As 5 atitudes para a preparação certa para a OAB

Terça, 4 de janeiro de 2022

As 5 atitudes para a preparação certa para a OAB

Como é a estrada da preparação certa para a OAB? Essa é a pergunta que surge para quem vai começar a focar na prova, especificamente a próxima edição. 

Há pouco escrevi o post Planejando a sua edição 2022 da OAB tratando do que se espera do Exame de Ordem em 2019 e da escolha da melhor das edições considerando as 3 provas e seus devidos lapsos temporais. 

Mas como se preparar para a prova da OAB, especificamente?

Esse pergunta aflige, em especial, quem está há muito tempo sem estudar, ou, também, quem ainda está na faculdade e não tem ainda a noção do melhor caminho a seguir.

Por onde começar? Vamos traçar um guia simples sobre este tema, e ao longo dos próximos dias desmembrá-lo em mais detalhes. O que fazer então?

1 - Quem quer começar precisa primeiro se situar

Não é possível escolher um caminho sem antes ter ciência de onde se está. O ponto de partida precisa ser conhecido, e isso tem implicações sérias no processo de estudo. Logo, é preciso pegar umas duas provas anteriores e resolvê-las assim, na cara e na coragem, para ver o quanto se está preparado para a OAB.

Por isso indico duas provas em especial: as primeiras fases do XXXI e do XXXII.

Por quê?

Simples! Foram as duas provas mais difíceis aplicadas recentemente. A do XXXI foi difícil e muito bem feita. Já a XXXII foi só a pior prova de todos os tempos. E também porque são simplesmente as duas últimas provas. Ou seja, são as melhores balizas de verificação de conhecimento existentes hoje.

A meta a partir daqui será a de SUPERAR esse grau de dificuldade. Quem conseguir pode ir para a próxima prova muito, mas muito tranquilo, pois estará em um elevado nível de preparação.

XXXI Exame

Prova

Gabarito

XXXII Exame

Prova

Gabarito

A prova do XXXIII não serve de baliza, pois ela foi a mais fácil da história do Exame. E nenhum candidato pode balizar sua preparação com provas fáceis.

Vejam quantos pontos vocês fazem nessas duas provas. Não se surpreendam - nem um pouco - se o desempenho for medíocre (abaixo dos 25 pontos), isso é absolutamente normal para quem está iniciando os estudos e não tem familiaridade com a prova objetiva da OAB.

"Ah, mas tenho medo do que posso ver sobre meu próprio desempenho!"

Não raro candidatos têm tanto medo da prova que se recusam e verificar o próprio desempenho, por puro medo do resultado. A preocupação em preservar o próprio ego é tão grande que o primeiro passo torna-se um fardo.

Desculpe-me falar, mas isso é falta de maturidade. Mais! É inaceitável para um operador do Direito. Ou encara o desafio ou a escolha pelo Direito pode ter sido equivocada. No mais, ninguém vai ficar sabendo do desempenho: é um segredinho de cada um!

Garanto uma coisa: com a preparação adequada o desemepnho medíocre no início dos estudos irá, inexoravelmente, sendo debelado. E isso com poucos meses! A pontuação baixa vai se aproximando lentamente da faixa de aprovação, até o momento de ultrapassá-la.

2 - Uma vez situado, é preciso dar o primeiro passo: adquirir as fontes de estudo!

Depois de "sentir" o atual estado de preparação, o candidato vai se conscientizar da necessidade de estudar e de se adaptar à lógica do Exame da OAB. Chega então o momento de definir as fontes de estudo!

Sim! O material para estudar precisa vir de um lugar, e este material tem de ser BOM. Ser bom significa:

1 - Ser atualizado;

2 - Abranger o conteúdo da prova;

3 - Ter sido editado, ou seja, passado pela criação e revisão de especialistas.

Ser atualizado é uma obviedade! A legislação pátria muda o tempo todo. Muito material disponível por aí não está atualizado, em especial aquele encontrado no formato de aulas piratas ou livros em PDF, cuja garantia de procedência é comprometida.

Abranger o conteúdo da prova tão somente significa que tenha sido editado com o objetivo de atender o próprio Exame de Ordem. Representa um erro colossal pegar um curso ou manual para estudar por ele. Não há tempo suficiente para isto. O material (livros ou aulas) precisma ser específicos e voltados para a OAB, e, claro, serem completos para quem busca estudar.

