Segunda, 4 de março de 2013
"Bom Dia, Maurício!
Queria uma ajuda sua, pode ser?
Acho que vou fazer o próximo exame de ordem mas ainda não comecei a estudar e estou um pouco perdida, pois não sei como fazer um horário de estudo. Você poderia me ajudar?
Grata, Fulana"
Bom dia!
Você sabia que faltam 55 dias para a próxima prova da OAB?
Pois é, o tempo IDEAL de começar a estudar já passou. Quem vai começar agora tem de ir no ARROCHO!
Pé na tábua no modo turbo!!!
Olha....considerando a última prova objetiva, a do IX Exame, só podemos traçar essa perspectiva. Não se trata de criar um "pavor mítico" em torno da prova, mas sim de olhar os eventos sob a lente do pragmatismo.
Na última prova foram 118.217 examinandos inscritos para a primeira fase, 114.763 estiveram presentes e, destes, apenas 19.134 conseguiram êxito na prova, o que representa um percentual de aprovação de aproximadamente 16,67% entre os presentes. Ou, para quem prefere este viés, 83,33% de reprovação. E isso só na 1ª fase... A próxima prova será assim? É uma tendência? Vamos olhar as estatísticas das últimas edições para vermos se se trata de uma tendência:Não, não é ainda uma tendência. Digamos que foi uma mudança brusca de rota após uma tendência de maior aprovação ter se consolidado.
A próxima prova pode vir mais tranquila, mas pode perfeitamente ser tão terrível quanto a anterior. Impossível antecipar sua futura feição.
De toda forma, a lógica é simples, bem simples: prepare-se para o pior. Pois se o pior vier, você estará pronto, e se não vier, você nadará de braçada.
É isso!
E como começar a estudar?
Quem está deixando para começar os estudos somente agora deve ter em mente as limitações naturais decorrentes de uma decisão tão tardia. O fator tempo, determinante para qualquer processo de preparação, neste momento é um elemento escasso, e isso limita uma plena preparação para a prova.
Ou seja: proporcionalmente as probabilidades de aprovação são reduzidas.
Isso demanda uma estratégia específica para a prova da 1ª fase. O ponto é: o que estudar?
Vamos olhar quantas questões de cada disciplina a FGV tem cobrado nas últimas edições:
Disciplina especial
Ética Profissional - 12
Disciplinas muito importantes
Penal - 6
Processo Penal - 5
---
Trabalho - 6
Processo do Trabalho - 5
---
Civil - 7
Processo Civil - 6
Disciplinas importantes
Constitucional - 7
Administrativo - 6
Empresarial - 5
Disciplinas de importância mediana
Tributário - 4
Direitos Humanos - 3
Internacional - 2
ECA - 2
Consumidor - 2
Ambiental - 2
A ordem de importância foi estruturada exclusivamente em função ao número de questões por disciplina exigidas na prova.
Destas, quais priorizar?
Ética Profissional, necessariamente, está inclusa no rol das eleitas goste o candidato ou não. Aliás, deveria gostar, pois Ética tem um pequeno volume de conteúdo a ser estudo, coisa que pode ser resolvida em 3 dias. Acertar as 12 de Ética é premissa básica da prova, pois 12 entre 40 representa 30% do necessário para a aprovação.
Direito Civil e Processo Civil, apesar de terem um peso relevante no conjunto da prova, devem ser descartadas, pois o volume de conteúdo a ser estudado é muito grande. Esse descarte decorre exclusivamente em função do peso do fator tempo.
A lógica nesta hora pode ser representada pela seguinte fórmula: Aprendizado = tempo + volume de estudo
Quanto menos tempo e maior o volume do conteúdo a ser estudado, menor é o aprendizado. Civil e Processo Civil, agora, atrapalhariam o candidato.
Trabalho, Processo do Trabalho, Penal e Processo Penal formam um conjunto que representa 27, 5% das 80 questões, ou 55% das 40 questões necessárias para a aprovação. Sob qualquer ponto de vista são disciplinas indispensáveis e precisam ser estudadas. Aqui devemos lembrar que a apreensão do direito material leva à compreensão do respectivo direito processual. Estes andam de mãos dadas.
