Após apagão na Unirondon, OAB/MT pode pedir anulação da prova do Exame da Ordem em Cuiabá

Terça, 3 de junho de 2014

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT), Maurício Aude, em entrevista ao RepórterMT, disse nesta segunda-feira (2), que pode pedir a suspensão da prova objetiva do exame da Ordem após um apagão que ocorreu no prédio da Unirondon, no bairro Jardim Europa, em Cuiabá, nesse domingo (1).

Os fiscais estenderam o horário para a entrega das provas, no entanto, a alternativa não teria surtido efeito, revelou um dos candidato ao RepórterMT, já  que a queda da luz teria tirado a atenção dos concorrentes.

Segundo Aude, a coordenação do curso de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) irá encaminhar um relatório apontando as possíveis falhas ocasionadas pelo apagão.

Com isso, o relatório será encaminhado ao Conselho Federal de Direito e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para saber se existe a possibilidade de acontecer outra prova.

?Hoje a seccional do Estado não tem a menor participação da confecção da prova da Ordem. Sequer o local onde a prova é realizada, é da nossa autoria. Porém temos que esperar se o Conselho Federal e a FGV irão decidir por realizar outra prova. Já que os fiscais compensaram, estendendo o horário ?perdido?, em 1h30 minutos, ocasionados pela falta da luz?, destacou.

Para o estudante do 8º semestre do curso de direto da UFMT, David Garon, de 22 anos, a falta da luz o prejudicou durante a realização da prova. ?No momento chovia muito e a oscilação da luz me deixou incomodado me deixando distraído. Acredito que a OAB tinha que cancelar essa prova e realizar outra, porque é o nosso futuro que está em jogo?, destacou.

Já para o bacharel em Direito, Leonardo Maia, não adiantou nada os fiscais estender o horário para a entrega das provas, porque o apagão gerou muito estresse e o fez perder a atenção. ?Todos os candidatos que se sentiram prejudicados teriam que ter o direto de refazer essa avalição?, afirmou.

Fonte: Repórter MT

A futura decisão depende das atas e dos relatórios produzidos pelos fiscais e representantes da OAB no local de prova. O acolhimento de eventual pedido de anulação depende da constatação se a falta de luz impediu a leitura e redação da prova.

Pela notícia, os candidatos reclamaram da perda de concentração. Por esse motivo a OAB muito dificilmente anulará alguma coisa.

Sim, de fato a concentração vai embora independentemente do tipo de problema ocorrido no local de prova, e por isso mesmo os candidatos deveriam ter o direito a fazer uma nova prova. Mas isso, pelo que já vi no Exame, não está dentro do perfil daquilo que a Ordem entende por "anulável".

De toda forma, vamos acompanhar os desdobramentos.