E ter a mão dos especialistas em prearação para a OAB é fundamental! O mercado está cheio de conteúdo neste sentido, mas uns são melhores comparados com outros. Muita gente olha para o mercado e quer tirar uma casquinha dele - algo absolutamente legítimo - mas nem todos têm a mesma expertise ou o mesmo preparo. Umas aulas e livros são melhores do que outras.

E o que é necessário neste processo? Recomendo o seguinte:

1 - Um vade mecum;

2 - Uma doutrina específica;

3 - Um curso preparatório completo.

Vade mecuns e livros de doutrina vocês encontram com relativa facilidade no mercado. Tenham apenas o cuidado de adquirirem edições de pelo menos o segundo semestre de 2021, se vocês forem fazer o XXXIV Exame. Se forem fazer o XXXV, esperem os vade mecuns de 2022.

Descartem, sem medo de errar, qualquer material desatualizado, por mais barato que seja: não serve para vocês!

Um curso preparatório auxilia enormemente o candidato, pois os professores em regra são os profissionais mais atualizados do mercado, até mesmo em função da concorrência em torno da prova. Isso os obriga a serem excepcionais no que fazem. existem vários tipos de cursos, sejam online ou presenciais.

O processo de escolha deve ser feito com base em conversa com jovens advogados, recém-aprovados, ou pela análise dos comentários em redes sociais. O próprio publico voltado para a OAB é o melhor termômetro para uma escolha.

Eu indico, claro, o curso do Jus21:

Faltam menos de 2 meses para a próxima prova da OAB! Pensando em quem vai se preparar agora, o Jus21 tem o Curso INTENSIVÃO para o XXXIV Exame de Ordem!

Um curso estratégico, focado nos principais conteúdos, de forma VERTICALIZADA, para ser esgotado dentro do tempo que temos até a prova.

Curso INTENSIVÃO para o XXXIV Exame de Ordem

E o que o curso tem?

- Módulo de AULAS TEMÁTICASponto a ponto, de teoria e questões conjugadas, com 43 horas/aulas, abrangendo os principais conteúdos do programa da 1ª fase da OAB, todas ministradas pela equipe de professores do JUS21.

- Aulas com resolução QUESTÕES, onde os professores do JUS21 irão aprimorar os conhecimentos dos alunos e ensinar técnicas de como superar a NOVA REALIDADE DAS QUESTÕES DO EXAME DE ORDEM.

- MÓDULO DE SIMULADOS, 02 (DOIS) SIMULADOS COM GABARITO COMENTADO E 04 (QUATRO) SIMULADOS DE COM GABARITO, ao todo serão 06 (SEIS) SIMULADOS COM AVALIAÇÃO E PROGRESSÃO on-line para o acompanhamento e o controle da evolução nos estudos e aprimoramento da sua preparação.

- Plantão de Dúvidas: Atendimento individualizado pelos professores do JUS21 aos alunos, elucidando quaisquer dúvidas quanto ao conteúdo das aulas, mediante respostas precisas e completas.

- Acelerador de Vídeo para que o aluno possa ver a aula em até 4 velocidades diferentes.

MENTORIA INDIVIDUALIZADA PARA TODOS OS ALUNOS MATRICULADOS NO INTENSIVÃO OAB PARA O XXXIV Exame de Ordem:

Neste acompanhamento, feito de forma personalizada e individualizada pela equipe do JUS21, coordenada pelo Professor Maurício Gieseler, você irá dispor de:

- Cronogramas semanais e personalizados de estudo para que você possa ajustar sua preparação de acordo com sua rotina, tempo disponível, afinidades e dificuldades, otimizando a relação ensino-aprendizagem;

- Contato direto via WhatsApp para eventuais dúvidas referentes ao cronograma e aos materiais de estudo;

- Acompanhamento de mentoria até a data provável da prova da primeira fase do XXXIV Exame de Ordem Unificado prevista para 20 de fevereiro de 2022.

O curso está muito estruturado, perfeito para quem quer estudar muito forte para a próxima OAB.

Curso INTENSIVÃO para o XXXIV Exame de Ordem

Acessem o link e iniciem agora a preparação!

