de colocação profissional como são esmagados por salários ínfimos. Na sua visão e percepção geral do mercado, o selo de uma faculdade ajuda a abrir portas? Como isso pode ser feito?
Francisco Salles - Logicamente que o selo de uma Instituição sólida auxilia o egresso a ser reconhecido pelo mercado, uma vez que este confia no trabalho desenvolvido e na preparação do aluno para o exercício profissional. É preciso reconhecer, entretanto, que a Instituição não é o único elemento, ou seja, quanto mais cedo o estudante escolher a sua carreira, dentre tantas possíveis, e direcionar os seus esforços para alcançar esse objetivo, maiores são chances de uma inserção exitosa. Nesse sentido, a Instituição possui o Núcleo de Acompanhamento e atividades extraclasse que permitem esse olhar diferenciado e o direcionamento das escolhas a partir do interesse do estudante.
Blog - Algo pessoal: como se sente ao saber que a faculdade comandada por você superou tantas outras de grande prestígio?
Francisco Salles - Na condição de mantenedor da instituição é motivo de grande orgulho esse resultado que é fruto de um trabalho diferenciado feito por um grupo de pessoas que vivem a instituição. Temos uma equipe administrativa e acadêmica espetacular que fazem toda a diferença e, por sermos uma instituição com um único curso, com poucos alunos e extremamente especializada, oferecemos um tratamento e acompanhamento personalizado ao nosso aluno. Cumpre mencionar que a instituição já figurou nas primeiras posições nos resultados de exames anteriores.
Blog - O que você diria para aqueles que almejam fazer um curso de Direito hoje?
Francisco Salles - Há um tripé básico que precisa ser avaliado no momento da escolha: avaliações do MEC, avaliação do mercado e corpo docente. Isso porque a qualidade do projeto institucional está materializado nas avaliações do MEC e do mercado e no corpo docente qualificado e com larga experiência que, além de não participar de projetos frágeis, faz com que o processo de formação acadêmica e profissional do estudante esteja em constante aprimoramento.