Sexta, 14 de maio de 2021
Faltam 30 dias para conhecermos como será mais uma edição da prova objetiva da OAB. A edição que estamos há mais de um ano esperando.
E aí batemos na mesma pergunta de sempre: a prova será mais fácil ou mais difícil do que as anteriores?
Como já trouxe nesta semana para vocês, a tendência é que a prova mantenha o padrão de edições anteriores, tal como prometido pelo coordenador do Exame de Ordem, Dr. Simonetti:
Novas informações sobre a OAB: entrevista com o Coordenador do Exame de Ordem
Tecnicamente falando, existe uma forma de se avaliar que pode dar uma visão MUITO consistente sobre como será o desempenho de cada candidato na próxima prova, mesmo que ela venha em um nível elevado.
Considerando como balizas técnicas em função do alto grau de dificuldade, temos as provas dos XXI, XXIII e XXVII Exames.
Gabarito da prova do XXI Exame de Ordem
Gabarito da prova do XXIII Exame de Ordem
Gabarito da prova do XXVII Exame de Ordem
Essas são, sem a menor sombra de dúvida, as piores provas do Exame de Ordem de TODOS OS TEMPOS!
Foram as edições com piores desempenhos estatísticos dentre todas as provas, tanto da FGV como também do tempo do Cespe.
E é EXATAMENTE por isso que elas são, sem a menor sombra de dúvida, um grande marco teórico para a avaliação de qualquer candidato.
Quem as resolver e conseguir superar os 40 pontos tem grandes chances de repetir a façanha na prova do XXXII Exame de Ordem.
Em 1º lugar como pior prova de todos os tempos nós temos o XXIII Exame de Ordem, cuja aprovação foi de 13,35% na primeira fase, sem anulações.
Em 2º lugar temos ainda o IX Exame Unificado, com 16,67% de aprovação na 1ª fase, contando com as 3 anuladas de ofício.
Observação: o IX fica de fora como baliza por estar muito longe no tempo, com conteúdo jurídico já muito defasado. Não serve hoje como baliza de avaliação.
O 3º lugar ficou com o XXI Exame, quando apenas 17,09% dos inscritos foram aprovados após as duas anulações de ofício naquela oportunidade.
E por fim, no 4º lugar, temos o XXVII Exame de Ordem, que teve 18,89% de aprovação (23.614 aprovados) dentre os 125 mil inscritos, encontrando-se no rol das piores provas.
E qual é a ideia envolvida em resolver essas três provas?
Agora, faltando um mês a prova, a ideia é a de verificar de forma consistente se o preparo efetuado até aqui foi de fato forte o bastante para dar a convicção de que a aprovação não escapará na 1ª fase do XXXII.
Mais do que isso!
Esse controle permitirá com que vocês estudem o conteúdo certo para a próxima 1ª fase.
Uma reflexão!
Há de se considerar que as provas do XXI e XXIII estão um pouco mais longe no tempo, sem reforma trabalhista e outras alterações legislativas importantes.
Por isso, pensando em uma visão mais precisa sobre a próxima prova, vocês podem colocar como referências as três últimas edições: XXIX, XXX e XXXI Exames.
Gabarito da prova do XXIX Exame de Ordem
Gabarito da prova do XXX Exame de Ordem
Gabarito da prova do XXXI Exame de Ordem
Essas 3 provas foram provas difíceis, dentro da lógica de evolução do grau de dificuldade da prova que vimos surgir a partir do XXV Exame de Ordem. E têm a vantagem de serem as provas mais recentes para consulta.
Agora confiram os percentuais de aprovação na 1ª fase dessas edições:
XXIX - 32,96%
XXX - 29,04%
XXXI - 22,94%
Dá para perceber que elas não foram tão complicadas como as provas mais difíceis. Mas não se enganem: apesar da diferença estatística, não há nenhuma representação de facilidades nesses números.
Ir bem, ao fazer simulados, nos XXVII, XXIX, XXX e XXXI Exames proporcionará uma visão mais acurada sobre o futuro XXXII Exame, não só considerando aqui o grau de dificuldade como também a contemporaneidade do conteúdo.
Na realidade, essas quatro edições seriam melhores como balizas em função disto.
Mas, por outro lado, a prisma estatístico não pode ser ignorado, e as provas do XXI e XXIII foram, de fato, horrososas, e ainda não estão muito longe no tempo. Não o suficiente para serem descartadas no momento.
Mas se o desempenho não for bom ao resolvê-las?
Aqui fazemos três considerações:
1 - Vocês devem considerar que essas provas foram das piores já aplicadas, o que não significa que a próxima prova será exatamente no padrão delas. Como exemplo temos a prova do XXVIII Exame de Ordem, que foi a mais fácil dentro da última sequência de quatro provas (XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX, XXX, XXXI). Contudo, acredito que a prova do XXXII seguirá o padrão da prova do XXXI;
2 - Existe o risco (real) de um resultado negativo assustar o candidato, e mesmo desmotivá-lo. Logo, é necessário ter um mínimo de segurança emocional para fazer isso e ENTENDER de que resultados podem ser relativisáveis, e que um mesmo desempenho ruim não será necessariamente o mesmo desempenho no dia da prova;
3 - Um eventual resultado negativo tem SEMPRE um lado positivo: apontar as deficiências! E fazer essa descoberta, nesse momento, seria algo muitíssimo interessante. Nesses 10 dias é possível revisar o conteúdo em que o desempenho não foi legal nessas duas provas, e, com isso, providenciar uma melhoria de desempenho onde exatamente interessa: na prova do XXXI.
Sempre considero que é melhor ir plenamente consciente do próprio potencial para a prova do que esconder de si mesmo a realidade. O candidato que estuda e treina de forma estratégica NÃO foge da realidade e nem mascara o próprio desempenho. Ele ataca os problema para poder melhorar de forma objetiva o seu desempenho final.
Eu acrescentaria também para a avaliação de vocês as questões de Ética, Direito do Trabalho e Processo do Trabalho do XXV e do XXVIII Exames de Ordem:
Gabarito da prova do XXV Exame de Ordem
Prova do XXVIII Exame de Ordem
Gabarito da prova do XXVIII Exame de Ordem
Isso porque as questões de Trabalho e Processo do Trabalho estão atualizadas com a reforma trabalhista e também porque as questões de Ética destas provas foram ESPECIALMENTE difíceis. Tão difíceis que jogaram a pontuação média dos candidatos para quase metade do que eles usualmente fazem, isso tanto no XXV como no XXVIII.
Ou seja, o nivelamento e avaliação feitos por cima, sem máscara e nem ilusões.
Se o objetivo de vocês for o de buscar eventuais falhas e, com isso, aprimorar a preparação nesta reta final, essas duas provas são o teste final.