3 - Hora de definir a metodologia de estudo

Vamos considerar que Exame de Ordem NÃO é concurso público. O Exame tem dinâmica própria, e ignorá-la atrapalha o desenvolvimento dos estudos e o desempenho final.

E aqui ressalto dois pontos interessantes.

O primeiro tem correlação com a ausência de concorrência. O candidato não compete, apenas demonstra o "mínimo" necessário para lograr aprovação. Isso transpõe para si a obrigação, o mérito e a culpa pelo resultado.

Há de se considerar um ponto fundamental nessa primeira observação: de quem é a responsabilidade pela aprovação ou pela reprovação? Se o candidato realmente quer ser aprovado precisa assumir esse compromisso. Colher derrotas dentro do processo de obtenção da carteira é uma variável possível, e talvez já até mesmo tenha ocorrido. Entretanto, ainda assim, o candidato deve assumir o ônus.

A partir do momento que começa a projetar a culpa para fora, seja na faculdade, seja na dificuldade em si da prova ou da correção feita pela OAB/FGV, ele admite, mesmo que inconscientemente não deter sozinho as condições necessárias para passar, criando para si um obstáculo de natureza emocional não só desnecessário como também significativo.

Não estou propondo uma verdade, e sim a adoção de uma postura: o sucesso e o fracasso dependem só do candidato e de seu esforço. E isso por uma razão simples e óbvia: na hora da prova o candidato estará sozinho. Nessa condição é muito bom poder confiar em si mesmo!

O segundo guarda vínculo com a profundidade do conteúdo exigido. Caso não tenham notado, a literatura voltada para a prova da OAB é tradicionalmente formada por "resumos". A abordagem do conhecimento não exige a profundidade que os concursos convencionais exigem. Os cursos preparatórios duram em média de 3 a 4 meses, a doutrina não é tão aprofundada, com uma razoável utilização de técnicas mnemônicas (dicas, macetes, músicas, etc.) e exigência de um volume de conteúdo relativamente amplo.

O Estudo para o Exame de Ordem pode ser estruturado da seguinte forma, sem, no entanto, pretender excluir nenhum outro ou considerar este como o melhor:

Ponto 1

Leitura da doutrina e/ou acompanhamento de uma aula seguida da leitura SIMULTÂNEA ou logo POSTERIOR da legislação correlata na medida da evolução da leitura ou aula (na aula online o aluno pode parar a aula, ler o que quiser, e depois continuar do ponto onde parou. Isso representa uma imensa vantagem em termos de estudo que a aula presencial ou satelitária não podem acompanhar). Aqui o candidato estabelece os vínculos entre os conceitos, teorias e a norma.

Temos de enfatizar um ponto relevante. As questões do Exame, em larga medida, exigem dos candidatos dois aspectos fundamentais: a memorização e o raciocínio.

Memorização porque grande parte da prova faz menção ao texto da Lei, enquanto outra parte, em menor proporção, exige uma resposta a partir do conhecimento da Lei aplicado a um problema hipotético proposto. Só estudar pela lei seca não propicia ao candidato de forma, mais rápida, a compreensão dos institutos jurídicos como um todo. Neste ponto, para ajudar na compreensão do conteúdo normativo, a leitura simultânea da doutrina (no caso, adaptada ao estudo do Exame de Ordem) faz-se necessário.

Não é só memorizar! Esse é um processo pobre de estudo. Trata-se de compreender o que está estudando. E, na hora de resolver uma prova, quem compreende geralmente vai bem melhor comparando com quem somente decora.

Essa é a razão para a leitura da doutrina e da Lei de forma simultânea;

Ponto 2

Elaboração pequenos resumos ao término de cada tópico do livro que está sendo estudado ou da aula que acabou de ser assistida. A elaboração de resumos, feitos DE CABEÇA, não só ajuda a delimitar o que não foi apreendido com a leitura inicial, como é uma importantíssima etapa de fixação do conteúdo. Se você lembra o conteúdo, ao menos naquele momento, está fixado;

Ponto 3

Revisão do conteúdo estudado dentro de um período em específico, uma vez por semana, por exemplo. Essa medida atende à preocupação em se avançar no estudo do conteúdo sem perder a informações previamente estudadas. Ou seja, avançar nos estudos sem esquecer o que ficou para trás. Esta medida é basilar.