Constitucional, Administrativo e Empresarial formam o restante do núcleo de estudos básico e necessário para se iniciar os estudos, e isso decorre do peso relevante de cada uma destas disciplinas na prova.
As disciplinas acima mencionadas (tirando obviamente Civil e Processo Civil) somam 52 pontos.
NOTA: Ninguém deve estudar visando atingir os 40 pontos. Isso é um erro. O candidato deve ter um "centro de meta" acima dos 40 pontos, pois o fator erro deve ser sempre levado em consideração. Por mais que um candidato se dedique a uma disciplina, por mais que goste dela, ela sempre corre o risco de errar. É natural. Estudar visando atingir 50 ou 52 pontos dá ao candidato uma folga, uma margem de manobra diante dos erros que cometerá durante a prova. E creiam-me, todos os candidatos erram.
As demais disciplinas, Tributário, Direitos Humanos, Internacional, ECA, Consumidor e Ambiental são jogadas para um segundo plano mas não inteiramente descartadas dentro do processo de preparação. No mínimo a resolução de exercícios após uma breve leitura do conteúdo deve ser feita. Direito Civil e Processo Civil devem, ao menos, terem suas questões anteriores resolvidas, mas sinceramente, o conteúdo de ambas deve ficar adstrito ao lastro de conhecimento que o candidato possui. Estudar essas duas agora realmente será prejudicial.
Apesar do tempo ser curto, acredito que ainda seja possível, estudando com afinco, passar na 1ª fase. A conjuntura parece ser favorável aos candidatos dentro das observações já feitas.
E aqui dou uma dica de oportunidade.
Quando o lapso de tempo para o início da preparação é curto, a escolha de um curso preparatório de tiro curto é altamente recomendável.
E porque o é?
Porque esse cursos têm objetivos específicos. Uma coisa é um curso Regular, como o do Portal Exame de Ordem - Curso Preparatório para o X Exame de Ordem Unificado - que dá uma visão ampla e abrangente do conteúdo programático da prova da OAB.
Outra, são cursos com foco, com objetivos bem claros.
O Projeto UTI, por exemplo, visa munir o candidato com dicas de temas que têm maiores probabilidades de serem exigidos na prova. A escolha das dicas se dá pelo processo de análise e estudo das provas passadas somadas com as novidades legislativas e jurisprudenciais do momento. Um percentual de temas abordados em edições anteriores do Exame é novamente abordado na prova futura, e o trabalho dos professores do Portal é desvelar quais temas são esses.
E a capacidade deles em conseguir acertar é significativa.
Óbvio, nem tudo o que é dito cairá na prova! Trata-se de um trabalho de análise e não de cartomancia!!
Mas as questões que são eventualmente cobradas e que antes foram analisadas no Projeto UTI fazem clara diferença no desempenho dos candidatos.
Como é um curso curto, com 60 horas, ele se encaixa à perfeição dentro das necessidades de quem está iniciando o processo de preparação.
Por outro lado, temos o Curso de Resolução de Questões.
Seu foco é outro, voltado para o raciocínio sobre as questões do Exame de Ordem e de sua lógica de resolução.
O Curso de Resolução de Questões representa uma variação da abordagem geral dos estudos, juntando processos ativos e passivos de estudo. Ao ver uma aula ou ler o livro, o candidato toma contato com a informação, a resolver um exercício, ou compreender como uma questão deve ser respondida, ele utiliza uma outra abordagem, outra faceta, ao mesmo expositiva do conteúdo previamente estudado como também fixadora da matéria, seja no acerto, manifestação de compressão do conteúdo, seja no erro, revelador das deficiências no aprendizado.
E, de lambuja, estuda uma série de temas também vinculados ao Exame.
CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
E nem descarto a junção dos dois cursos como fortíssimo suplemento dos estudos levando em consideração o curto lapso temporal.
Confiram também o nosso Guia de Preparação e Cronograma de Estudos para a 1ª fase do X Exame de Ordem
Animados?
Hora de sentar o bumbum na cadeira, pisar no acelerador e começar a estudar!