Segunda, 22 de agosto de 2011
Candidatos que prestaram em São Paulo a segunda fase do Exame de Ordem consideraram a avaliação clara, didática e ?justa?. A prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é obrigatória para obtenção do registro que permite o exercício da advocacia.
?A prova estava bem feita, bem explicada e didática?, avalia João Roberto, 22 anos, aluno do último ano de Direito da PUC-SP. Neste domingo, 21.840 foram convocados para a segunda fase do exame ? dos 121.309 que se inscreveram no processo seletivo. Os candidatos responderam quatro questões dissertativas e escreveram uma peça jurídica sobre a área do Direito que escolheram: administrativo, civil, constitucional, do trabalho, empresarial, penal ou tributário.
Luciana de Macedo Campos, 37 anos, está na quarta tentativa de aprovação no exame e achou a segunda fase bem elaborada. ?Estava excelente, bem lógica. Difícil, mas justa. Antes você tinha que ?fazer filosofia? para adivinhar o que a questão perguntava. Agora está mais claro?, elogia, comparando a prova elaborada pela Fundação Getulio Vargas com a anterior, de responsabilidade da Cespe.
Para Diogo Tapias, 26 anos, que presta o Exame de Ordem pela terceira vez, a prova da FGV exige mais conhecimento da lei. ?A Cespe pedia jurisprudência, era baseada nas decisões judiciais. Agora está mais legalista?, avalia.
Danilo Barbosa, 24 anos, considerou a prova ?justa? e fácil. ?Exigia raciocínio jurídico, mas não estava difícil?, avalia o estudante do último ano da Universidade de Mogi das Cruzes (UMG).
Apesar de reprovarem os cursinhos preparatórios, que chegam a cobrar R$ 300 por um mês de aula, muitos bacharéis preferem contar com a ajuda especializada na hora de se preparar para a prova. Todos os entrevistados pela reportagem do iG na Universidade Presbiteriana Mackenzie, local de provas em São Paulo, tinham estudado em um cursinho em algum momento da carreira.
Carolina Tincani, de 22 anos, está no último ano da PUC-SP e fez dois meses de cursinho para se preparar para a prova da OAB. ?A tendência do exame é ser cada vez mais difícil e mais específico nas áreas. A faculdade não te prepara para isso. Se a prova fosse sobre teoria do Direito geral, não seria preciso fazer cursinho?, acredita.
?Não é uma prova profissional, que seleciona quem deve ser advogado ou não. É uma prova para quem a estuda?, afirma Juliana Dalla Valle, de 23 anos, aluna do último ano do Mackenzie. Mesmo tendo trabalhado em escritório desde o primeiro ano, ela diz que o conhecimento exigido na prova não condizia com o que aprendeu na prática. ?Eles têm critérios muito técnicos?, critica.
Apenas 18% dos candidatos foram classificados para a segunda etapa do Exame de Ordem, percentual menor do que a da última prova da OAB, que teve 25% de participantes classificados na primeira etapa. Ao final das duas provas, da última edição, menos de 10% foram aprovados, o menor índice já registrado.
Segundo o edital, a data da divulgação do resultado final será divulgada nos sites http://oab.fgv.br e http://www.oab.org.br.
Fonte: Portal IG
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