Todo estudante almeja a chamada "memória profunda", ou a fixação definitiva de uma informação em sua memória. Tal processo não acontece por milagre, uso de técnicas mirabolantes ou sistemas mágicos. É preciso ler, compreender, reforçar o conteúdo e disponibilizá-lo com constância, seja dando aulas (para si mesmo até), elaborando resumos sem efetuar nenhuma consulta ou resolvendo exercícios.

A revisão tem o fito de evocar um conteúdo anteriormente estudado e reforçar sua fixação no cérebro.

Vou repetir: isso é FUN-DA-MEN-TAL. A informação deve ser trabalhada com constância para se estabelecer os processos de compreensão e memorização. Sem milagres, técnicas mirabolantes ou revolucionárias.

Ponto 4

A resolução de exercícios é a última etapa desse processo e ela é muito importante. Primeiro porque ela se enquadra como um processo ao mesmo tempo de revisão do conteúdo, de desafio ao raciocínio, em razão da adaptação do conhecimento a um problema hipotético, ajudando no desembaraço mental, como também representa uma etapa de adaptação ao sistema de enunciado da banca, e tal adaptação é VITAL!

Notem que o processo de estudo não pode ser trabalhado de forma estanque: o candidato deve se inteirar da doutrina, confrontá-la com a lei, elaborar resumos e resolver exercícios. Essas etapas, distintas entre si, mas consideradas como um processo global, certamente produzirão ótimos resultados como método de aprendizagem.

Não incorram no erro de optar por apenas uma dessas abordagens em detrimento das demais. Pode ser que um candidato tenha sido aprovado apenas escolhendo uma sistemática, mas é muito provável que isso represente uma exceção, e não a regra.

Não existem técnicas milagrosas ou sistemas de estudo rápido. Estudar é um processo complexo que sempre demandou e sempre demandará tempo. Não existe almoço grátis.

4 - Disciplina é fundamental!

Estudar dói! essa afirmação, feita em uma mesa de bar há muitos anos, me marcou para sempre. Estudar, para quem não está acostumado, é um processo emocionalmente complexo. A distração e falta de foco surgem com frequência e o ânimo e empolgação decaem rapidamente.

Mas é preciso combater isto!

Disciplina é MUITO superior ao conceito de empolgação porque ser disciplina independe dela, a motivação. A disciplina obriga o estudante a fazer o que tem de ser feito, seguir seu cronograma de estudos, independente da vontade!

Ser fiel à disciplina é fundamental!

Para a empreitada ter mais sucesso o processo de estudo não pode ser radical: não adianta começar a estudar 8 horas pordia se não existe um condicionamento para isto. Comecem com um tempo menor e vão progredindo à medida em que o "ritmo" nos estudos vai aumentando.

Claro, essa progressão precisa ser constante, até para o conteúdo ser esgotado no tempo planejado para a preparação.

5 - Apenas comece

Começar a estudar é a coisa mais banal do mundo. É pegar seu livro, ou seu curso, e começar.

Pode parecer bobagem, mas muita gente tem uma dificuldade imensa para começar, presa entre a vontade de iniciar e também a organização de tudo.

Isso se chama procrastinação, e a procrastinação se apresenta de várias formas.

Tomou sua decisão? Inicie a preparação de plano, sem enrolação.

Todo mundo pracrastina de vez em quando, o problema é sempre adiar atividades que não poderiam ser deixadas para depois.

Como derivativos da procrastinação surge a culpa, a ansiedade, a baixa autoestima e a insegurança. 

A procrastinação não depende diretamente da dimensão ou do teor da tarefa, da importância da decisão ou da ação a ser realizada. Quem procrastina posterga desde tarefas banais até compromissos portantes. 

A verdade é: por detrás da procrastinação há um medo inconfessado de fracassar.

E isso é paradoxal: o procrastinador sabe que tem de estudar, não estuda e sente uma espécie de satisfação em não estudar, apesar da culpa embutida no processo.

Pode ser que o medo de assumir responsabilidades, obrigações (como a de passar no Exame de Ordem) ou meros riscos podem, de forma inconsciente (e isso é importante) prejudicar os nossos anseios e projetos. A isso chamamos de autossabotagem.

E quem se sabota não consegue vencer a prova.

Então assumam a questão como algo simples: se vocês decidiram estudar, começem imediatamente, sem enrolação.

É isso!

Mãos a obra então!