Quarta, 28 de novembro de 2012
Acabou há pouco a tentativa de deliberação sobre a urgência no PL 2154/11, o PL contra o Exame de Ordem.
Ele estava na pauta, tal como antecipado hoje cedo pelo Blog - Votação da urgência no PL contra o Exame de Ordem poderá ocorrer HOJE! - e quase, quase mesmo, foi posto em votação.
O deputado Eduardo Cunha lembrou o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, que a urgência no PL contra o Exame era a próxima da pauta de votação extraordinária. Imediatamente várias lideranças de outros partidos se insurgiram contra a votação, afirmando que ela seria "de surpresa" e que não havia sido acordada na reunião de líderes.
O deputado Sibá Machado, do PT, veio em socorro ao deputado Eduardo Cunha, mas ambos acabaram ficando em posição minoritária.
O embate foi áspero e as lideranças contrárias, ao fim, venceram, postergando a votação do PL para uma data ainda não definida.
Quase, quase mesmo, a urgência foi posta em votação!
Impressionou a reação das lideranças contrárias. O movimento, ao meu ver, foi orquestrado. Sinal aparente da influência da OAB. Usaram uma questão regimental para criar o dissenso e impedir o início das deliberações.
Pela primeira vez, na Câmara, o deputado Cunha encontrou um resistência real ao seu plano de acabar com a prova.
Se o PL for para o plenário, e a OAB sabe disso, a definição fica em aberto e ela perde o controle da situação. Se Eduardo Cunha perde, o projeto vai para a CCJ da Câmara e lá a Ordem o sepulta.
Essa história ainda não terminou e muitas águas irão rolar.
Eduardo Cunha foi confrontado e precisará repensar sua estratégia. Aliás, ele já deve estar pensando nisso.
Não vai ser fácil para ninguém!